Na última quarta-feira, 26, os trabalhadores das indústrias moageiras de cacau realizaram um ato de protesto em frente à Barry Callebaut, contra a política anti-sindical da empresa. O que motivou a manifestação foi um abaixo-assinado feito pela empresa pedindo a anulação da assembléia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação de Ilhéus, Itabuna e Uruçuca (Sindicacau).
Na assembléia, que aconteceu no dia 11 de agosto, os trabalhadores realizaram uma votação na qual recusaram a última proposta apresentada pela empresa para fechamento de acordo coletivo. O Sindicacau já encaminhou a denúncia ao Ministério Público do Trabalho e a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o setor jurídico do sindicato está tomando todas as medidas judiciais cabíveis ao caso.
O presidente do Sindicacau, Luiz Fernandes Ferreira Andrade, citou como exemplo o caso da empresa Sadia, que foi multada em R$ 1 milhão pelo TRT de Minas Gerais poir conta da mesma prática usada pela Barry. Ele considera que “esta atitude faz relembrar os tempos do regime militar, onde os trabalhadores não podiam se expressar livremente e vai de encontro à Constituição do país que nos garante autonomia e a liberdade sindical”.