Esse é mesmo um bom título para a novela que temos presenciado a cada visita que fazemos a reitoria da UESC. Um tal de pode, não pode, legal, ilegal, e no fim, uma solução paliativa e sem garantia nos é oferecida.
Acho que hoje mais que nunca ficou claro que o funcionamento da UESC (que não é diferente das demais UEBAs, e porque não dizer das IES) acontece com base nos interesses políticos (pessoais) de quem a administra. Afirmação exagerada? Pode ser. Mas avaliando os nossos encontros, só vejo argumentos que reafirmam isso:
1. O nosso reitor afirma que não vai implorar a deputados para comparecerem nas assembléias, mas o mesmo tem contato com deputados de vários partidos para financiar as obras da universidade.
2. A comunicação está literalmente Fora do Ar entre a reitoria e a secretaria de educação, mas entre a secretaria da fazendo, há até uma certa intimidade entre os dois órgãos( porque será ?).
3. E pra completar, a Professora Adélia, reitora em exercício, afirma que os estudantes foram encaminhados a Salvador (numa viagem desgastante, com direito a chá de cadeira e tudo mais) para fazer pressão política, porque esse nem é o Papel da reitoria. (E nesse ponto faço questão de citar o R.U., pois na primeira reunião o magnífico reitor fez questão de dizer que havia disponibilizado ônibus algumas vezes para que estudantes fossem a Salvador, estudantes esses que não foram porque tinham consciência dos interesses envolvidos).
Esses são só alguns dos pontos que destaquei de inúmeras falhas nas falas e falas feitas. Mas para que? Para reafirmar o que a muito tempo já tem sido dito: Não adianta ser um estudante que simplesmente vem a universidade, usufrui do que é oferecido e depois corre pro mercado de trabalho, porque alguma hora os problemas sairão do estado de estagnação e incomodarão de forma violenta como aconteceu agora com o curso.
E não só por isso, mas pra lembrar que a solução oferecida até então, como foi dito na reunião, não passa de um jeitinho, e que nada garante que as empresas vão aceitar que seus técnicos se desloquem até a universidade para que as aulas aconteçam com qualidade. Também por isso, faço questão de colocar minha posição a favor da atitude dos professores em cancelar as disciplina até que os técnicos estejam na universidade de fato, pois se o governo precisa de pressão, a reitoria também.
Karen Oliveira Cruz
5º semestre de Rádio e TV – UESC – Ilhéus, BA.
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