No início deste mês, o jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi jogou os dois sapatos no presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, durante entrevista coletiva em sua última visita oficial ao país. O jornalista errou as duas tentativas. Em países árabes, atirar um sapato em alguém é considerado a pior ofensa que existe. Em 2003, quando os Estados Unidos invadiram o Iraque e a estátua de Saddam Hussein foi derrubada, muitos iraquianos arremessaram sapatos na imagem do ex-ditador.
Percebe-se que os trabalhos enobrecedores dos sapateiros não visavam apenas proteger e proporcionar conforto aos pés. A arte na confecção de sandálias, chinelos, botas e principalmente sapatos tinha também outros objetivos. Dá sapatadas nos outros.
A profissão de sapateiro perdurou e perdurará pelos séculos, sendo transmitida de geração a geração. Antigamente, os sapateiros, além de consertar sapatos, tinham também que fazê-los, sendo assim até os dias de hoje. Ainda existe quem procure o artesão de mãos sábias, aquele que com um “toque de mágica” fazem renascer os espíritos antigos, que junto à atualidade, se fundem em um emaranhado de novas tendências, gostos e moda. Sem dúvidas, verdadeiros professores. Com a industrialização, houve um aumento pelo consumo de calçados e uma difusão do uso, sobre tudo com o aumento das populações urbanas. O processo de construção de formas individuais foi sendo ajustado a um maior número de pessoas, o que levou ao desenvolvimento de uma padronização deste produto. O processo de industrialização está intimamente ligado a uma transformação nos meios de produção artesanal, no mercado de trabalho, no perfil da profissão de sapateiro e na concepção do produto. A data escolhida para a celebrar o Dia do Sapateiro, é a mesma da festa dos seus santos padroeiros: São Crispim e São Crispiniano. Parabéns a todos os sapateiros da cidade, especialmente aos profissionais Wilson Cancão e Carlete, da Sapataria POP, no bairro do Malhado, no Beco de Tuca, atualmente 2ª travessa da Nossa Senhora das Graças.
Que esta profissão sobreviva e que com o passar das gerações, continue a ser prestigiada, cada vez mais, contribuindo com a economia de nossa cidade, estado e país. E que sua obra prima, o sapato, continue não só protegendo nossos pés, mas, defendendo-nos contra tudo o que não presta.
Neste final de ano, aproveito para dá umas sapatadas em tudo aquilo que foi negativo em 2008:
Uma sapatada nos políticos corruptos e expertos; Uma sapatada na saúde pública; Uma sapatada na imprensa mercenária e sem escrúpulo; Uma sapatada nos sindicatos pelegos, principalmente dos Radialistas; Uma sapatada em muitos secretários rabo doce; Uma sapatada em muitos vereadores de Ilhéus e Itabuna, que nada produziram; Uma sapatada no TSE, que indevidamente vem legislando; Uma sapatada nos mensaleiros e pedófilos; Uma sapatada na Anac; Uma sapatada nos puxa-sacos de Prefeito e de Presidente de Câmara de Vereadores; Uma sapatada em alguns pastores e padres que só pensam em dinheiro; Uma sapatada nesta ‘alta’ sociedade podre e hipócrita; Uma sapatada nos fofoqueiros de plantões; Uma sapatada nos masturbadores de beira de praia; Uma sapatada na prostituição infantil; Uma sapatada nos velhacos e cínicos; Uma sapatada nos sites e blogs que só servem para criticar; Uma sapatada nos analfabetos que se intitulam ‘jornalistas’ e que não escrevem zorra nenhuma; Uma sapatada nas cotas universitárias; Uma sapatada no aumento da passagem de ônibus; Uma sapatada nas filas de bancos; Uma sapatada no governo brasileiro que custeou todas as despesas de Sarkozy e comitiva no Txai; Uma sapatada no TAC sobre o concurso público de Guardas Municipais e Salva-Vidas, por não ter nenhum valor; Uma sapatada naqueles jornalistas, radialistas e outros preguiçosos que só vivem na Praça J.J. Seabra observando a vida alheia, isso quando não mendigam dinheiro de secretários vereadores; Uma sapatada em alguns ‘irmãos’ do ECC que pregam a fidelidade no matrimônio, no entanto mantém uma amante por conta; Uma sapatada na mentira, na maldade e na covardia; Uma sapatada nas contas da Câmara de Vereadores; Uma sapatada nos contratos e licitações da Prefeitura; Uma sapatada nas muriçocas do Hernane Sá; Uma sapatada nas associações diversas que só vivem a sugar dinheiro público; Uma sapatada no trânsito de Ilhéus; Uma sapatada nas barraquinhas de salgados, pela falta de higiene; Uma sapatada no Papai Noel por nunca cumprir suas promessas; Uma sapatada na imprensa esportiva de Ilhéus, que esmolam patrocínio; Uma sapatada nas sapatonas moralistas; Uma sapatada nas escolas particulares, pela exploração das mensalidades; Uma sapatada no setor de perícia do INSS, que sacaneam com os segurados; Uma sapatada na Ouvidoria da Câmara, que nunca funcionou; Uma sapatada no elevador do Anexo da PMI, que só vive quebrado; Uma sapatada na Maramata, que não justifica o gordo orçamento; Uma sapatada no ‘Feliz Ano Novo’ mecanizado; Uma sapatada naqueles que propagam que a Bahia é a terra de todos os santos. A Bahia é a terra de um único Santo: Jesus Cristo. Amém! Graças a Deus!
Nem tudo também foi miseré por aqui. Podemos destacar de coisa boa à ação da Força Tarefa da Polícia Federal, sob o comando do Dr. Cristiano Sampaio Barbosa, em algumas prefeituras suspeitas da região cacaueira. Se futucar direitinho, com certeza vai encontrar lama.
Elias Reis
eliasreis.ilheus@gmail.com
29 de dezembro de 2008.