ACB pede ao ministro da Defesa fim das restrições no aeroporto de Ilhéus

O presidente da Associação da Associação Comercial da Bahia (ACB), Eduardo Morais de Castro, enviou oficio ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, pedindo que sejam determinadas o fim das restrições ao aeroporto Jorge Amado, de Ilhéus. Por determinação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Estão proibidos os pousos e decolagens por instrumentos.

A medida da Anac também impede os pousos e decolagens em períodos de chuva e forte neblina. Para receber vôos com o auxílio de instrumentos, será necessária a remoção de todos os obstáculos – cerca de 65 – no entorno do aeroporto, dos quais restam apenas cinco, incluindo a cobertura do Opaba Praia Hotel e uma Caixa d’água em uma casa na situada na rua Alan Kardec.

A manifestação da ACB se deu depois de um contato do presidente da Associação Comercial de Ilhéus (ACIlhéus), José Leite de Souza, com a diretora da entidade soteropolitana, Avani Peres Duran. Esse contato resultou numa reunião, na ACB, com o presidente Eduardo de Castro juntamente com os diretores Nelson Brandão e Joaquim Fonseca Júnior.

Na carta ao Ministro Nelson Jobim o presidente da ACB, a mais antiga entidade de classe Ibero-Americana, fundada em 15 de julho de 1811,assinala que “as restrições são prejudiciais ao desenvolvimento econômico do Sul da Bahia e a outras regiões circunvizinhas, com a perda substancial no turismo, pólo de informática e agro-negócio, com conseqüente desemprego. Assim esperam que o ministro determine o fim das restrições impostas ao funcionamento pleno do aeroporto”.

Ontem o José Leite de Souza voltou a manter contato com o seu colega, de Salvador, explicando que os prejuízos provocados pela medida do Governo Federal através da Anac, em vários setores econômicos, já apresentam reflexos para toda sociedade sul baiana e de outra regiões que utilizam os serviços do aeroporto. Os setores mais penalizados são aqueles relacionados ao abastecimento, como remédios e deslocamento de doentes para outros centros, além do turismo, cuja retração será eminente.

Jonildo Gloria

Projeto Improviso, Oxente! ouve propostas de Cacá Colchões para a cultura de Ilhéus

Os debates com candidatos a prefeito de Ilhéus continuam acontecendo no projeto Improviso, Oxente!, da Casa dos Artistas. Na noite da última quarta-feira (24), os participantes ouviram as propostas do candidato Cacá Colchões para o setor cultural e também expuseram seus pontos de vista. “Todos os convidados se comprometeram que, sendo eleitos, voltarão mais três vezes para construir um plano participativo de políticas públicas para a cultura”, disse o diretor do espaço cultural, Romualdo Lisboa.

Acompanhado de seu candidato a vice-prefeito, Eduardo Lima, Cacá Colchões explicou que sua principal meta é regularizar as pendências financeiras da Prefeitura. “As dívidas impedem que o município tenha crédito para captar recursos, impedindo o desenvolvimento de qualquer projeto”, explicou convidado.
Outra meta apresentada pelo candidato do PR foi tomar como exemplo as cidades referências em cultura, aliando o setor ao turismo. Cacá Colchões ainda disse que pretende buscar apoio técnico para a elaboração de iniciativas, firmar parcerias com a iniciativa privada e valorizar os artistas locais. “Também quero levar as produções culturais para a zona rural e incentivar as manifestações das vilas, povoados e distritos de Ilhéus”, complementou.
Sobre as ações voltadas à cultura, Cacá Colchões disse que o seu plano de governo prevê ainda a descentralização das festas populares e o investimento na formação de platéia, incentivando os ilheenses a conhecerem e prestigiarem sua cultura. O candidato declarou que pretende aliar a cultura com a educação, investindo no ensino da história regional.
Como marca do projeto, as discussões foram intercaladas por apresentações artísticas. Na última noite, o violão e a voz do músico Cabeça ajudaram a descontrair as exposições. O líder do Improviso Nordestino, grupo residente da Casa dos Artistas, foi acompanhado pelo ator Marcelo Novais, tocando percussão.
A programação do Improviso, Oxente! de debates com os candidatos a prefeito será encerrada às 19 horas da próxima quarta-feira (1º), com a presença do Dr. Espírito Santo, do DEM. A entrada é franca e todos podem participar das discussões. “Queremos mais avanços para o setor cultural de Ilhéus. Acreditamos que, através da troca de idéias, possamos ajudar a definir as políticas públicas para cultura do nosso município”, declarou o diretor da Casa dos Artistas.

II Parada Mix

Dia 26 de setembro dando início ao fim de semana da Parada GLBT em Ilhéus acontece às 22:00h no Red Club localizado a Av. Lomanto Junior no Pontal a II Parada Mix, organizada pela RWR e Eros contará com mega estrutura de som e iluminação, pirofagia, malabares, gogo boys, gogo girls, tequileiros e os DJs Rogério, Dell-Mário e Bruno.

SOS Tartaruga Marinha

No minha caminhada habitual na praia da avenida, em Ilhéus, vi um homem que fazia do seu caminhar um trajeto entre a beira do mar, onde ia coletando sacos plásticos, até a melhor distancia da água, já na restinga, onde ele os colocava. Não era um homem diferente dos outros, mas um homem normal, naturalmente direito como todos nós deveríamos ser. Sobretudo, ele estava protegendo tartarugas e a lição estava logo adiante, quando ele esbarrou numa grande tartaruga morta.


A Rainha do Mar é um símbolo de resistência às alterações globais. Vivem nos mares a 100 milhões de anos, e sobreviveram além dos dinossauros, extintos a 65 milhões de anos, mas têm tido sérias dificuldades para sobreviver a um tão jovem habitante da terra, o Homem.

Presa fácil dele, viraram iguarias, e seus ovos, omeletes, quando completamente desprotegidas vêm desovar nas mesmas praias de sempre. Também foram perseguidas pelas propriedades de sua carapaça. A poluição complementa a matança, pois sempre confundem sacos plásticos ou celofane misturados com água-vivas (sua refeição predileta), e morrem sufocadas. Para completar, são afogadas em redes de pesca, principalmente as de camarão.

O resultado? Um prodígio da irracionalidade, conseguimos colocar as oito espécies de tartarugas existentes nos mares na lista dos animais ameaçados de extinção.

A Tartaruga cabeçuda (Caretta caretta) encontrada morta na Praia da Avenida Soares Lopes, em Ilhéus, nos dia 23 de Setembro de 2008 é mais um registro da Associação Pró-Vida Silvestre de animais mortos ou em em situação de risco. As imagens ainda serão analisadas por especialistas, mas temos várias indicações de que ela se afogou depois de se debater numa rede, possivelmente de camarão, e isto não poderia ter acontecido, pois dois motivos.
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O primeiro é que estamos em pleno defeso da pesca do camarão, que na Bahia é de 1 de Abril a 15 de maio, e de 1 de Setembro a 30 de Outubro. Segundo, porque, desde 1994, todas as redes de pesca de arrasto de camarão devem, por lei, adotar um “dispositivo de exclusão de tartarugas” (DET). Esse equipamento consiste na abertura de uma grade de metal, instalada no interior do corpo da rede, para permitir que a tartaruga escape. O camarão pescado nestas condições pode ser comercializado com o certificado Turtle Safe (tartaruga salva).

TAMAR: UM PROJETO SALVADOR

Das vinte e uma bases do Tamar no Brasil, sete estão na Bahia (Mangue Seco, Sítio do Conde, Subaúma, Praia do Forte, Arembepe, Itapuã e Mucuri), e seis aqui bem pertinho no vizinho estado Espíto Santo. Isto demonstra como a proteção da tartaruga marinha depende de nós.

O Tamar tem feito a sua parte. São 18 anos de projeto, atingindo na temporada 2007/2008, o número de 2,8 milhões de filhotes lançados ao mar e 14 mil indivíduos marcados. Uma das principais tarefas dos pesquisadores é proteger seus ninhos e permitir que os filhotes, desprotegidos e indefesos, sigam na grande luta pela sobrevivência, enfrentando predadores de todo tipo, para enfim, um ou dois filhotes de cada mil chegarem à idade adulta.
E se ela vencer todos os obstáculos, com a mão salvadora de projetos sérios e bem sucedidos como o Tamar, e chegar a fase adulta, 30, 40 anos depois, ainda dependerá de nosso nível de conscientização para sobreviver, reproduzir e salvar-se da extinção.
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Aqui no Sul da Bahia, os obstáculos não são poucos, pois nossos rios levam todo tipo de lixo pro mar, e ainda precisamos trabalhar muito em Educação Ambiental para que os pescadores envolvam-se, de fato, na proteção da vida marinha, sem precisar de multas, apreensões e prisões.

Textos e Fotos: Paulo Paiva

Programa de Especialização em Engenharia da Embraer

O PEE – Programa de Especialização em Engenharia da Embraer foi instituído em 2001 com o objetivo de preparar Engenheiros recém-formados para atuarem nas áreas de engenharia da Empresa.
O PEE utiliza-se de uma estratégia pedagógica de aceleração do aprendizado, buscando combinar a carga de especialização técnica com a transferência de conhecimento multidisciplinar.
O Programa, em parceria com o ITA, oferece a oportunidade de titulação no Mestrado Profissional em Engenharia Aeronáutica – Stricto Sensu, reconhecido pela CAPES / MEC.

Quatorze turmas já ingressaram no PEE de forma escalonada, perfazendo um total de mais de 1000 profissionais, dos quais 850 já concluíram o Programa e foram imediatamente contratados pela Embraer, enquanto que os demais estão em preparação nas instalações da Empresa.

Atualmente a duração do PEE é de 18 meses em regime de dedicação integral e nesse período os Engenheiros são bolsistas de pós-graduação e recebem benefícios. Cerca de 40% do Programa é destinado à execução de projetos em equipes. A carga horária é composta por atividades como aulas, palestras, projetos, visita às áreas da Empresa e horas de estudo, totalizando cerca de 2.600 horas por aluno. As aulas são ministradas por professores universitários, especialistas da Embraer, consultores de diversos países, fornecedores, e o Programa conta também com um time seleto de mentores para as atividades de projeto em equipe. As especializações acontecem nas áreas tecnológicas como aerodinâmica, estruturas, comandos de vôo, suporte ao cliente, aviônica, elétrica e eletrônica, softwares embarcados, entre outros.

A diretriz pedagógica do PEE é especializar os Engenheiros em matérias de conteúdo técnico, integrando este conhecimento ao uso de sólidas ferramentas de participação em times multidisciplinares de projeto, mantendo sempre sintonia com a visão de negócios em atendimento às necessidades dos clientes Embraer. Durante o Programa, a visão sistêmica é estimulada no profissional através de ações como o aprimoramento das habilidades em comunicação, a valorização do relacionamento interpessoal e da ética profissional, e o conhecimento da cultura, das pessoas e da estrutura da empresa.

São elegíveis ao PEE engenheiros graduados há, no máximo, dois anos em relação ao ano de ingresso no Programa. São selecionados em média 100 engenheiros por ano através de processo classificatório realizado nacionalmente.

As inscrições para o processo seletivo de 2009 podem ser feitas no período de 08 de setembro a 09 de novembro de 2008.

EMBRAER

Indigenista: Caso dos Pataxós é “emblemático”

O Supremo Tribunal Federal (STF) julga hoje, 24, os processos relacionados à demarcação da Terra Indígena Caramuru-Paraguassu, do Povo Pataxó Hãhãhãe, no sul da Bahia. A Fundação Nacional do Índio (Funai) espera que os ministros do Supremo anulem os títulos de propriedade de arrendatários dentro dos 54 mil hectares da reserva indígena.
As ações tramitam na Justiça há 25 anos e contestam a legalidade dos imóveis, uma vez que a reserva foi demarcada “com instrumentos legais nos anos de 1920 e 1930”, segundo o ex-presidente da Funai Eduardo Almeida.

Aproximadamente 200 indígenas Pataxó Hãhãhãe desde ontem estão em Brasília para pressionar decisão favorável à saída dos fazendeiros. Em nota, eles alegam que “tais arrendamentos ocorreram de forma violenta, com espancamentos, perseguições e mortes dos que não concordavam em desocupar a área”.

Até hoje, cerca de 20 lideranças foram mortas no conflito. Entre elas, o pataxó Galdino Jesus dos Santos, queimado vivo em Brasília, no ano de 1997. Ele estava na capital para discutir o caso da reserva Caramuru-Paraguassu no Ministério Público Federal e dormia em um ponto de ônibus, quando um grupo de jovens colocou fogo em seu corpo. Hoje, os pataxós pretendem homenageá-lo em ato religioso na Praça do Compromisso, na Asa Sul de Brasília.

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) afirmou em nota ontem (23) que “questões ideológicas não poderão prejudicar os produtores”. Faz mais de 30 anos que os agricultores receberam título de posse na região, já então demarcada como reserva indígena, segundo a Agência Brasil.

Almeida afirma que “este julgamento poderá até ser paradigmático, emblemático”. “Até pelo fato de que o julgamento da Reserva Raposa Serra do Sol ainda não terminou, agora toda a pressão está em cima deste julgamento. Pode ser até que não seja concluído amanhã (hoje), mas a idéia é pegar estes casos que estão se arrastando há muitos anos e julgar logo, o que eu considero positivo”, diz o ex-presidente da Funai.

Leia abaixo entrevista com Eduardo Almeida, em que o indigenista e jornalista explica como se deu o processo de ocupação da Terra Indígena Caramuru-Paraguassu e a origem dos problemas hoje em debate.

Terra Magazine – Qual é a formação dos povos indígenas que habitam o sul da Bahia?
Eduardo Almeida – Os Pataxó Hãhãhãe são, na verdade, um conjunto de etnias reunidas ali, sobretudo nos anos 1920 e 1930 e até um pouco mais de uma região mais ampla da Bahia. Os Pataxó Hãhãhãe propriamente ditos foram os últimos indígenas isolados contactados nesta parte do Brasil. Isso se deu no ano de 1936. Era um grupo pequeno de remanescentes. Mas para aí o governo levou em momentos diferentes os Camacã, Baenã, Cariri-Sapuiá. Porque lá foi demarcada uma área visando justamente uma reserva de bom tamanho, que pudesse abrigar não só os Pataxó Hãhãhãe mas estes outros também.

Como começaram os problemas?
Criou-se essas comunidades, o SPI (Serviço de Proteção aos Índios) demarcou, mas ao longo do tempo houve uma degradação do SPI propriamente dito e os funcionários começaram a arrendar terra aos fazendeiros. Uma desculpa era de que precisavam de renda para viver. E outras eram coisas mal-intencionadas, ou corrompidas… A troco disso, os arrendatários foram entrando, se instalando. Alguns começavam pequenos, ficavam grandes. Depois vendiam para grandes que vinham. O SPI entrou em crise e os índios foram deixados à propria sorte.

Exatamente quando o SPI entrou em crise?
Entrou em crise nos anos 1940. É uma história pouco conhecida no Brasil, mas muito interessante. Essa crise se deve em parte ao fato de que alguns dos funcionários mais dedicados e sensíveis eram pessoas que tinham ligações com a esquerda – o Partido Comunista, a Aliança Nacional Libertadora. E houve certa repressão, perseguição por parte do Estado Novo, no final dos anos 30, na ditadura Vargas, e mesmo depois nos anos 50. Alguns (destes funcionários) até sobreviveram porque estavam em locais remotos, ficaram na moita, calados. Mas muitos foram perseguidos e prevaleceram setores mais corruptos no SPI. Tanto que nos anos 1960, depois de denúncias e escândalos, o governo – já era ditadura militar – decidiu extinguir o SPI e criou a Funai em 1967.

Como ficaram os Pataxós?
Os Pataxós neste período – anos 50, 60 – se dispersaram. Uns ficaram na própria região. Outros foram para São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, cidades maiores, para sobreviver. Até que no início dos anos 80, parte deles conseguiu rearticular um grupo e resolveram fazer uma retomada. Sendo que, como eu disse, uma parte nunca saiu de lá – a comunidade dos Pataxó Hãhãhãe e os Cariri-Sapuiá.

Sim…
O grupo resolveu retomar algumas fazendas da parte sul, perto de Pau-Brasil. E isso estabeleceu um conflito que vem até hoje. Um conflito muito dramático.

O que o senhor espera do julgamento de hoje no STF?
Acredito que vá se fazer justiça. Até pelo fato de que o julgamento da Raposa (Serra do Sol) ainda não terminou, agora toda a pressão está em cima deste julgamento. Pode ser até que não seja concluído hoje. Ele teria basicamente três alternativas a priori. Uma seria dar razão 100% aos índios. Outra é negar, acatar a tese de fazendeiros. Acho esta muito improvável, mas no Brasil a gente não deve descartar nenhuma hipótese. E a terceira seria tipo meio termo – determinaria, como na Raposa, demarcar ilhas, uma área que não é contígua.

Portanto…
Fora a decisão de ganho total dos índios, todas as duas outras opções não serão uma solução para o conflito, porque é complicado. Porque deixar alguns fazendeiros e outros que foram objeto da ocupação dos índios poderiam ter o mesmo direito. Porque a situação é exatamente a mesma.

Terra Magazine

Krischke: “Estamos na contramão da história”

Líder do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke não poupa críticas à decisão tomada nesta terça-feira, 23, na 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, classificando como “vexaminoso” o argumento apresentado. Por dois votos a um, optou-se pela anulação da ação declaratória que corria contra o coronel reformado do Exército Carlos Alberto Brilhante Ustra, que comandava o DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações – Centro de Operações de Defesa Interna) em 1971, quando da morte do jornalista Luiz Eduardo Merlino.

A ação declaratória – etapa na qual é decidido se o pedido de processo será acolhido ou não, sem julgamento de mérito – foi apresentada por Regina Maria, irmã de Merlino, e Angela Maria Mendes de Almeida, mulher que vivia com o jornalista.

Os desembargadores que votaram contra a ação declaratória fundamentaram o veredicto na falta de provas de vínculos conjugais ou união estável entre Angela e Luiz Eduardo Merlino. Embora não fossem casados, os dois viveram juntos entre 1966 e 1971. Fábio Konder Comparato, advogado que defende a família Merlino afirmou que vai recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Para Krischke, este argumento é uma afronta:

– Eles se apegam a filigranas técnicos para não celebrar a justiça. É um argumento demasiado fraco, e perverso – ataca.

O líder do Movimento de Justiça e Direitos Humanos recorda que nos países vizinhos, sobretudo Argentina, Uruguai e Chile, ações judiciais têm sido tomadas contra torturadores e militares agiram na repressão durante os períodos ditatoriais.

– A justiça brasileira tem sido contrária ao que está acontecendo em toda a região (…) Estamos andando na contramão da história. A questão da cidadania não está prevalecendo em nossos tribunais – critica.

Os desembargadores não recorreram à tão discutida Lei de Anistia para anular o processo. A referida lei, sancionada em 28 de agosto de 1979 pelo presidente João Figueiredo, perdoou crimes cometidos até aquela data. Setores do atual governo insistem na revisão da Lei, pois defendem que crimes de lesa humanidade sejam considerados crimes políticos e estejam abarcados pela anistia.

Terra Magazine

Bêbados, beberrões e bebuns

Quando eu era jovem e o mundo, se não sorria para mim pelo menos ainda não fazia cara feia, tomava-se um porre. Eu pelo menos tomava porre. Ou enchia a cara. Ou ficava meio alto. Alterado, se quiserem. Ia numas e noutras. Passei por toda a sinonímia.
O linguajar popular me encontrou nas boas buates e nos péssimos butecos. Dando vexame. Claro. Bêbado é uma raça insuportável que se julga formidável. Os que ficam sentimentais. Os que querem quebrar a cara de todo mundo. Depois, quebrar o bar também.

“Por que bebes tanto assim rapaz?” perguntavam Rubens Soares e David Nasser, autores do samba gravado, primeiro pelo Joel de Almeida, depois pelo Chico Viola. “Chega, já é demais, se é por causa de mulher é bom parar, porque nenhuma delas sabe amar.”

Mentiam os sambas, como mentem os bêbados. Que fique logo claro: mulher sabe amar, sim, senhor. Bêbado, é mais complicado. Tem mais. Ninguém bebe por causa de mulher. Isso é desculpa. Pretexto. Indigentes, ambos.

Nunca conheci ninguém que, como diz o lugar-comum, bebesse para esquecer. Não vale também a graça de adicionar a ressalva, supostamente jocosa, de que “eu já me esqueci daquilo que queria me esquecer”. Mil comediantes, de pé ou sentados, já fizeram essa graça. Riu-se em 1870. Depois, nunca mais.

Um resumo rápido e rasteiro. Bebe-se para sair até onde possível de onde se está. Ficar numa “boa”, feito dizem aqueles péssimos caras vomitando a alma no meio da calçada. Os mesmos que, no dia seguinte, carregam uma ressaca mais pesada do que aquele bacalhau do homem do óleo de fígado. Lembram dele?

Isso está parecendo conversa de bêbado.

Uma carraspana é uma carraspana é uma carraspana. Sentencio no ritmo de Gertrude Stein e Vinícius de Moraes.

Carraspana. Um grupo de velhos com vastos bigodes e lindos gestos antigos tomando conhaque de alcatrão.

O objetivo de se ir numas e outras, todas se possível, é simples. Sair desta e partir para outra. Viver é duro. Como o murro do porteiro da casa noturna.

Quando eu me lembro, ou penso, no Brasil, eu vejo um – qual é o coletivo? – jereboão de bêbados. Eles, no meio de toda confusão que vivem, sabem do que se trata. Que é fogo. Fogo mesmo. Para ser breve. Como aquele bêbado – tem tanto tipo de bêbado – que bebe sozinho. Olhando só para o copo. Sem papo com ninguém.

Enquanto isso, no Reino Unido…

Agora mesmo, em setembro, o Departamento de Saúde do Reino Unido identificou nove tipos distintos de cachaceiros. Não que a cachaça tenho pego furiosamente por aqui. Caipirinha, tem, sim senhor. Muita. Mas ainda não chega a ser problema social. Como não o são nem a margarita nem o mojito.

Os britânicos vão de tudo. Tudo que estiver ao alcance de seus bolsos. Ou de suas mãos, na horinha do sexto chope duplo. O sistema nacional de saúde gasta perto de US$ 5 bilhões por ano com o problema da bebida. Não estou sendo claro. O sistema não bebe isso tudo. US$ 5 bilhões é quanto custa essa rapaziada chegada a uns copos.

Há, portanto, que, primeiro, por em ordem essa turma da pesada. Saber quem são. Depois então ver o que pode ser feito por eles. A sistematização pragmática da vida ainda não foi para as… ih, quase que eu escrevo “picas”. Eu bebi talvez, para citar cinco notas de outro samba.

Oquêi, então vamos lá. Toquemos este bonde pra frente.

Nove são os tipos de alcoólatras, ou bebuns britânicos contumazes. Nada de muito diferente de nossos bêbados. O bêbado, repito e insisto, é uma nacionalidade aparte.

Vejamos.

* Os que usam do álcool para tentarem manter um certo controle sobre suas vidas. Aqueles em busca do “desestresse”. Palavra que existe apenas em bebedês. Tudo classe média. Pode ser homem, pode ser mulher.

* Os conformistas. Nada a ver com o livro do Moravia ou o filme do Bertolucci. O bêbado conformista típico é macho (num certo sentido; depois, outro dia, entramos nos detalhes da inglória vida amorosa dos bebedores) e tem entre 45 e 59 anos. Chegados a trabalhos em escritório.

* Os entediados. São aqueles que derramam a “água que passarinho não bebe” para quebrar a monotonia da vida. São monótonos, vamos admitir. Qualquer pessoa que use a expressão “água que…” etc. É monótona. Chata de morrer. E morrem. Todos morrem no final desta história.

* Os deprimidos. Válido para qualquer um, de qualquer dos quatro sexos, qualquer das oito categorias sociais. Não sabem contar também. Feito nas anedotas, vêem tudo dobrado. Ou triplicado.

* Os amigões. Aqueles chatos que já mencionei. Lembram? 3 da matina. Tremendo bafo. O abraço. A pergunta, “Tu é ou não é meu amigo?”

* Os comunitários. Derramam para fazer amigos. Ou, no mínimo, não hostilizar metade do mundo. Não estando do nosso lado, dão pena os bêbados, né mesmo?

* Os hedonistas. Querem embarcar a todo vapor num porre. Perder completamente a noção de tudo. Conseguem. Acabam ou debaixo de cacete ou na prisão.

* Os machões. Também já mencionados. Nunca é demais lembrar. Cuidado com eles. Estão a fim de partir para um pau. Ou que um pau parta para eles.

* Os domésticos. No sentido de que fizeram do bar a casa. Outro samba, para encerrar numas notas também sorumbáticas: “Bar, tristonho sindicato de sócios da mesma dor”. Nora Ney, tô certo? Início anos 50.

Sóbrios ou de porre, como a gente tem besteira na cabeça, minha Nossa!

Ivan Lessa
Colunista da BBC Brasil

Primeira tiragem de livro mais caro do mundo esgota

A primeira tiragem do livro contemporâneo mais caro do mundo, Michelangelo – La Dotta Mano (Michelangelo – A Mão Sábia, em tradução literal), que custa 100 mil euros (R$ 265 mil), se esgotou cerca de um mês após seu lançamento. Os 33 exemplares foram vendidos a colecionadores particulares europeus e americanos.
Outros 33 livros da edição – que será limitada a 99 exemplares – já estão sendo fabricados. Cada unidade leva entre três e seis meses para ser produzida em razão do processo artesanal que resgata as técnicas utilizadas na época do Renascimento italiano.

Publicado pela editora italiana FMR, por ocasião dos 500 anos do início do trabalho de Michelangelo nos afrescos da Capela Sistina, no Vaticano, o livro sobre a vida e obra do artista pesa 24 quilos.

A capa do livro contém uma réplica em mármore da escultura Madonna della Scala, uma das primeiras obras de Michelangelo, realizada quando ele ainda era adolescente.

A reprodução da escultura foi realizada com mármore do tipo carrara proveniente da mesma pedreira, Il Polvaccio, onde Michelangelo costumava adquirir o material para suas obras.

O veludo de seda que cobre a capa é confeccionado em teares antigos, capazes de produzir apenas oito centímetros de tecido por dia.

O luxuoso papel, em puro algodão, é produzido à mão, fibra por fibra. A encadernação também é toda feita à mão e costurada página por página.

Obra de arte

A presidente da FMR, Marilena Ferrari, afirma que os livros da coleção Book Wonderful representam uma maneira de reagir à ameaça de desaparecimento do livro impresso, causada pela internet.

Considerado uma verdadeira obra de arte, o livro reúne 45 gravuras de desenhos e documentos do artista italiano, além de 83 fotos originais das esculturas de Michelangelo feitas pelo fotógrafo Aurelio Amendola.

O texto foi escrito por um amigo de Michelangelo, o pintor e arquiteto italiano Giorgio Vasari, do século 16, conhecido por suas biografias de artistas italianos.

Outros 33 exemplares serão destinados a museus do mundo todo, como o Prado, em Madri, que já recebeu a obra.

Vários ateliês de artistas e artesãos trabalharam na realização do livro, entre especialistas em encadernação, impressão gráfica, caligrafia, fotolitogravuras, entre outros.

Mais projetos

Michelangelo – La Dotta Mano é o primeiro livro da coleção Book Wonderful, da FMR.

O segundo, sobre o escultor italiano Canova, será lançado em janeiro próximo.

Um outro, sobre a rainha francesa de origem italiana Catarina de Médicis, será totalmente escrito à mão e terá apenas cinco exemplares, que não serão vendidos.

Para o projeto do livro sobre Catarina de Médicis, a FMR precisou criar escolas de caligrafias e trabalhos em miniaturas.

O primeiro exemplar dessa obra deve ficar pronto no final deste ano e servirá como uma amostra do trabalho de resgate das técnicas renascentistas desenvolvido pela editora.

A presidente da FMR afirma que irá percorrer o mundo para mostrar essa obra.

Segundo ela, a iniciativa tem o objetivo de “mostrar e preservar as origens da produção italiana”.

Além da sede em Bolonha, na Itália, a editora possui escritórios em Paris, Madri e Nova York, onde a obra pode ser vista.

A única livraria da FMR no mundo está em Paris, na Galérie Véro-Dodat.

Os livros da coleção terão garantia de 500 anos.

“A composição do papel e dos demais materiais foi pensada pelos artesãos para resistir ao tempo”, diz Ferrari.

O luxuoso papel não contém ácidos nem derivados de clorina, que causam a deterioração do material com o tempo.

BBC

Situação da mulher melhora, mas progresso é lento, diz Banco Mundial

Um relatório do Banco Mundial (Bird) e da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirma que ainda é lento o progresso para se alcançar a igualdade de oportunidades econômicas entre homens e mulheres.
Segundo o relatório, a situação das mulheres em termos de saúde e educação melhorou de forma substancial na maioria dos 122 países que forneceram dados.
Mas ainda são necessários US$ 13 bilhões por ano para alcançar o objetivo de igualdade entre homens e mulheres.

“A igualdade entre homens e mulheres é a chave para a redução da pobreza e para o crescimento”, afirmou Danny Leipziger, vice-presidente do Banco Mundial para Redução de Pobreza e Gerenciamento Econômico.

“O progresso na educação de mulheres é essencial, mas não será o bastante se não melhorarmos o acesso a bons empregos e linhas de crédito, à posse de terras e a atividades geradoras de renda”, acrescentou.

O relatório Igualdade para Mulheres: Onde Estamos em Relação à Meta de Desenvolvimento do Milênio 3? foi lançado nesta quarta-feira, em Washington, durante um seminário do Centro Internacional de Pesquisa sobre Mulheres e do Banco Mundial.

As Metas do Milênio estabelecidas pela ONU foram aprovadas por 189 líderes de todo o mundo em 2000, e a terceira meta determinada é a de igualdade entre os sexos.

Mudanças

Segundo o relatório, de 122 países que disponibilizaram informações, 82 alcançaram a meta oficial de paridade entre os sexos (estabelecida de acordo com as Metas do Milênio) em matrículas no ensino primário e secundário em 2005.

Mas 19 países – 13 na região da África subsaariana – estão longe de alcançar esta meta.

No geral, a expansão das oportunidades políticas e econômicas das mulheres é bem mais lenta do que o progresso na educação e na saúde das mulheres. Para mudar isso, segundo o relatório, são necessárias mudanças em normas sociais básicas.

O relatório afirma que alguns exemplos recentes mostram que a criação de políticas não apenas para mulheres, mas também gerenciadas por mulheres, pode diminuir a diferença entre os sexos.

Como exemplos mais conhecidos, o documento cita o que chama de programas de transferência condicional de renda, criados em toda a América Latina e Caribe, inclusive no Brasil.

“Um dos principais traços de programas deste tipo é certamente o papel predominante das mulheres”, afirma o relatório.

Apesar de citar o Brasil entre os países com programas de transferência de renda, o relatório afirma que o país, comparativamente, ainda tem salários mais baixos para mulheres do que para os homens, apesar de alta participação das mulheres no setor de trabalho assalariado.

Dinheiro

O documento afirma que serão necessários US$ 13 bilhões por ano, segundo os cálculos do projeto Metas do Milênio da ONU, para atingir a igualdade entre os sexos.

O dinheiro seria conseguido se doadores bilaterais e multilaterais, fundações particulares e outros aumentassem seus gastos para atingir a terceira meta em particular.

“Tivemos algum progresso, mas para alcançar a igualdade de sexos e oportunidades econômicas reais para mulheres serão necessárias mais verbas, políticas eficientes e muita vontade”, afirmou Eckhard Deutscher, presidente do Comitê de Assistência ao Desenvolvimento da OCDE.

“Quando estes três elementos estiverem alinhados, o progresso será rápido”, acrescentou.

BBC

Para OIT, economia verde deve criar 20 mi de empregos até 2030

Um relatório divulgado pela Organização Mundial do Trabalho (OIT) indica que, até 2030, o desenvolvimento de alternativas limpas de energia irá criar mais de 20 milhões de empregos em todo o mundo.
O documento, intitulado Green Jobs: Towards Decent Work in a Sustainable, Low-Carbon World (“Empregos Verdes: Rumo a um Emprego Decente em um Mundo Sustentável e com Baixas Emissões de Carbono”, em tradução livre), analisa como o desenvolvimento das fontes de energia sustentáveis já está tendo impacto sobre o mercado de trabalho e traça as perspectivas para o futuro.

Uma estimativa citada no relatório indica que, atualmente, cerca de 2,3 milhões de pessoas ocupam empregos diretamente ligados a fontes renováveis de energia, sendo que a maioria (1,174 milhão) trabalha com biomassa.

“Dado o aumento rápido do interesse em alternativas energéticas, os anos futuros poderão ser marcados pelo aumento mundial do número de empregos (na área) – possivelmente até 2,1 milhões em energia eólica e 6,3 milhões em energia solar até 2030”, diz o documento.

Brasil

Segundo a OIT, o relatório é o primeiro estudo abrangente sobre o surgimento de uma “economia verde” e seu impacto no mercado de trabalho.

O Brasil é citado no relatório como sendo um dos líderes mundiais no número de vagas de trabalho na produção de energia derivada de biomassa, juntamente com Estados Unidos, Japão, Alemanha e China.

Segundo o documento, estima-se que 500 mil trabalhem diretamente com biomassa só no Brasil – o que inclui o processamento de cana-de-açúcar para produzir etanol.

“Até o momento, um pequeno grupo de países responde pelo grosso dos investimentos em energia renovável”, diz o relatório. “Alemanha, Japão, China, Brasil e os Estados Unidos têm papéis particularmente proeminentes no desenvolvimento de tecnologias renováveis e, até agora, têm mantido a maior parte dos empregos nesse setor em todo o mundo”.

O documento diz que o crescimento do número de vagas de emprego “verdes” depende de os países implementarem e ampliarem medidas como a redução das emissões de gases que provocam o efeito estufa e a redução dos subsídios à produção de petróleo e gás natural.

“Todas as projeções para países individualmente indicam um forte potencial para grande produção de empregos nos próximos anos e décadas. A instalação e manutenção de painéis solares e sistemas termais solares, particularmente, oferecem um tremendo (potencial de) crescimento de empregos.”

BBC

Investimentos no Brasil cresceram 84% em 2007, diz ONU

O Brasil foi o país que mais recebeu investimentos externos diretos (IED) na América Latina no ano passado, segundo um relatório da Unctad, o braço da ONU para comércio e desenvolvimento, divulgado nesta quarta-feira.
O país, que tradicionalmente disputa esse título com o México, recebeu US$ 34,6 bilhões de dólares no ano passado, um aumento de 84% em relação a 2006. Os setores que mais se beneficiaram da entrada de recursos foram o de mineração, metalurgia, alimentos e bebidas, refinarias e petroquímicas.

Os mexicanos ficaram em segundo lugar no ranking latino-americano de investimentos, com US$ 24,7 bilhões recebidos – um aumento de quase 30% em relação a 2006, afirma o relatório.

Esses dois países e mais o Chile foram o destino de sete em cada dez dólares produtivos enviados à América Latina e ao Caribe no ano passado, quando a região bateu recorde de recepção de recursos: US$ 126 bilhões recebidos, um aumento de 36% em relação a 2006.

Excluindo-se os centros financeiros offshore, o aumento do investimento produtivo foi até maior: 53%, para US$ 105 bilhões, diz a Unctad.

Recursos naturais

No Relatório sobre os Investimentos no Mundo (WIR, na sigla em inglês), os economistas da Unctad situam o aumento dos investimentos no Brasil e na América Latina no contexto de uma busca por recursos naturais que coloca tanto governos como empresas privadas competindo pelo controle das mesmas reservas.

Os altos preços das commodities – o barril do petróleo oscilou nos últimos dias entre US$ 100 e US$ 120, por exemplo – continuou tornando atraentes os investimentos, mesmo diante de um cenário em que governos adotam medidas para elevar seu controle sobre o setor primário.

Apenas na Venezuela, na Bolívia e no Equador, a entrada de investimentos externos foi muito pequena ou negativa, no que a Unctad interpretou como decorrência das restrições ou incertezas em relação às operações de empresas privadas nesses países.

Na região como um todo, o ambiente de negócios é mais propício aos investimentos externos no setor de mineração, mais aberto à concorrência, do que de petróleo e gás, em que companhias estatais dominam o cenário, segundo o relatório.

Investimentos fora

Outro aspecto destacado no relatório foram os investimentos realizados por países latino-americanos, sobretudo Brasil e México, em outras nações.

Excluindo-se os centros financeiros, o total desta rubrica caiu 43% no ano passado – para US$ 24 bilhões – mas apenas porque voltou a patamares que a Unctad descreveu como “normais”.

É que, no ano retrasado, a compra da mineradora Inco pela Vale do Rio Doce (CVRD), no valor de US$ 17 bilhões, havia elevado os investimentos externos a patamares considerados “extraordinários”.

Ainda assim, os números de investimento de companhias latino-americanas fora de seus países são maiores do que nos anos anteriores. O Brasil, por exemplo, investiu US$ 7 bilhões no exterior em 2007, o equivalente a quase três vezes a média anual de US$ 2,5 bilhões registrada entre 2000 e 2005.

Já as empresas mexicanas investiram no ano passado 43% a mais do que no retrasado: US$ 8,3 bilhões, de acordo com o relatório.

“De forma geral, os dados de investimentos diretos no exterior podem estar subestimando a velocidade da internacionalização das empresas latino-americanas”, afirma a Unctad.

“Isso porque algumas aquisições importantes no exterior não foram registradas como investimentos nos balanços de pagamentos”, acrescenta o relatório.

“As companhias latino-americanas, sobretudo do Brasil e do México, agora competem por liderança mundial em indústrias como petróleo e gás, mineração, cimento, aço, e alimentos e bebidas.”

“Além disso, além das indústrias tradicionais, novas transnacionais estão aparecendo em setores como software, petroquímica e refino de biocombustíveis”, completa o documento.

No mundo, os investimentos externos diretos também bateram recorde: chegaram a US$ 1,8 trilhão no ano passado. Os países desenvolvidos abocanharam US$ 1,25 trilhão e os emergentes, US$ 500 bilhões.

Neste ano, entretanto, a Unctad diz esperar que a crise financeira comece a surtir efeitos sobre a economia mundial, reduzindo a atividade econômica e, portanto, os investimentos externos.

BBC

Servidores devem comprovar local de trabalho

Os servidores públicos estaduais que não responderam ao primeiro chamado da Secretaria da Administração (Saeb) para provar local de trabalho e exercício funcional têm até o próximo dia 7 de outubro para prestar os esclarecimentos solicitados pela administração estadual.
O novo edital de notificação e a lista com os nomes dos 965 servidores que deixaram de comparecer à sede da Corregedoria Geral do Estado (CGR) com a documentação exigida foram publicados na edição desta quarta-feira (24) do Diário Oficial do Estado. Na primeira chamada foram citados 1.945 servidores.

O edital de notificação estende por mais dez dias o prazo de convocação e prevê a adoção de medidas administrativas e legais, além da suspensão temporária dos vencimentos ainda no mês de outubro, no caso de persistência do não atendimento à convocação. Os servidores listados devem apresentar documentos de identificação, além de comprovante do exercício efetivo do cargo público que ocupa.

A convocação dá continuidade ao trabalho de auditoria de folha de pagamento, iniciado pela Saeb em 2007, que apontou, dentre outras irregularidades, 203 servidores falecidos recebendo salários, além de 410 servidores em situação de suspeição por manter vínculos funcionais incompatíveis com a Bahia e outros cinco estados nordestinos.

As inspeções da Saeb já resultaram em dez pedidos de exoneração, na retirada de 30 servidores de folha de pagamento, além da regularização de 292 inconformidades, e no encaminhamento de 175 processos administrativos.

Na capital, os servidores convocados devem dirigir-se à Corregedoria Geral da Saeb, localizada no posto SAC do shopping Barra, das 8h30 às 12h e das 14h às 18h.

Já os servidores lotados no interior devem acessar o Portal do Servidor e preencher o formulário ‘Validação de Informações Funcionais’, a ser encaminhado ao seguinte endereço: Corregedoria Geral da Saeb, Avenida Centenário, no 2992, shopping Barra, CEP: 40.155.150.

As informações recebidas serão posteriormente analisadas e validadas pela equipe da CGR. Em ambos os casos, o prazo encerra-se no próximo dia 7. Demais esclarecimentos podem ser obtidos através dos telefones: (71) 3267-1453 e 3264-4124.

Anvisa proíbe comércio de produtos domésticos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o cancelamento de registro dos produtos para a saúde da empresa Equipar Comércio de Equipamentos laboratoriais e Hospitalares Ltda.
Em outra resolução, a agência determinou como medida de interesse sanitário, a suspensão da fabricação, distribuição, comércio e uso, em todo o território nacional, do produto Desinfetante Concentrado Glóbulos – Eucalipto, fabricado pela empresa Coala Essências Aromáticas Ltda., de Dois Córregos (São Paulo), por não possuir registro na Anvisa.

A Anvisa determinou também a distribuição da fabricação, distribuição, comércio e uso, em todo o país, dos produtos: Solução Ácida e Limpador Pisos & Pedras Aditivado, ou de quaisquer outros produtos sujeitos à vigilância sanitária, fabricados por Allchem Química Indústria e Comércio Ltda, de Rio Grande do Sul.

Segundo a Anvisa, a empresa não tem autorização de funcionamento e os produtos não estão registrados.

Prefeitura Municipal de Ilhéus

Estudantes da rede municipal recebem atendimento odontológico nas escolas

Coordenação de DST/AIDS de Ilhéus apóia eventos sobre diversidade sexual

Prefeitura inicia instalação de novos abrigos de ônibus

Empresários participam da segunda rodada de negócios do Fam Tour

Projeto social de surfistas visa limpeza de praias em Ilhéus


Estudantes da rede municipal recebem atendimento odontológico nas escolas

Alunos de nove escolas e creches da rede municipal estão sendo beneficiados pelo Programa Piloto de Prevenção Bucal, que oferece atendimento odontológico nas próprias unidades de ensino. O serviço oferecido pela Coordenação de Saúde Bucal foi iniciado no dia nove deste mês e, até outubro, deverá atender mais de 20 mil crianças com idade entre cinco e 12 anos.

Os atendimentos do Programa Piloto de Prevenção Bucal são realizados em um veículo adaptado com consultório portátil. Nele são realizados diversos procedimentos, como limpeza, aplicação de flúor e cariostático (produto que impede a progressão da cárie), além de obturação feita com um cimento à base de ionômero de vidro, utilizado para pequenas cavidades. “Os casos mais complexos, são encaminhados ao Centro de Referência Odontopediátrico, no Lions Clube Pontal”, disse o coordenador, Carlos Ocké.

A equipe do novo serviço da Coordenação de Saúde Bucal é prestado por dois cirurgiões-dentistas e um auxiliar de dentista, supervisionados por um odontólogo sanitarista. Além de prestarem os atendimentos, os profissionais também realizam um trabalho educativo focado na prevenção, como a escovação supervisionada após a merenda. Aprendendo como cuidar dos dentes e gengivas, os alunos ficam protegidos de várias doenças.

Outra ação realizada pela equipe do Programa Piloto de Prevenção Bucal é o levantamento epidemiológico, que é uma pesquisa para saber quais são os problemas bucais mais comuns. De acordo com a dentista Kélvia Zanon, na creche Fé e Alegria, que foi o primeiro estabelecimento de ensino visitado, 90% dos alunos nunca havia recebido atendimento odontológico. “Com o consultório portátil, estamos dando uma oportunidade para que as crianças possam ser tratadas, evitando problemas mais graves, e prevenindo doenças futuras, comuns aos adultos”, declarou a dentista.

Coordenação de DST/AIDS de Ilhéus apóia eventos sobre diversidade sexual

A Coordenação Municipal de DST/ AIDS de Ilhéus está apoiando os eventos sobre a diversidade sexual que irão acontecer neste final de semana. Em parceria com o grupo Eros, o órgão dará suporte à 1º Mostra de Cultura, Educação Sexual e Cinema GLBT e a 2ª Parada Mix, que serão realizadas na sexta-feira (26), e também a IV Parada Gay da Diversidade, no domingo (28).

De acordo com a coordenadora do DST/AIDS de Ilhéus, Kátia França, além de enfatizarem a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, os eventos visam o combate à discriminação e a garantia dos direitos humanos. “Todos têm o direito de ter sua opção sexual respeitada e também de ter acesso à informação e às medidas que garantem o sexo seguro”, complementou.

Durante a 1º Mostra de Cultura, Educação Sexual e Cinema GLBT de Ilhéus, que acontecerá no Teatro Municipal, a equipe da Coordenação Municipal estará em frente ao espaço cultural. Das 10 às 18 horas, serão realizadas coletas para exames de HIV e sífilis, aconselhamentos, distribuição de preservativos masculinos e material informativo. E, no mesmo dia, às 22 horas, acontecerá a 2ª Parada Mix, no restaurante Red Grill, na Avenida Lomanto Junior, no Pontal.

O ponto alto das atividades alusivas à diversidade sexual será no domingo, quando acontecerá a IV Parada Gay da Diversidade de Ilhéus. O evento acontecerá a partir das 14 horas, na Avenida Soares Lopes. Estão previstos trios elétricos, DJ’s e performances de gogo-boys e gogo-girls. Ainda será montado um palco onde haverá um show da cantora Márcia Alencar. A equipe da Coordenação Municipal de DST/ AIDS também estará presente no evento, realizando a distribuição de preservativos e informando o público sobre o que são as doenças sexualmente transmissíveis e como se prevenir.

Além da presença dos técnicos nos eventos e o oferecimento de serviços, a Coordenação Municipal de DST/ AIDS de Ilhéus também forneceu camisetas para as iniciativas. “Ao invés de doarmos, os interessados em adquirir o produto doaram dois quilos de alimento não perecíveis para pacientes com HIV que vivem em situação de extrema pobreza”, explicou a coordenadora, Kátia França.

Prefeitura inicia instalação de novos abrigos de ônibus

Os usuários do transporte coletivo em Ilhéus estão sendo beneficiados a partir desta semana com a instalação de 52 novos abrigos de ônibus. De ontem (23) até o próximo sábado (27), a Secretaria de Transporte e Trânsito (Setrans) irá concluir a instalação de oito abrigos, tendo iniciado os trabalhos na avenida Lomanto Júnior, no bairro do Pontal, que ganhou quatro equipamentos, e em frente ao Hospital Geral Luís Viana Filho, na avenida Brasil, que recebeu um novo abrigo.

Segundo a Setrans, os trabalhos serão reiniciados com a instalação de mais sete novos abrigos de ônibus, desta vez destinados a atender os usuários do transporte coletivo na avenida Itabuna e no Parque Infantil, bairro do Malhado. Posteriormente, outras localidades serão atendidas dentro de um cronograma previamente elaborado pela secretaria para beneficiar não só a zona central da cidade como também os bairros que se encontram carentes deste equipamento.

Ainda como melhorias na área do transporte urbano, a Setrans continua investindo na realização da pintura de sinalização horizontal nas ruas e avenidas do centro da cidade, e o próximo passo será investir na eficientização semafórica, o que resultará em maior segurança para motoristas e pedestres.

Empresários participam da segunda rodada de negócios do Fam Tour

Nesta quinta-feira, dia 25, empresários do ramo hoteleiro de Ilhéus e de Canavieiras participam da segunda rodada de negócios do Fam tour – evento promovido pela Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) com o objetivo de familiarizar os operadores estrangeiros aos destinos e produtos mais visitados e procurados no país. O evento conta com a participação de representantes de operadoras e de agências de turismo, jornalistas e empresários da Argentina, Uruguai, Chile, entre outros países da América do Sul, que estão visitando a Costa do Cacau.

Na Bahia, somente a chapada Diamantina, Salvador e a Costa do Cacau estão entre os locais escolhidos para sediar o Fam Tour. Em Ilhéus, a primeira rodada do evento aconteceu na última quinta-feira, dia 18, no Hotel La Doce Vita. Durante cada rodada, os participantes de cada cidade se apresentam e um vídeo promocional das cidades que fazem parte da visita também é exibido como forma de reforçar as belezas e peculiaridades de cada local visitado.

Os Fam Tours fazem parte do programa Caravanas do Brasil, da Embratur, que visita alguns roteiros mais procurados pelos turistas no Brasil. Lugares como a Amazônia, Chapada Diamantina, Costa do Cacau, Chapada Diamantina, Fernando de Noronha e Florianópolis fazem parte do roteiro do programa. Em Ilhéus, a terceira e última rodada do Fam Tour acontece no dia 02 do próximo mês. O evento conta com apoio da Secretaria Municipal de Turismo e da Associação de Turismo de Ilhéus – Atil.

Projeto social de surfistas visa limpeza de praias em Ilhéus

Cerca de 60 surfistas de Ilhéus estarão reunidos nesta sexta-feira, dia 26, a partir das 8 da manhã para participar do mutirão de limpeza de um trecho de praia do litoral sul, promovido pelo Projeto Social Madureira Surf. A iniciativa, alusiva ao Dia Mundial de Limpeza de Praias, comemorado no último dia 20 e pela chegada da primavera, acontece entre os km 0 e 4 da rodovia Ilhéus – Olivença.

O mutirão faz parte das ações do “Praia Limpo, Surf Limpo” – movimento lançado pelos surfistas que integram o projeto como forma de chamar a atenção da população para a necessidade de manter as praias limpas. De acordo com a organização do projeto, a iniciativa também serve para estimular a preservação e conservação do meio ambiente entre os surfistas mais jovens. “Dessa forma, eles poderão dar continuidade ao projeto, assegurando uma praia mais limpa e agradável à todos”.

Após o mutirão, os surfistas participam, no mesmo local, de palestra com o professor de biologia da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, Emerson Lucena, e ainda de campeonatos de surf e bodyboard. O mutirão, que ainda de acordo com a organização deve ser implantado também em outros trechos de praia da cidade, recebe apoio da Prefeitura Municipal, Centro de Recursos Ambientais – CRA e de lojistas do centro e da zona sul.

Ministério do Turismo aperfeiçoa política para apoio a eventos

O Diário Oficial da União publicou na segunda-feira (22) portaria do ministro do Turismo que estabelece regras e critérios para apoio a projetos de promoção de eventos e divulgação do turismo brasileiro no mercado nacional. A legislação prevê a abertura de concorrência, por meio de chamada de projetos, para a apresentação de propostas de apoio a eventos com recursos orçamentários do MTur e aperfeiçoa os critérios para utilização de recursos oriundos de emendas parlamentares.

“Essa portaria representa continuidade no processo de aperfeiçoamento da política de apoio a eventos do Ministério do Turismo. Eu iria mais além, trata-se também de um instrumento que democratiza o acesso a recursos públicos para a realização de eventos para o desenvolvimento do turismo”, afirmou o ministro do Turismo, Luiz Barretto.

A Portaria 171/08 inova ao exigir que os projetos de eventos contemplem dentre suas ações a promoção da acessibilidade e divulguem a política de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. Determina ainda que sejam apoiados somente eventos em localidades que possuam meios de hospedagem cadastrados no Cadastur (sistema online de cadastramento do MTur).

Dentre as medidas adotadas consta ainda o estabelecimento de valores limites para apoio a eventos tanto com recursos da programação orçamentária como os de emendas parlamentares. Entre os eventos que podem receber apoio estão o Carnaval (inclusive os fora de época); Reveillon, esportivos; festas juninas; festivais de cinema, culturais, folclóricos, gastronômicos e rodeios.

Classificação: A legislação, que elege o critério técnico como base para a avaliação das propostas, classifica os eventos em duas categorias: Eventos do Turismo e Eventos Geradores de Fluxo Turístico. O primeiro trata dos eventos tipicamente do setor e é dividido em três modalidades (Eventos Intrínsecos ao Turismo; Eventos Temáticos e Eventos de Apoio à Comercialização). Já os geradores de fluxo turísticos são aqueles que efetivamente contribuam para a movimentação de turistas brasileiros e estrangeiros em território nacional.

O texto estabelece ainda que podem habilitar projetos junto ao MTur órgãos da administração direta e indireta dos governos federal, estadual e municipal além de entidades privadas sem fins lucrativos. Essas entidades do terceiro setor devem comprovar funcionamento regular nos últimos três anos que antecedem a apresentação de propostas. Uma outra exigência da portaria é de que durante os eventos apoiados sejam veiculadas as campanhas promocionais dos destinos turísticos brasileiros disponibilizadas pelo Ministério do Turismo.

Os eventos serão escolhidos segundo critérios técnicos e deverão ter como objetivo o desenvolvimento e a promoção do turismo nacional, além de contribuírem para a geração de novos empregos e ocupações, a valorização do patrimônio cultural, natural e social, a promoção da qualificação profissional e do produto turístico.

Combate à corrupção ‘estanca’ no Brasil, diz Transparência Internacional

O combate à corrupção “parece ter estancado” no Brasil nos últimos anos, segundo o relatório anual da organização Transparência Internacional (TI), divulgado nesta terça-feira.
O índice de percepção de corrupção – que reflete como cidadãos em diversos países vêem o combate a este mal – calculado para o Brasil permaneceu em 3,5 pontos, intocado em relação ao ano passado, em uma escala que varia de 0 a 10.

Segundo a ONG, a situação do Brasil é ilustrativa da regional: 22 dos 32 países da região incluídos no levantamento ficaram abaixo dos 5 pontos, o que indica problemas sérios de corrupção.

Destes, 11 sequer passaram dos 3 pontos, marco indicativo de corrupção desenfreada.

Em sua análise para as Américas, a TI qualificou os resultados como “tendência infeliz para a região nos últimos anos”.

“Os esforços anticorrupção parecem ter estancado, o que é particularmente perturbador à luz dos programas de reformas de muitos governos”, afirma o comunicado da ONG.

Judiciário

A pontuação foi obtida pela análise de diversos indicadores – no caso brasileiro, sete foram utilizados como fonte.

As pesquisas mostraram que a América Latina tem o pior nível de confiança no seu Judiciário: quase três em cada quatro latino-americanos entrevistados em dez países da região declararam acreditar que existe corrupção nesta esfera de poder, afirmou a TI.

Além disso, 54% dos entrevistados em uma pesquisa no ano passado disseram esperar que a corrupção aumente nos próximos três anos – uma proporção que era de 43% há quatro anos.

“Esses elementos comuns parecem ser fatores determinantes no perpétuo sentimento de impasse na luta contra a corrupção na América Latina e no Caribe”, afirmou o documento.

“A região avançou significativamente na adoção de convenções e instrumentos legais contra a corrupção, mas está claro que muitos países ainda carecem da aplicação efetiva da lei.”

O professor Johann Graf Lambsdorff, da Universidade de Passau, que elabora o Índice para a TI, diz que há evidências de que melhorar um ponto no índice de percepção da corrupção aumenta as receitas de um país em até 4%, e a afluência de capital em até 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB).

‘Desastre humanitário’

No mundo, a lista dos países com melhores e piores índices foi pouco alterada em relação ao ano passado. Dinamarca e Suécia lideram o ranking, desta vez ao lado da Nova Zelândia – o antigo terceiro lugar, a Noruega, ficou em 14º e foi uma queda marcante no relatório deste ano, notou a ONG.

Já a Somália, Mianmar, Iraque e Haiti registraram os piores índices.

A Transparência Internacional procurou destacar o que chamou de “relação fatal” entre pobreza, instituições decadentes e corrupção.

O mal adicionará US$ 50 bilhões – cerca de metade do volume de ajuda econômica anual global – ao custo de alcançar os Objetivos do Milênio em acesso a água e saneamento básico, estimou a ONG.

“Nos países mais pobres, os níveis de corrupção podem ser a diferença entre a vida e a morte quando está em jogo o dinheiro vai para hospitais ou para água potável”, disse a presidente da TI, Huguette Labelle.

“Os altos e persistentes níveis de corrupção e pobreza que assolam muitas das sociedades mundiais são o equivalente a um desastre humanitário e não podem ser tolerados.”

Ela notou que mesmo nos países ricos o problema é preocupante, normalmente por falta de uma legislação que fiscalize a atuação das grandes companhias em outros países.

BBC

Nascidos em dezembro começam a receber o PIS

A partir desta terça-feira (23), os trabalhadores nascidos em dezembro podem ir a qualquer agência da Caixa Econômica Federal para receber os R$415,00 do abono salarial.
O calendário de pagamento prossegue até dezoito de novembro, conforme o mês de nascimento do trabalhador.

Na região metropolitana de Salvador serão 297.563 trabalhadores com direito a receber os benefícios. Em todo Brasil, esse número é de sete milhões e duzentos mil trabalhadores.

Exigências – Tem direito a retirada do PIS, o trabalhador cadastrado até o ano de 2003, que tenha trabalhado pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano de 2007, com carteira de trabalho assinada pela empresa rendimentos médios de até dois salários mínimos mensais.

Quanto aos rendimentos, tem direito ao saque o trabalhador que foi cadastrado no PIS-PASEP até quatro de outubro de oitenta e oito e que tenha saldo de quotas do PIS.

Cartão Cidadão – Para facilitar o saque, a opção é o Cartão Cidadão que pode ser utilizado em terminais de auto-atendimento, casas lotéricas e agências da Caixa A solicitação do cartão é gratuita, pelo serviço 0800-726-0101 ou em qualquer agência da Caixa. O prazo final para saque do benefício é 30 de junho de 2009.

Sebrae fará seleção. Salário chega a R$ 3,7 mil

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas da Bahia (Sebrae/Bahia) abriu processo seletivo para o preenchimento de 49 vagas e formação de cadastro de reserva. Os cargos são de nível médio e nível superior.
As vagas são divididas em 16 cargos para Analista Técnico, com salários que variam de R$ 2.320,23 e R$ 3.703,27, e cinco cargos para Assistente, com salários que variam de R$ 1.036 mil e R$ 1.855,34, de acordo com a área.

As inscrições poderão ser feitas entre os dias 6 e 24 de outubro, pelo site da Cespe(http://www.cespe.unb.br/concursos/sebraeba2008). As taxas variam de R$ 40 a R$ 80 de acordo com o cargo escolhido. As provas objetivas e de redação para todos os cargos têm data prevista para realização no dia 30 de novembro.

Outras informações podem ser obtidas na Central de Atendimento do Cespe/UnB, de segunda a sexta, das 9h às 19h – Campus Universitário Darcy Ribeiro, Instituto Central de Ciências (ICC), ala norte, mezanino – pelo telefone: (61) 3448 0100.