Os servidores do Poder Judiciário da Bahia iniciam a partir de hoje greve por tempo indeterminado. A categoria reivindica a votação do plano de cargos e salários, apresentado à Assembléia Legislativa desde 29 de maio. Com a paralisação, apenas 30% das atividades estarão sendo realizadas. Funcionam os plantões do Fórum Ruy Barbosa e do anexo Carlos Santos, ambos no Campo da Pólvora, as unidades do Serviço de Atendimento Judiciário (SAJ) de Periperi e Boca do Rio e o Tribunal de Justiça (TJ). Os serviços disponíveis serão emissão de habeas corpus, guias de sepultamento, cumprimento de liminares relativas à saúde e realização de casamentos pré-agendados.

A presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), Maria José Silva, explica que a categoria não vê o TJ como culpado, e sim o governo do estado. Segundo ela, desde 29 de maio os servidores estão sem aumento e não há perspectiva para a votação do plano de cargos e salários. A greve tem como objetivo pressionar os políticos para votarem no reajuste antes do início do segundo semestre, por causa da eleição.

O projeto de lei nº 17.281, que atualiza o plano, foi elaborado pelo TJ e por dois sindicatos da categoria, o Sinpojud e o Sindicato dos Servidores Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sintaj). O documento é baseado na nova Lei de Organização Judiciária (n° 10.845/2007). A coordenadora do Sintaj, Elizabete Rangel, informa que desde a entrega do documento estão sendo feitas incursões na Assembléia Legislativa e no Poder Executivo, mas até o momento não houve acordo. Na manhã de segunda, haverá uma assembléia extraordinária no Fórum Ruy Barbosa a partir das 9h, onde serão decididos os rumos do movimento. (MP)

Correio da Bahia