O grau de investimento concedido ao Brasil no fim de abril, indicador que demonstra haver riscos menores para a entrada de capital externo no país, pode trazer mais dinheiro e movimentar o ensino superior privado.
Para especialistas, o setor deve receber até R$ 3 bilhões nos próximos dois anos. O cenário aparentemente positivo, no entanto, é visto com ressalvas por educadores que acreditam que investimentos externos, abertura de capital e formação de conglomerados fazem com que a educação seja vista como uma mercadoria e não como um direito.
O processo de organização e transparência da gestão de instituições de ensino superior privado é crescente no Brasil, mas ainda caminha com lentidão, de acordo com especialistas. A maioria das universidades é controlada por famílias, com estruturas de custo pesadas e inchadas.
‘Para fazer um investimento, o capital estrangeiro vê até se tem telha de amianto no banheiro’, diz o presidente do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), Hermes Figueiredo.
Segundo ele, muitos negócios de compras de instituições não são efetivados porque, pela falta da transparência, o investidor não consegue estimar seus riscos.
G1