A escritora Zélia Gattai, 91 anos, morreu às 16h30 deste sábado (17), vítima de parada cardio-respiratória.
Zélia estava internada há 31 dias no Hospital da Bahia, em Salvador, onde chegou com quadro de insuficiência renal.
O filho João Jorge Amado informou a morte à imprensa às 16h45. A família decidiu cremar o corpo da escritora e espalhar as cinzas na antiga Casa do Rio Vermelho, da mesma como foi feito com Jorge Amado. O corpo vai ser velado durante todo o domingo (18) no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, em Salvador.
O Governo da Bahia decretou luto oficial de três dias pela morte da escritora. O prefeito João Henrique divulgou nota exaltando a vida de Zélia como companheira e ressaltando o talento que sempre elevaram o nome da Bahia.
A saúde da escritora se agravou bastante na sexta-feira (16), quando foi sedada e a situação considerada irreversível pelos médicos. Com a piora, Zélia passou a usar remédios para manter a pressão arterial.
A viúva de Jorge Amado foi submetida em 17 de abril a uma cirurgia para desobstrução intestinal provocada por um tumor de cerca de 15cm.
No início de abril, Zélia foi internada no Hospital Aliança com quadro de infecção urinária e insuficiência renal. No dia 16 do mês passado, foi transferida para o Hospital da Bahia. Zélia chegou a ter alta prevista, mas um pequeno sangramento adiou a saída do hospital.
A viúva de Jorge Amado se destacou não só por ser a eterna companheira do escritor baiano, mas também por sua contribuição à literatura. Zélia era paulista de nascimento, mas se considerava baiana de coração.
Corpo será velado por todo o domingo
A família da escritora Zélia Gattai, que morreu às 16h30 deste sábado (17), vítima de parada cardio-respiratória, informou que o corpo dela vai ser velado durante todo o domingo no Cemitério Jardim da Saudade, no bairro de Brotas, em Salvador.
Segundo o filho João Jorge Amado, o corpo da mãe vai ser cremado e as cinzas serão espalhadas pela antiga Casa do Rio Vermelho, como foi feito também com o escritor Jorge Amado.
Logo após a morte de Zélia, os filhos deram declarações para a imprensa. Paloma Amado, a filha mais nova, falou emocionada sobre a morte da mãe: “O que nos consola mais é que ela não está sofrendo mais, e ela estava sofrendo muito no último mês”. Ela citou, ainda, a presença do pai ao dizer que tinha certeza “que ele está ali, de mãos dadas com ela, e ela está indo no vestido que ele mais gostava que ela usasse”.
Paloma declarou que contou à mãe sobre o título de Doutor Honoris Causa que a escritora recebeu do reitor da Universidade Federal da Bahia, Naomar Almeida Filho; segundo a filha, Zélia ficou muito feliz com a notícia. “Ela achou aquilo inacreditável, uma doutora na Bahia, que nem o papai! É espantoso, porque ela só fez o curso primário e é uma doutora”, disse.
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