Projeto internacional busca oferta de cacau de qualidade

Estimular e capacitar o produtor a fornecer cacau de qualidade superior, sem a presença de impurezas e odor de fumaça está entre os objetivos de um convênio de cooperação técnica entre a Ceplac, Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e a instituição de pesquisa francesa Cirad (Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique pour le Développement). A iniciativa está associada à busca de nichos de mercado por um grupo de produtores brasileiros, a exemplo de M. Libânio e Fazendas Reunidas Vale da Juliana.

Uma missão de técnicos do Cirad e do ITAL – instituição de pesquisa, desenvolvimento e assistência tecnológica do Governo do Estado de São Paulo –, esteve visitando na sexta-feira, 25, o Centro de Pesquisas do Cacau (Cepec), na Superintendência da Ceplac para a Bahia, na rodovia Ilhéus-Itabuna, quando discutiu aspectos da cooperação. O grupo foi recebido pelo superintendente Geraldo Dantas Landim e pelo chefe do Cepec, Jonas de Souza, que apresentou pesquisas desenvolvidas desde 1962, incluindo as que resultaram nos 39 clones resistentes e tolerantes ao fungo da vassoura-de-bruxa distribuídos entre agricultores.

O especialista em pós-colheita francês doutor Michel Barel fez um relato das exigências das indústrias chocolateiras européias em relação ao cacau para a produção de chocolates. Segundo explicou, o produtor de cacau do Brasil tem condições de fornecer cacau de qualidade conquistando preço três ou quatro vezes superior ao atual, justificando dessa forma o convênio de cooperação entre o Cirad e as instituições de pesquisa brasileiras.

Já o doutor Philippe Bastide apresentou o programa Quali Sud pelo qual o Cirad se preocupa com a qualidade organolética, nutricional e sanitária dos produtos alimentares que “estão no coração das preocupações dos consumidores, indústrias agroalimentares e dos profissionais de saúde”. O pesquisador francês disse que nesta diretriz estão envolvidos 72 profissionais, sendo 53 na França e outros 14 em países como Antilhas, Brasil, Camarões, Colômbia, Costa Rica, Uganda, Ilhas Reunião e Madagascar, a maioria doutores ou doutorandos, que trabalham os processos da produção, transformação e distribuição.

O diretor da M. Libânio, Eimar Sampaio Rosa, acompanhou a missão técnica na Ceplac, e reafirmou a disposição de um grupo de empresários rurais de buscar nichos no mercado europeu para o cacau fino que se produza no Brasil, depois do êxito da renovação de cacauais com clones selecionados pela Ceplac e pelos produtores. Pela Ceplac/Cepec participaram do encontro os pesquisadores Uilson Lopes, José Luis Pires, Quintino Araújo, Raimundo Mororó.

A visita também foi acompanhada pela pesquisadora francesa Sophie Assemat; Denise Jardim, diretora do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Cereais e Chocolate do ITAL; Didier Clement, do Cirad/Ceplac; e dos diretores das Fazendas Reunidas Vale do Juliana Leonardo Sorice, Paulo Sérgio e o consultor Raimundo Fonseca.

Assessoria de Comunicação da Ceplac

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