O aparelho que os profissionais de saúde usam para medir a pressão dos pacientes deve ser verificado todo ano pelo Instituto Baiano de Metrologia (Ibametro). Mas poucos profissionais se preocupam em fazer a checagem, o que aumenta o risco de diagnósticos errados.
Há quatro anos, a doceira Vera Soares descobriu que era hipertensa. De 15 em 15 dias ela verifica a pressão arterial para controlar a doença. “Sempre confio no aparelho”, afirma. Assim como dona Vera, a maioria das pessoas não se preocupa se o tensiômetro, aparelho usado para medir a pressão arterial, está regulado.

Segundo o médico Armênio Guimarães, se o equipamento não está calibrado ou apresenta um outro problema, pode fornecer ao paciente o resultado errado. “Você corre o risco de fazer um diagnóstico de hipertensão num indivíduo que não está hipertenso ou, por outro lado, fazer um diagnóstico num indivíduo que está com a pressão alta”.

É por isso que o Ibametro confere os tensiômetros de profissionais de saúde todos os anos. Os técnicos avaliam se o visor não está rachado e se há folgas no sistema. Além disso, as borrachas não podem estar desgastadas para que não haja escapamento de ar. O Ibametro cobra R$ 6,90 para fazer a verificação. Mas poucos profissionais procuram o serviço.

Segundo o técnico do Ibametro Carlos Borel, há a estimativa de que existam na Bahia cerca de 50 mil tensiômetros. Neste ano, apenas 108 aparelhos foram verificados. “A verificação é importante pois se trata de um aparelho utilizado para diagnósticos médicos, onde se recomenda ou não o uso de medicamentos”.

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