Professores debatem piso salarial nacional

Os professores da rede pública de ensino participam na próxima quarta-feira (23) de audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, que analisará a proposta de piso salarial nacional de R$ 950 para professores do ensino público fundamental e médio nos três níveis: federal, estadual e municipal.
“Vamos ao Congresso Nacional com representações de todos os estados para acompanhar a discussão do piso salarial. Esperamos que seja aprovado sem ressalvas”, afirmou o secretário geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Denilson Bento da Costa.

Para ele, a falta de investimentos na valorização e formação de educadores é um dos principais gargalos da educação pública no Brasil. Ele afirma que os professores estão sujeitos a baixos salários e “sem perspectivas de melhorias das condições de trabalho”.

A participação na audiência na CCJ faz parte da programação da 9º Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que este ano tem como tema “Educação de Qualidade para Todos: Fim da Exclusão Já”.

“De uma maneira geral, em termos quantitativos, o Brasil tem bons índices de inclusão, sobretudo no que diz respeito ao ensino fundamental, com muitas crianças na escola, mas ainda deve-se muito em qualidade”, ponderou Costa.

Durante as atividades previstas para a semana, os professores pretendem retomar o debate iniciado na Conferência Nacional da Educação Básica em defesa da criação de um sistema nacional de educação. Outra reivindicação, segundo Costa, é a articulação de novos modelos de avaliação que não responsabilizem somente os professores por possíveis baixos índices de rendimento.

“É preciso responsabilizar o sistema como um todo, não só uma parte. Hoje, o que se tem muito é a responsabilização do professor pelos índices ruins tanto na Provinha Brasil quanto no próprio Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)”, relatou.

Até a próxima segunda-feira (27), a CNTE pretende mobilizar trabalhadores em educação de todo o país em intervenções com os legislativos locais, além de atividades culturais e exposições nas escolas.

Agência Brasil

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