Rede estadual de ensino fará paralização na sexta-feira

Nem bem começaram as aulas na rede estadual de ensino e os estudantes já foram informados pelos professores da realização de uma paralisação por 24 horas, na próxima sexta-feira. A suspensão das aulas é parte de uma mobilização nacional de luta pelo piso salarial da categoria. Ontem as 1.753 escolas estaduais iniciaram o ano letivo para 1,3 milhão de alunos e não 434 mil, conforme divulgado pela Agecom na última sexta-feira.

Depois de retornarem atrasados por conta dos 57 dias de greve no ano passado, estudantes do Colégio Estadual Mário Augusto Teixeira de Freitas, no bairro de Nazaré, foram surpreendidos com a notícia. “A professora nos informou que na quarta-feira não haverá aula por causa de uma assembléia, na quinta-feira o horário de atividades vai ser reduzido das 8 horas as 10 horas e na sexta-feira haverá uma paralisação nacional, desse jeito as aulas serão reduzidas, pois logo vem o recesso da semana santa”, prevê Thaiane Oliveira, 15 anos, que cursa o terceiro ano do ensino médio. “É ano de vestibular precisamos de orientação”, ressalta.

A preocupação da estudante é compartilhada pela maioria de seus colegas, que tem ser prejudicada novamente com a falta de aula. “Ano passado os assuntos foram apresentados às pressas, todo dia tinha uma prova, foi muito difícil para nós, eu mesma fiquei em quatro recuperações”, conta Amanda Lima, 16.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB) informou que a assembléia acontecerá às 9 horas, desta quarta-feira, no ginásio do Clube dos Bancários. A proposta inicial de R$ 1,050,00 reais está sendo debatida junto ao governo que prevê R$ 850,00 reais como piso salarial para os professores.

Com o déficit de aulas, causado pela greve do ano passado, foi necessário prolongar as aulas até o dia 28 de janeiro deste ano, para que se cumprisse os 200 dias de ano letivo. Contudo as férias anuais foram reduzidas, assim como o recesso junino, que será de apenas 10 dias (de 22 de junho a 2 de julho). Estão previstas aulas aos sábados.

“Infelizmente nós somos os maiores Nem bem começaram as aulas na rede estadual de ensino e os estudantes já foram informados pelos professores da realização de uma paralisação por 24 horas, na próxima sexta-feira. A suspensão das aulas é parte de uma mobilização nacional de luta pelo piso salariprejudicados com essas greves, os alunos dos colégios particulares, que são nossos concorrentes no vestibular, estão sempre a nossa frente”, lamenta Elaine Maiara Cerqueira, 18 anos, que pretende prestar vestibular para enfermagem na Universidade Federal da Bahia (Ufba).

Conforme o calendário escolar da Secretaria Estadual de Educação (SEC) as aulas serão encerradas no dia 12 de janeiro de 2009, “isso, se não ocorrerem outras greves”, salienta Jorge Nunes Sacramento, diretor do Colégio Estadual da Bahia (Central). “Nos esperamos que não aconteça, mas sabemos que existe a possibilidade”.

O Central está incluso numa lista de 500 escolas que passaram, ou ainda estão passando, por reformas em suas estruturas físicas. Sacramento assegura que as reestruturações, ainda em andamento não prejudicarão o andamento das aulas. “Com a redução das férias não houve tempo para concluir a reforma”, explica, reforçando que há mais de 20 anos a instituição não passava por uma restauração com esta.

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