Bactéria “pode ajudar no tratamento de cálculo renal”

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, sugere que a presença de uma bactéria intestinal pode reduzir os riscos de desenvolver cálculo renal.
Segundo os pesquisadores, pessoas que naturalmente carregam a bactéria Oxalobacter formigenes são 70% menos suscetíveis a ter pedras no rim.

As pedras nos rins se formam a partir do resíduo de substâncias que são expelidas pela urina. Cerca de 80% são formadas por um composto chamado oxalato de cálcio.

A bactéria Oxalobacter formigenes consegue quebrar o oxalato no intestino e está presente em uma grande proporção da população.

O estudo, publicado na revista científica Journal of the American Society of Nephrology, afirma que o próximo passo será tentar usar a bactéria em tratamentos probióticos, que estimulam o equilíbrio das bactérias no intestino.

Caso os resultados sejam positivos, a administração da bactéria pode ser usada como tratamento profilático para pessoas com tendência a desenvolver pedras no rim.

“Nossa descoberta tem uma importância clínica em potencial, mas a possibilidade de usar a bactéria como um probiótico ainda está nos estágios iniciais de investigação”, afirmou David Kaufman, que liderou o estudo.

Tratamento

Segundo o urologista Derek Machin, do Hospital Universitário de Aintree, na Grã-Bretanha, um tratamento eficaz para pacientes com pedra no rim seria um avanço.

De acordo com ele, as pedras nos rins atualmente são eliminadas com pequenos choques elétricos que as detonam, mas o tratamento nem sempre é eficaz.

Somente no Reino Unido, três em cada 20 homens e uma em cada 20 mulheres sofrem de cálculo renal.

“Para algumas pessoas, o cálculo renal é um problema contínuo ao longo da vida”, fiz Machin.

Ele ressalta ainda que há muita pesquisa pela frente antes que o uso dos probióticos possa ser testado em pacientes.

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