Atores aprendendo a aprender

Desde domingo, 10 de dezembro, 21 atores estão reunidos na Fazenda Tororomba, em Ilhéus, participando do LINFA – Laboratório de Investigação e Formação do Ator. Até o próximo domingo, 17, serão totalizadas mais de 100 horas de trabalho intensivo com atores e pesquisadores da Antropologia Teatral. Ao todo, sete cidades participam do projeto que é uma iniciativa do Teatro Popular de Ilhéus, e recebeu o Prêmio Myriam Muniz de Teatro, entregue pela FUNARTE – Fundação Nacional de Arte.
A coordenação pedagógica do LINFA é do diretor teatral e pesquisador Hirton Fernandes, artista baiano que vem se destacando na articulação para implantação do Sistema Nacional de Cultura, organizado pelo Ministério da Cultura.
Esta é a III Sessão do LINFA no Brasil e tem como tema Aprender a aprender. A proposta, segundo Romualdo Lisboa, diretor do TPI e coordenador técnico do projeto, é reunir artistas do Sul da Bahia, na tentativa de iniciar um processo de formação continuada de atores. “Esta formação continuada deve acontecer a partir de um treinamento que leve em consideração as identidades dos nossos artistas e a diversidade cultural da Costa do Cacau, e neste aspecto o Laboratório de Investigação e Formação do Ator propõe um aprendizado dinâmico e interativo.”
Para Hirton, a III Sessão do LINFA vem impulsionar um movimento teatral que já existe e necessita de maiores investimentos em formação. “Há uma necessidade urgente de que os gestores municipais de cultura iniciem a elaboração das políticas públicas de cultura, que proporcionem maior incentivo e fomente as ações dos grupos de suas cidades”.
Além do treinamento físico e vocal, o LINFA tem desenvolvido um estudo teórico sobre os princípios da Antropologia Teatral, através de seminários, debates e leituras.

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