Crie capacita professores para a educação especial
Fórum de Imunização reúne infectologistas em Ilhéus
Guia traz opções de cultura e lazer
Fórum de Turismo reuniu trade brasileiro em Ilhéus
Centro de Controle de Zoonoses oferece animais para adoção
O coordenador do Centro de Controle de Zoonoses de Ilhéus, Aloísio Correia Leite, adverte para a necessidade de controlar o caramujo africano (Achatina fulica), uma espécie difundida na Bahia e em vários estados brasileiros. “Esse tipo de caramujo, quando contaminado, causa danos à saúde humana, além de destruição de elementos do meio ambiente, sendo por isso considerado uma praga”, diz o técnico. Ilhéus registra casos de caramujo africano.
Aloísio explica que essa espécie de caramujo possui “grande apetite”, quando se trata de algumas culturas de subsistência e plantas ornamentais. “Por isso, é importante evitar que sua população aumente, mas ainda não existem métodos eficientes para isso, sendo que algumas tentativas resultaram em desastres ambientais tão graves ou ainda maiores do que os provocados pelo caramujo”, ressalta.
De acordo com Aloísio Correia Leite, o Achatina se espalhou rapidamente pelo território brasileiro devido à facilidade que tem essa espécie de adaptar-se com facilidade a novos ambientes e possuir alta taxa de reprodução, além de não enfrentar predadores naturais. “O caramujo africano tem também efeito inibidor sobre o caracol nativo (Megalobulimus oblongus), constituindo-se em séria ameaça à biodiversidade terrestre e aquática”. Ele acrescenta que essa inibição se dá devido à competição pelo alimento. “Ao competir pela nutrição, o caracol nativo tem dificuldade de reproduzir-se e, teoricamente, se extinguiria no longo prazo”, alerta.
Verminose
O A. fulica, vindo da África, foi introduzido no Brasil há cerca de 20 anos, como alternativa mais econômica para a criação do escargô francês (Helix aspersa e Helis pomatia). Com o fracasso do projeto de criação, caramujos foram soltos no ambiente silvestre e, com alta taxa de reprodução, se espalharam por vários pontos do país. O coordenador do CZ de Ilhéus afirma que o caramujo contaminado é responsável por muitos casos de verminose pelo Angiostrongylus costaricensis, considerado problema de saúde pública na Costa Rica, mas que não há registro de caramujos contaminados no Brasil.
“Mesmo assim, é prudente não manter contato com o caramujo, evitando-se também seu consumo, seja por confusão ou para substituição ao escargô”, recomenda, acrescentando que, ao identificar o caramujo africano, a população deve chamar a autoridade sanitária. Ele adianta que o procedimento técnico adotado para interromper a proliferação é catar manualmente os indivíduos e os ovos, destruindo-os, por incineração ou com água fervente. “Jogar os caramujos no lixo ou no rio contribui para a sobrevivência dos mesmos”, adverte.
Crie capacita professores para a educação especial
O Centro de Referência em Inclusão Escolar (Crie) entrega nesta terça-feira (12), a partir das 15 horas, no auditório da Justiça Federal de Ilhéus, certificados a 85 professores que participaram de um curso de capacitação em educação especial. O grupo teve acesso a diversas técnicas pedagógicas, que serão aplicadas em salas de aula onde estudam crianças com deficiências auditiva e visual. A proposta é facilitar o acesso dos portadores de necessidades especiais ao sistema regular de ensino, garantindo a inclusão social.
Os treinamentos aconteceram em outubro, em dois módulos. O programa dos cursos constou basicamente de conhecimentos sobre Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) e métodos de leitura Braile. Essa medida cumpre orientação do Ministério da Educação.
Funcionando na Avenida Itabuna, 1956, Centro, a instituição assiste cerca de 200 crianças e adultos portadores de necessidades especiais. A professora Dinalva Prisco Ferreira garante que atual administração tem contribuído para melhorar a vida dessas pessoas, que antes eram marginalizadas pelo sistema educacional. Os trabalhos são desenvolvidos em parceria com a Secretaria de Educação de Ilhéus.
Fórum de Imunização reúne infectologistas em Ilhéus
Infectologistas ilheenses e das unidades federais de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia são os palestrantes do I Fórum Integrado de Imunização, que será encerrado nesta terça-feira (12) em Ilhéus. Evento voltado para médicos, vacinadores e enfermeiros das unidades básicas de saúde (UBS), o fórum visa contribuir para o controle e erradicação de doenças como o sarampo, tuberculose, tétano e paralisia infantil. Os profissionais estão discutindo as normas e diretrizes do Programa Nacional de Imunização, em fórum aberto nesta segunda e que reúne cerca de 120 participantes.
Segundo a diretora do Departamento de Vigilância à Saúde, Cássia Virgínia Brito, também participam do fórum profissionais de hospitais e estudantes universitários da área de saúde. “Nosso intuito é oferecer atualização a estes profissionais, capacitando-os para ações nas áreas de vigilância Epidemiológica, Sanitária e Ambiental”. A diretora destaca a qualidade dos palestrantes, oriundos de algumas das principais instituições de ensino superior do País.
O fórum conta também com a participação de técnicos do sistema de Vigilância à Saúde de Ilhéus (vigilâncias Sanitária e Epidemiológica e Centro de Controle de Zoonoses). A proposta é, segundo Cássia Virgínia, analisar a realidade desse sistema e o cumprimento do Programa Nacional de Imunização. De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância à Saúde, Cássia Virgínia Brito, o encontro vai proporcionar a discussão da realidade local em confronto com o que dispõe o plano.
A diretora do Departamento de Vigilância à Saúde diz que o município vem registrando avanços quanto a este sistema de vigilância. Cássia cita o êxito alcançado em ações como as campanhas de vacinação. “Desde o ano passado, o município registra aumentos sucessivos de cobertura vacinal, como nas campanhas de imunização contra a paralisia infantil”, diz, ressaltando que “o município, invariavelmente, tem superado as metas estipuladas pelo Ministério da Saúde”.
Guia traz opções de cultura e lazer
Editado pela Secretaria Municipal de Turismo (Setur), o “Ilhéus Acontece” é um ótimo guia para orientar os visitantes e a população fixa sobre eventos de entretenimento, lazer e cultura. O guia da primeira quinzena deste mês traz uma programação repleta de shows, peças teatrais, eventos esportivos e científicos.
A edição quinzenal tem como destaque uma peça publicitária com dicas de como tratar bem o turista. “De Braços Abertos” é o nome da campanha que procura tornar ainda mais hospitaleira a recepção dos ilheenses aos visitantes. A edição desta quinzena traz os 10 mandamentos para acolher bem o visitante. Direcionado a profissionais e empresários que trabalham neste segmento, além da população em geral, a peça usa personagens do universo amadiano, além da figura caricata do autor grapiúna.
O guia “Ilhéus Acontece” oferece informações sobre igrejas, missas, cultos e seitas religiosas de diversas origens. Os templos católicos, que reúnem pontos como a Igreja Matriz de São Jorge e Catedral de São Sebastião, também se encontram no guia. O “Ilhéus Acontece” traz ainda roteiros dos bares com música ao vivo.
Entre estas casas noturnas, alguns restaurantes oferecem jazz, blues, dance music, MPB, Reggae e chorinho. Para quem prefere os ambientes mais tranqüilos, existem outras que trabalham com piano-bar. São muitos aquelas que oferecem voz e violão nas noites ilheenses. Escolas de surf e de canoagem são opções para quem prefere os esportes aquáticos. A feira de agricultura orgânica é uma dica sobre onde comprar alimentos mais saudáveis.
Patrimônios arquitetônicos também fazem parte do guia, que destaca a programação da Biblioteca Pública, Arquivo Municipal, Teatro Municipal e Casa de Cultura de Jorge Amado. O Ilhéus Acontece também traz informações sobre a programação do mês da Casa dos Artistas, com grande variedade de espetáculos teatrais. O Projeto Música na Praça também é parte do roteiro do “Ilhéus Acontece”.
Fórum de Turismo reuniu trade brasileiro em Ilhéus
O 2º Fórum de Turismo da Costa do Cacau, sediado em Ilhéus entre os dias 7 e 9 de dezembro, reuniu pessoas de diversas partes do Brasil para discutir o tema “A regionalização do Destino”. Os participantes, que lotaram o auditório Nacib, do Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, elogiaram a organização do evento e a relevância dos temas abordados, através de palestras, apresentação de painéis e workshops.
O evento foi promovido pelo Ilhéus e Costa do Cacau Convention Bureau, em parceria com o Sebrae ecom apoio da Secretaria de Turismo de Ilhéus (Setur), Associação de Turismo de Ilhéus (Atil), Banco do Nordeste e Grupo Predial. Diversas autoridades ligadas ao setor em todo o país, além de empresários e estudantes da área, participaram do encontro.
O objetivo principal do fórum foi discutir o projeto de regionalização do turismo para os dois próximos anos, tendo como foco a importância da competitividade entre os destinos e da construção de um relacionamento com os turistas. Na abertura do evento, o especialista em turismo, Mário Petrocchi, apresentou um novo modelo de competitividade, baseado em um conceito que passa da simples noção de produto turístico para a obsessão pela qualidade na experiência turística.
“Os turistas analisam e fiscalizam tudo. Portanto, precisamos estar prontos para demonstrar toda nossa simpatia e hospitalidade”, disse o professor. Ele acrescenta que é preciso ter um sistema voltado para atender as exigências do mercado. Petrocchi citou como variáveis para o desenvolvimento do turismo a natureza, infra-estrutura, qualidade dos serviços, gastronomia, folclore, ações em Marketing, hospitalidade e as diferenças entre origem e destino. Ele explicou que o marketing deve estar integrado em três pilares: Poder Público, População e Cadeia Produtiva. “A imagem do destino é uma construção coletiva”, afirmou.
O vice-presidente da Federação Brasileira dos Convention Bureaux e presidente do Salvador Convention Bureau, Fernando Ferrero, disse que a união entre o trade, o poder público e órgãos ligados ao turismo é o que consegue fazer um bom destino. O coordenador estadual do Programa de Turismo do Sebrae/Bahia, Richard Alves, concorda com esta afirmação, e completa: “é esta união que traz resultados concretos para o desenvolvimento do turismo sustentável”. Ele acrescentou que é necessário buscar meios para que todos aqueles que são ligados ao turismo venham cumprir seu papel.
O secretário de Turismo de Ilhéus, Paulo Moreira, acredita que a realização deste fórum em Ilhéus foi importante, principalmente para os estudantes de turismo, que tiveram a oportunidade de ouvir especialistas na área e, disse, podem ser os futuros componentes do trade. “As pessoas já conhecem o turismo de um modo geral, mas é preciso aprofundar este conhecimento, para que sejam feitas ações concretas que fortaleçam o setor em nosso município, gerando mais emprego, renda e cada vez mais visibilidade para esta cidade tão rica em belezas naturais”, disse.
O presidente do Ilhéus e Costa do Cacau Convention Bureau, Ricardo Myiazato, considerou os resultados do evento altamente positivos. “Tivemos uma programação muito proveitosa, e a oportunidade de conhecer cases de outras cidades, para então nos espelharmos e fazer com que Ilhéus também venha fazer parte desse grupo de sucesso”, afirmou.
Centro de Controle de Zoonoses oferece animais para adoção
O Centro de Controle de Zoonoses de Ilhéus está oferecendo cerca de 40 animais para adoção. São cães e gatos, filhotes e adultos, que foram acolhidos e tratados no órgão ligado à Secretaria de Saúde de Ilhéus. Qualquer pessoa que tenha tempo e disposição pode procurar o Centro e adotar o amigo, sendo necessário levar cópias do documento de identidade e comprovante de residência.
De acordo com a veterinária Patrícia Sicupira, do CCZ, o objetivo da medida é reduzir o número de cães e gatos que hoje vivem nas instalações do Centro. “Os animais são bem tratados, recebem alimentação adequada, além de medicação, e tudo isso representa um custo para o município”, afirma.
A retirada desses animais das ruas se deve à necessidade de prevenir as chamadas zoonoses, doenças que podem ser transmitidas para seres humanos, como a leishmaniose e a raiva. Apenas os animais muito doentes ou que representem risco para a comunidade são sacrificados, enquanto os demais têm tratamento e ficam à espera de alguém que deseje adotá-los.
A veterinária explica que todos os animais disponibilizados para adoção são vacinados e vermifugados. “Eles já saem do Centro com a carteirinha de vacina”, observa. Além do controle de zoonoses, o CCZ também fez parceria com a Sociedade Protetora dos Animais, com a finalidade de combater maus-tratos. A campanha de adoções tem como título “Amigo não se compra” e conta com o apoio de clínicas veterinárias e pet shops de Ilhéus.