LANÇADO EM ILHÉUS PRIMEIRO PRÉDIO RESIDENCIAL INTELIGENTE

Foi realizado no Ilhéus Iate Clube o lançamento do Residencial Enseada Norte, prédio de 10 andares, com vista total para o mar, que será construído pela AGT Engenharia na Rua Major Homem D´El Rei, no bairro da Cidade Nova, em Ilhéus. A iniciativa é de Pedro Otávio Moreira de Souza, administrador de empresas, Edvaldo Bomfim, economista, ambos empresários do ramo de factoring, e do arquiteto Geraldo Barreto, que fundaram a PEG Empreendimento Imobiliário Ltda, empresa que desenvolve e comercializa o projeto.
Segundo o sócio Pedro Otávio, a idéia do empreendimento surgiu em maio de 2001, quando ele e Edvaldo Bonfim adquiriram o terreno da Associação das Senhoras de Caridades de Ilhéus. Ele justificou que o Enseada Norte é um projeto futurista, pois contempla preocupações ecológicas, a exemplo do reaproveitamento da água de chuva em tanques, iluminação de áreas comuns com sensores de presença e redução de custos com o condomínio “Por se tratar de uma construção em condomínio resulta em melhor custo benefício, onde as pessoas obterão melhor preço”.

Participaram da solenidade de lançamento, a delegada do CREA, arquiteta Taty Bonfim, a autora do projeto arquitetônico, Aninha Barreto, a secretária de
Planejamento do Município, arquiteta Adriana Aleixo, que representou o prefeito Valderico Reis, empresários e profissionais liberais. A secretária de planejamento elogiou a iniciativa dos empreendedores e os seus procedimentos corretos no encaminhamento do projeto à prefeitura, e aproveitou a oportunidade para falar da elaboração do plano piloto do município. Disse também que a gestão atual do município tem se empenhado em atrair investidores e que em breve os habitantes vão claramente começar a perceber essas mudanças.
Para os serviços de assessoria jurídica imobiliária foi contratada a empresa
Maxrenda, dirigida por Marcos Gramacho, que operou na Empreendimentos Odebrecht e no Grupo Cidade, responsável pelo Bahia Marina e pelo desenvolvimento da Av. Antonio Carlos Magalhães, em Salvador. O arquiteto Marcos Gramacho veio especialmente de Salvador para esse lançamento e explicou que a opção pelo regime de condomínio, ao invés do regime de incorporação, normalmente praticado pelo mercado, é em razão da oferta de um preço menor para os apartamentos. Explicou ainda que para viabilizar o projeto foi criada a empresa Peg Empreendimento Imobiliário para vender as frações idéias, que efetiva o ingresso de cada pessoa interessada nesse condomínio de construção.
O projeto do Residencial Enseada Norte foi apresentado pelo engenheiro civil Geraldo Barreto, que se valeu de um vídeo para detalhar as características
principais do prédio e sua modernidade. Os apartamentos terão 130 metros quadrados, com três quartos – reversível para quatro, sendo duas suítes. Três
apartamentos duplex serão oferecidos na cobertura. Com garagem no térreo, sendo duas vagas por apartamento, e três vagas no caso das coberturas, o prédio inteligente terá uma central digital interfone, telefone e dados, com contas individualizadas, uma antena coletiva para TV aberta e TV a cabo, aquecedor central a gás, com água quente em todos os chuveiros, playground com piscina e jardim. O consumo de água terá medição individual com hidrômetros nos apartamentos.

POLÍCIA FEDERAL DE ILHÉUS REALIZA APREENSÕES NO COMBATE À PIRATARIA

A Polícia Federal de Ilhéus fez cumprir, na manhã de hoje, 16/10, um mandado de busca e apreensão expedido pela Vara Federal Única de Ilhéus.
A ação foi parte integrante da operação denominada I-COMMERCE, que investiga o comércio ilícito, via internet, de bens protegidos pela Legislação de Direitos Autorais, tais como: jogos, programas aplicativos, músicas e filmes, realizada simultaneamente em 14 Estados brasileiros e mais o Distrito Federal.
O grupo de policiais do DPF – Ilhéus, formado por seis integrantes, procedeu a apreensão de 02 (dois) HDs (memórias rígidas dos computadores, onde são armazenadas as informações), além de embalagens para remessa postal, provavelmente utilizado no envio dos programas pirateados.
Todo o material se encontrava acondicionado em uma Lan House, localizada no centro da cidade de Gandu, região sul da Bahia.
A operação I-COMMERCE continua, com investigações da Polícia Federal, com o intuito de novas apreensões.

Pelo menos 49 países possuem capacidade nuclear

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed El Baradei, declarou nesta segunda-feira em Viena que pelo menos 49 países têm armas nucleares ou sabem como produzi-las.
Em um seminário técnico sobre salvaguardas, El Baradei advertiu que devido às tensões políticas globais algumas nações podem materializar seus conhecimentos tecnológicos e transformá-los em armamento nuclear.
Um país, mesmo não sendo uma superpotência, pode apresentar argumentos para empregar a energia nuclear e produzir uma bomba atômica “baseando-se em um sentimento de segurança e insegurança”, indicaram especialistas da AIEA em Viena.
As fontes acrescentaram que a capacidade de produzir uma bomba atômica, tanto em relação à possibilidade tecnológica como à posse do material necessário, pode levar a uma segunda corrida nuclear, na qual alguns países possivelmente fiquem tentados a empregar armas atômicas.
O debate sobre a corrida nuclear ganhou atualidade depois que a Coréia do Norte anunciou no dia 9 de outubro que havia realizado um teste nuclear subterrâneo. O Conselho de Segurança da ONU aprovou na semana passada, por unanimidade, uma resolução impondo sanções e pedindo ao regime de Pyongyang que abandone seu programa de armas nucleares.

Apesar de cláusula de barreira, nanicos elevam representação na Câmara

Os partidos nanicos responderam nas urnas às dificuldades criadas pela cláusula de barreira. As legendas pequenas –que receberam menos de R$ 100 mil do fundo partidário em 2006– terão na próxima legislatura seu maior tamanho na história da Câmara.
Serão 39 deputados. Unidos, eles formariam a sexta maior bancada do país, só atrás de PMDB, PT, PSDB, PFL e PP e na frente de partidos tradicionais, como PDT, PTB e PSB. Em 2002, as siglas pequenas elegeram 22 parlamentares.
Com esse crescimento, PT, PMDB, PSDB e PFL vêm perdendo espaço. Em 1998, eles elegeram 346 deputados. Em 2002, foram 320. 2006 trouxe 302 novos deputados.
Os nanicos levaram 21 partidos a eleger deputados federais, um recorde (foram 19 há quatro anos). Os maiores partidos perderam quase 2% de suas votações, enquanto os nanicos tiveram 60% a mais de votos. Eles seduziram mais de 11 milhões de eleitores, cerca de 3 milhões a menos que o PT, o partido mais votado para a Câmara.

Os nanicos já incomodam. Fernando Gabeira, no Rio de Janeiro, fez o PV eleger 13 parlamentares. O PSC fez nove deputados em sete Estados.

Se fosse bancado só pelo dinheiro do fundo partidário, o PSC seria o mais eficiente. O partido teve R$ 26 mil do fundo. Cada deputado eleito pela sigla “custou” R$ 2,9 mil. No PT, equivaleria a R$ 224 mil.

Para aumentarem suas bancadas, alguns partidos estão de olho nos nanicos. O PTB já abocanhou o PAN, que elegeu um deputado. Cléber Verde, eleito pelo Maranhão aos 34 anos, segundo dados do TSE, não combina muito com o Partido dos Aposentados da Nação.

Os nanicos fizeram campeões de votos em alguns Estados. No Acre, Petecão, do PMN (Partido da Mobilização Nacional), foi o segundo federal mais votado. No Rio Grande do Norte, o mesmo PMN teve o candidato mais lembrado pelos eleitores: Fábio Faria.

A maioria dos eleitos por nanicos são novatos. Como Filipe Rio de Cara Nova, 22, do PSC. Evangélico, ele foi o deputado federal mais jovem eleito pelo Rio de Janeiro.

Folha de S.Paulo

Servidores da justiça voltam ao trabalho

Os 12 mil servidores da justiça baiana voltam hoje ao trabalho. Eles decidiram encerrar a greve na semana passada. A paralisação durou 30 dias e afetou os 150 cartórios da capital e as 280 comarcas do interior, além das varas cíveis e criminais. Os servidores conseguiram a correção salarial referente à mudança do plano Cruzeiro Real para URV, em 1994. No total são R$ 313 milhões, que serão pagos em 48 parcelas. Mas o aumento salarial de 11,98% só será pago em 2008.

Palco do Rock 2007 abre inscrições

O Palco do Rock 2007, maior festival de rock independente na BA, produzirá no próximo ano a sua 13ª edição, de sábado à terça-feira de Carnaval, trazendo bandas neste gênero de todo o país. As inscrições são gratuitas e terminam no dia 20 de outubro.
As bandas de todos os estilos de rock que tiverem interesse em participar deverão acessar o site www.accrba.com.br para preencher a ficha de inscrição e enviar, juntamente com o release, cd e duas fotos para: Rua Dias Gomes, nº 02, sala 04, Piatã, Salvador-BA – Cep 41650-310

Antecedentes criminais podem ser obtidos pela internet

Os certificados de antecedentes criminais já podem ser obtidos pela internet através do portal do Governo da Bahia (www.bahia.ba.gov.br), no link ‘Atendimento ao Público’, a partir deste mês. O acesso ao documento está restrito às pessoas que têm o documento de identidade expedido pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia.
Na tela do serviço, o cidadão deverá informar seus dados pessoais, que serão checados automaticamente pelo sistema do Instituto de Identificação Pedro Mello. Após a verificação, o documento será liberado. Não há informações se o serviço será cobrado. No mês de julho foram emitidos cerca de 11 mil certificados de antecedentes criminais no postos do SAC no Iguatemi. O número total, desde o início do ano, chega a quase 74 mil documentos.

Fome atinge 815 milhões no mundo, diz instituto

Cerca de 815 milhões de pessoas passam fome no mundo, alertou nesta sexta-feira o Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares, uma organização com sede em Washington.
O Instituto, que divulgou seu Índice de Fome Global, também alertou que 127 milhões de crianças sofrem com insuficiência alimentar no mundo.
O índice mostrou que os problemas são mais graves nos países da África subsaariana. As dez piores posições do ranking são ocupadas por países dessa região.
Outro traço comum entre eles é o histórico de guerras civis ou conflitos violentos, afirmou o relatório.
Na América Latina, o Haiti tem problemas “alarmantes” nessa área, de acordo com o indicador.
Guerras e fome

MELHORES NOTAS – RANKING GERAL
Belarus – 1,59
Argentina – 1,81
Chile – 1,87
Ucrânia – 1,97
Romênia – 2,07
Fonte: Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares

O índice levou em consideração fatores como mortalidade infantil, desnutrição infantil e o número de pessoas com deficiência alimentar em 119 nações pobres ou emergentes até 2003.

Dos 12 países com as maiores pontuações no índice, nove enfrentaram guerras civis ou conflitos violentos..

“Conflitos armados agravam o problema da fome para além do seu impacto no desempenho macroeconômico dos países: combatentes frequentemente usam a fome como uma arma de guerra, cortando o fornecimento de alimentos, submetendo populações ‘inimigas’ à inanição, e capturando ajuda alimentar destinada a civis”, afirmou o relatório.

Os países do sudeste asiático registraram os piores resultados de mortalidade infantil.

No entanto, afirmou o relatório, “na maior parte da Ásia onde a Revolução Verde aumentou o fornecimento de alimentos, a fome e a desnutrição estão em queda desde os anos 80”.

Mulheres e Aids

O instituto criou uma pontuação que varia de zero a cem, em que zero é o melhor resultado.

A maioria dos países da América do Sul tem uma pontuação menor que dez, indicando problemas “moderados”. A exceção na região é a Bolívia, que está na faixa de pontuação 10-20, ou “grave”, junto com outros países centro-americanos.

PIORES NOTAS – RANKING GERAL
Burundi – 42,7
Eritréia – 40,4
Rep. Dem. Congo – 37,6
Etiópia – 36,7
Serra Leoa – 35,2
Fonte: Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares

O Haiti é o único latino-americano com pontuação maior que 20. Nessa faixa, também estão os países do sul asiático, destacou o relatório.

“Na Índia e em Bangladesh há altas taxas de desnutrição infantil. O status inferior das mulheres nos países do sul asiático e sua falta de conhecimento nutricional são determinantes importantes para a alta prevalência de crianças com baixo peso na região”, sublinhou a pesquisa.

O estudo apontou uma relação entre a Aids e a fome, já que muitos países com alta incidência do HIV tiveram resultados medíocres no ranking.

O diretor-geral do instituto, Joachim von Braun, disse que espera “mobilizar a vontade política para aumentar urgentemente o progresso na luta contra a fome nos países onde ela é pior”.

“Graças à adoção das Metas do Milênio, a fome e a pobreza saltaram para o topo da agenda do desenvolvimento global, com o objetivo de cortar a fome à metade em 2015”, ele lembrou.

Mas acrescentou: “Não podemos estar satisfeitos com apenas cortar a fome pela metade. O problema deve ser erradicado completamente.”

Índice mostra que, em 20 anos, Brasil reduziu fome pela metade

Em 20 anos, o Brasil reduziu pela metade o seu problema de fome, mostrou o Índice de Fome Global divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares, organização com sede em Washington.

Em 1981, o Brasil fazia parte do grupo de países com problemas “graves” de fome – pontuava 10,43 num ranking de zero a cem, em que zero é o melhor resultado.

Em 2003, ano até o qual foram compilados dados para o índice, o país pontuou 5,43 e ficou no grupo com problemas “moderados” de fome, afirmou a organização.

O índice levou em consideração fatores como mortalidade infantil, desnutrição infantil e o número de pessoas com deficiência alimentar em 119 nações pobres ou emergentes. Cerca de 815 milhões de pessoas passam fome no mundo, revelou a organização.

América do Sul

Em uma comparação com alguns países do Cone Sul, no entanto, a posição brasileira é pouco confortável.

MELHORES NOTAS – AMÉRICA LATINA
Argentina – 1,81
Chile – 1,87
Cuba – 2,57
Uruguai – 2,74
México – 5,10
Brasil – 5,43
Fonte: Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares

Mesmo em meio à crise dos anos 2000, o indicador caiu de 2,93 para 1,81 na Argentina, entre 1997 e 2003. O Chile teve trajetória e indicadores semelhantes para o mesmo período.

A ilha de Cuba, apesar do embargo econômico norte-americano, tem uma pontuação de 2,57 na lista.

Por outro lado, o relatório destacou que os países andinos fizeram “progressos significativos” nos últimos 20 anos, mas continuam em situação pior que o Brasil.

A Venezuela, país petroleiro que sofreu especialmente quando os preços internacionais do petróleo caíram, na década de 80, viu sua pobreza aumentar ente 1981 e 1997, quando começou a cair novamente.

A Bolívia é o único país sul-americano classificado como “grave” em termos de problemas alimentares.

Políticas

A pesquisadora do instituto e criadora da metodologia, Doris Wiesmann, propôs uma relação entre a capacidade econômica de cada país e seu desempenho no indicador da fome.

Considerando os recursos que têm disponíveis para o combate à fome, por exemplo, a Bolívia, assim como o Equador, “têm um bom desempenho” no combate à fome, ela afirmou.

Por outro lado, o Haiti, país que sofreu nos últimos anos ondas de instabilidade política, deixa a desejar nas estratégias de reduzir a insuficiência alimentar.

PIORES NOTAS – AMÉRICA LATINA
Haiti – 25,3
Guatemala – 16,9
Honduras – 14,0
Nicarágua – 13,5
Panamá – 12,21
Fonte: Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares

Brasil e México, países com economias grandes e problemas de fome de semelhantes intensidades, foram considerados “na média”.

A pesquisadora elogiou os programas de distribuição de recursos, como o Bolsa-Família, afirmando que eles são eficientes para romper a “armadilha” da fome.

Esquivando-se de opinar sobre a situação no Brasil, Doris citou explicitamente os programas sociais mexicanos.

“Se os pais de uma família são pobres e seus filhos não podem ir à escola porque têm de trabalhar, as crianças crescerão pobres. É muito difícil dar o primeiro passo e romper um ciclo de pobreza que dura gerações”, disse a especialista.

“É claro que tudo depende da implementação desses programas. Mas conceitualmente, eles ajudam muito”.

BBC

Fome ou indigestão, eis a questão!

O prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, passou a temer os próximos dois anos do seu mandato. Acha que, com a administração estadual petista, fortalecida com a histórica votação do seu principal opositor, Geraldo Simões, para a Câmara Federal, Itabuna vai viver a pão e água.
Mas como diz – sem meias palavras e permeado de verdade – o velho ditado popular, pimenta nos olhos dos outros é refresco. Eleito prefeito de Itabuna, anos atrás, Geraldo Simões foi levado por um interlocutor ao Palácio de Ondina. A missão era reivindicar obras para a sua cidade. Esperou horas, um dia inteiro, na ante-sala do Palácio e não foi recebido por um ex-governador pefelista que, à época, alegou compromissos mais importantes.
Nem pão, nem água serviram ao petista. E aqui, os que hoje começam a chorar, riram muito da descortesia. Até comemoraram.
Não me digam que isso é coisa da política. Não é. Principalmente quando no meio de toda essa guerra está a população carente de uma cidade cheia de problemas, à espera de soluções. Aliás, façamos uma justiça. Mais que o parceiro estadual, considerado o aliado de fé, o atual prefeito de Itabuna não foi esquecido – apesar de jamais citá-lo – pelo governo Lula. Recursos estão chegando. Obras importantes, também. E os projetos implantados durante o governo Geraldo Simões, jamais foram abandonados pelo governo federal após a administração municipal ter sido entregue a um “opositor”.

Na Bahia, a histórica eleição do ex-ministro Jaques Wagner é, de certa forma, a esperança de um novo tempo na política tupiniquim. Sem arrogância ou autoritarismo. É sonho? Por enquanto é. Ainda acredito em sonhos. Mas a realidade preocupa. O futuro governador precisa ter muito cuidado para não servir de linha divisória entre os que acham que vão passar fome e os que começam a se lambuzar antes da primeira refeição, vomitando arrogância e despreparo para a vida pública.

Nas últimas semanas ele próprio admitiu – e condenou – que a “fome” pelos quase 20 mil cargos na estrutura do governo estadual tenha levado alguns correligionários a situações indigestas, no mínimo, ridículas, comprometendo a sua imagem pregada ao longo da campanha, quando defendeu uma nova forma de se fazer política e de tratar as pessoas. Por isso a sua reação foi imediata. Convocou alguns interlocutores, e pediu para que, em suas bases, assumissem uma postura clara: discussão de cargos, somente após o segundo turno das eleições presidenciais. Ninguém está autorizado a falar ou se comprometer, por ele, em nada além desta decisão.

A mensagem foi levada aos quatro cantos da Bahia, inclusive aqui no sul, onde é condenável a postura de alguns “eleitores-aliados (?)”. Muitos se antecipando a quem poderia das ordens, têm até visitado repartições públicas em busca de informações que (pelo menos ainda) não lhes pertencem. Naturalmente que eles têm recebido a indignação de alguns setores da sociedade, e este sentimento, de certa forma, termina atingindo o governador eleito. Estão confundindo um direito de reivindicar com o ato de humilhar. Tem gente arrogantemente visitando a Direc, a Dires e tantos outros órgãos, querendo números, informações internas, sem autorização oficial do governador Wagner ou de pessoas de sua inteira confiança. Tem gente promovendo contagem regressiva na porta de instituições como o SAC, já se apresentando como substituto natural dos que, de lá de dentro, se sentem cercados e intimidados. Fazem isso no momento em que o governador eleito defende “o sepultamento de um modelo político superado, marcado pela truculência e pela falta de respeito”.

O governador Jaques Wagner vai precisar ser duro, rigoroso nessa fase de transição e de definições políticas. Saber escolher o caminho que pretende tomar e ser um firme comandante das transformações que defende. Ainda há muito tempo para que o seu governo seja montado de uma forma sonhada por todos os baianos, onde não haja fome para os que discordam, nem indigestão para os seus pseudo-ocupantes. É dele que a população vai cobrar. Mas como diria o filósofo Somerset Maugham, “um excesso de vez em quando é ótimo. Impede a moderação de se tornar um hábito”.

Maurício Maron