A competição no serviço de telefonia celular fez com que a Vivo perdesse em um ano cerca de 6 pontos de participação no mercado.
Enquanto o número de celulares no país aumentou em 15,88 milhões, a empresa teve o número de clientes contabilizado pela Anatel reduzido de 28,83 milhões em setembro de 2005 para 28,72 milhões no mês passado.
Entretanto, essa redução leva em conta também uma revisão da base de assinantes da empresa, ocorrida entre maio e junho deste ano, quando foram desligados cerca de 1,8 milhão de celulares inativos.

Enquanto isso, as suas duas principais concorrentes (TIM e Claro) ganharam mercado. Em setembro deste ano, segundo dados da Anatel, a maior operadora de telefonia celular (Vivo) era responsável por 29,96% dos celulares habilitados no país, enquanto a TIM tinha 25,14% e a Claro 23,13% de um total de 95,87 milhões de celulares.

No mesmo mês do ano passado, a participação da Vivo era de 36,05%, contra 22,94% da TIM e de 21,75% da Claro, em um universo de 79,99 milhões de celulares.

A participação da Oi no mercado também cresceu de 11,21% para 13,19% no período e a BrT GSM de 2,18% para 3,18%, enquanto a Telemig/Amazônia caiu de 5,31% para 4,94%, a CTBC Telecom de 0,45% para 0,41% e a Sercomtel de 0,11% para 0,09%.

A base de clientes da TIM saltou de 18,35 milhões de assinantes em setembro de 2005 para 24,11 milhões neste ano, contabilizando um acréscimo de 5,76 milhões de novos celulares ativos. O total de celulares da Claro subiu de 17,39 milhões para 22,17 milhões no período (aumento de 4,78 milhões).

A Oi cresceu de 8,96 milhões para 12,64 milhões (3,69 milhões), o grupo Telemig e Amazônia Celular passou de 4,24 milhões para 4,69 milhões, e a BrT Celular de 1,74 milhão para 3,05 milhões no período.

Dos 95,87 milhões de telefones celulares em funcionamento em setembro, 80,73% eram pré-pagos, e 19,27% pós-pagos. Pelos cálculos da Anatel, para cada grupo de 100 habitantes, havia no mês passado 51,26 celulares em operação.

O Distrito Federal permanece à frente dos demais Estados em número de celulares ativos em relação à população, com 110,53 telefones para cada 100 habitantes, totalizando 2,64 milhões de celulares.

O Estado com a menor penetração do serviço é o Maranhão, onde o número de celulares corresponde apenas a 20,71% da população.

Em São Paulo, um dos poucos Estados onde o mercado ainda é disputado somente por três operadoras (e não quatro como ocorre na maior parte do país), existem 56,69 celulares para cada 100 habitantes, um número abaixo da média da região Sudeste, que é de 57,42 celulares por grupo de 100 habitantes.

Procurada para comentar os números do mercado, a Vivo informou que não falaria sobre o assunto antes da divulgação do balanço da empresa (3º trimestre), na próxima sexta-feira.

PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília