A receita de capital obtida pelos conjunto dos entes da Federação totalizou R$ 645,3 bilhões, sendo que a sua quase totalidade é da União (98,23%), ficando os Estados com 1,15% e os Municípios com os restantes 0,62%.
Ao serem somados os dados referentes às receitas correntes e de capital, verifica-se que a receita orçamentária dos três entes federados alcançou a marca de R$ 1.602,7 bilhões, sendo que 72,45% dos recursos pertencem à União, 17,20% aos Estados e 10,35% estão com os Municípios.
No que diz respeito à distribuição das competências na prestação dos serviços à população, a cada dia que passa os Prefeitos Municipais sentem os efeitos crescentes da chamada empurroterapia, ou seja, do aumento das responsabilidades que vão sendo repassadas aos Municípios, sem que haja, ao menos, o correspondente repasse de recursos.
Isto tudo sem falar nos programas, ações e serviços que deveriam ser de exclusiva responsabilidade da União e principalmente dos Estados e que acabam sendo custeados pelos Municípios. No ano de 2005 estes custos representam R$ 7,4 bilhões, ou seja, o equivalente a 4,45% das receitas orçamentárias dos Municípios.
François E. J. de Bremaeker
Economista e Geógrafo – Coordenador do Banco de Dados Municipais do IBAM
(bremaeker@ibam.org.br)