MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL AUTORIZA PRORROGAÇÃO DE OPERAÇÕES RURAIS DO FNE

Os produtores rurais que contrataram operações de investimento e custeio, com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), com prestações vencidas em 2005 e/ou vencidas e vincendas em 2006, poderão procurar uma agência do Banco do Nordeste para prorrogar o seu débito.
A autorização da prorrogação das prestações foi concedida pelo Ministério da Integração Nacional e se destina a produtores que comprovem a incapacidade de pagamento, em decorrência de: dificuldades de comercialização dos produtos; frustração de safras por fatores adversos; e possíveis ocorrências prejudiciais ao desenvolvimento das explorações das culturas.
Além da prorrogação do prazo, serão mantidos os encargos financeiros e os bônus, na forma do contrato original da operação.
O cliente interessado deverá se manifestar por escrito, através do preenchimento de formulário específico, disponível nas agências do Banco até o dia 31/10/2006.
Mais informações poderão ser obtidas nas agências do Banco do Nordeste ou pelo telefone 0800 78 3030. E-mail: (clienteconsulta@bnb.gov.br).

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“Quanto mais consciência você tem do valor das palavras, mais fica exigente no emprego delas.”

Brasil ainda terá juros mais altos do mundo

Os últimos cortes realizados na taxa básica Selic não foram suficientes para ameaçar a liderança do Brasil no ranking dos países com os maiores juros reais do planeta.
Se a taxa Selic for reduzida hoje em 0,25 ponto (para 14,50%), como espera boa parte do mercado, o Brasil passará a contar com juros reais de 9,6% anuais. O segundo colocado do ranking, a Turquia, conta com taxa real de 5,1%. Os dados são de estudo feito pela UpTrend Consultoria Econômica, que levantou as taxas praticadas em 40 países.
Para chegar ao juro real, foi considerada a taxa básica e descontada dela a inflação projetada para os próximos 12 meses.
Entre os latino-americanos, quem está mais perto do Brasil são o México -taxa de 4,4%- e a Venezuela -2,1%.

“Os juros no Brasil ainda são muito elevados. Estão em um processo de queda, mas que é muito lento. Acredito que só poderemos ter juros reais perto de 5% ou 6% lá para 2008”, avalia Alex Agostini, economista da consultoria Austin Rating.

O Brasil iniciou 2005 ultrapassando a Turquia e assumindo a liderança como o país com os juros reais mais elevados do mundo. Desde lá, tem mantido seu posto. E isso apesar de o país passar por um processo de queda na taxa básica e a Turquia subir seus juros.

O BC turco elevou os juros no país de 13,75% em junho para 17,50% agora. No Brasil, a taxa Selic saiu de 18% no começo do ano para 14,75% agora.
Se for considerada apenas a taxa nominal, a Turquia (com 17,50%) e a Indonésia (com 15,58%) estão acima do Brasil.

Mas, como os juros reais descontam a inflação -que está em queda no Brasil e em alta na Turquia-, o país se mantém como líder do ranking.

Investimento

Os juros reais são a referência do setor privado para decidir quanto e quando irão investir. Assim, enquanto os juros reais brasileiros se mantiverem no topo do mundo, a tendência é a de os projetos de investimentos privados não se aquecerem muito.

Mesmo que o Copom (Comitê de Política Monetária, formado por diretores e o presidente do BC) seja mais ousado e reduza a taxa Selic em 0,50 ponto ou 0,75 ponto percentual, os juros reais seguirão bem à frente dos de outros países. No primeiro caso, se a Selic descer a 14,25%, a taxa real iria a 9,4%. No segundo caso, a taxa iria a 9,1%.

Segundo o estudo, a Selic teria de ser reduzida em cinco pontos percentuais (ou seja, para 9,75%) para que o Brasil fosse alcançado pela Turquia, que tem juros reais de 5,1%.

O Copom iniciou sua reunião periódica ontem. No início da noite de hoje, anunciará como vai ficar a Selic até seu próximo encontro, que ocorrerá entre os dias 17 e 18 de outubro.

Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), a taxa projetada recuou em todos os contratos DI, sinal de que cresceu a parcela dos que apostam em corte de 0,50 ponto na Selic.

Para a LCA Consultores, há espaço para um corte de 0,50 ponto. “Aumentaram as chances de que isso ocorra. Mas a autoridade monetária deverá optar por tomar um passo mais cauteloso”, analisa a LCA, que espera que a Selic seja cortada em 0,25 ponto percentual.

A última pesquisa semanal do BC com os bancos mostrou que a previsão média do mercado é que a taxa básica encerre 2006 a 14%. Para 2007, a expectativa é que a taxa termine em 13%.

FABRICIO VIEIRA
Folha de S.Paulo

Data Folha aponta vitória direta de Lula no 1º turno

Pesquisa Datafolha realizada ontem mostra estabilidade na corrida à Presidência da República. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oscilou positivamente um ponto percentual em uma semana e continua favorito para vencer no primeiro turno. Luta tem hoje 50% das intenções de voto.
Seu principal adversário, Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou dois pontos para cima, e agora tem 27%. Heloísa Helena (PSOL) foi de 11% para 10%.
As variações dos três candidatos ficaram dentro da margem de erro do levantamento, de dois pontos percentuais para mais ou menos.

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Com 50%, Lula alcança a taxa mais alta já registrada pelo Datafolha para um candidato em disputa presidencial no primeiro turno, superando os 49% obtidos por Fernando Henrique Cardoso em 1998 e pelo próprio Lula no último levantamento.

Nesse patamar, só há chance de segundo turno se os adversários conseguirem agora subtrair pontos de Lula –o que não ocorre desde meados de julho.

Após 12 dias de horário eleitoral e faltando 33 dias para a eleição, Lula tem hoje 56% dos votos válidos (descontados brancos, nulos e indecisos), contra 30% de Alckmin.

A principal novidade da pesquisa é uma significativa recuperação de Alckmin entre os eleitores mais ricos e escolarizados. O tucano ganhou sete pontos entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, chegando a 42% –contra os 29% de Lula. Entre os mais escolarizados, Lula perdeu quatro pontos (de 32% para 28%), enquanto Alckmin ganhou seis (de 31% para 37%).

Nesses dois segmentos houve ainda uma erosão na popularidade de Lula. A avaliação positiva do presidente caiu dez pontos (de 39% para 29%) entre os que ganham mais de dez mínimos e outros quatro entre os eleitores com nível superior.

No geral, a avaliação positiva do governo Lula recuou quatro pontos, de 52% para 48%.

O problema para Alckmin é que os segmentos mais ricos e escolarizados da sociedade têm pouco peso eleitoral por formarem uma minoria no Brasil.

Como contraponto, Lula voltou a crescer no Nordeste, o segundo maior colégio eleitoral do país. O petista passou de 65% para 70% das intenções de voto na região, atingindo um novo recorde.

FERNANDO CANZIAN