O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, oscilou para baixo dentro da margem de erro. Alckmin aparece com 19,6% das intenções de votos. No início do mês, o índice era de 19,7%. O índice é próximo ao que o tucano José Serra conquistou no primeiro turno da eleição de 2002. Serra terminou essa fase da disputa com 20,8%, ante 41,6% de Lula.
A senadora Heloísa Helena, candidata do PSOL, tem 8,6% das intenções de votos. Assim como Alckmin, ela também oscilou para baixo. Na última pesquisa, Heloísa tinha 9,3%. Cristovam Buarque (PDT) cresceu um ponto percentual. O candidato passou de 0,6% para 1,6% agora. Os demais candidatos não somam 1%.
Datafolha
A última pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada, mostra que Lula segue na liderança absoluta e mantém as chances de vencer o pleito já no 1º turno. Lula também obteve na pesquisa aprovação recorde de seu governo.
Na intenção de voto dos eleitores entrevistados, o petista oscilou positivamente –de 47% para 49% (dentro da margem de erro, que é de dois pontos). O tucano Geraldo Alckmin também oscilou para cima: 24% para 25%. Já a terceira colocada, Heloísa Helena (PSOL), oscilou para baixo: 12% para 11%.
Em votos válidos (excluídos brancos e nulos), o presidente receberia 56%, obtendo a vitória e a reeleição ainda no 1º turno.
Lula tem mais votos hoje do que na eleição de 2002, aponta pesquisa
Desconsiderados os indecisos e nulos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria hoje 62,3% dos votos. É o percentual mais alto alcançado pelo petista até agora. O índice é maior, até mesmo, do que ele conquistou no segundo turno das eleições de 2002, quando venceu a disputa com 61,3% dos votos válidos.
O índice de rejeição ao presidente Lula, conforme a CNT/Sensus, é o mais baixo verificado até agora nas pesquisas do instituto Sensus, realizadas no período pré-eleitoral. 25,5% do eleitorado não votaria em Lula de jeito nenhum. No início de agosto, era 27%.
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, tem 23,8% dos votos válidos. O problema é o índice de rejeição do tucano, que chegou a 42% na pesquisa divulgada hoje. Segundo o diretor do instituto Sensus, Ricardo Guedes, historicamente, quando o candidato atinge mais de 40% de rejeição está fora do jogo político.
Guedes explicou que de 100% do eleitorado, 20% geralmente votam em branco ou nulo. Sobram, portanto, 80%, o que indica que um candidato com 40% ou mais de rejeição “não emplaca”. “O índice de rejeição de Alckmin indica que quanto mais ele é conhecido, menos as pessoas gostam dele. Ele também foi apresentado ao país juntamente com o PCC”, afirmou.
A candidata do PSOL, Heloísa Helena, tem 10,4% dos votos válidos. O índice de rejeição da senadora é de 50,1%. Cristovam Buarque (PDT) tem o maior índice de rejeição entre os quatro candidatos, de 57,2%. Ele tem hoje 1,9% dos votos válidos. Segundo o instituto Sensus, os dois também estariam fora do jogo político hoje.
O cenário apontado pela pesquisa, segundo Guedes, indica que a eleição do presidente Lula está consolidada. “Analiticamente vejo que essa é uma eleição definida”, disse.
A pesquisa CNT/Sensus foi realizada entre os dias 22 e 25 de agosto, com 2.000 pessoas, em 24 Estados. A margem de erro é de até três pontos percentuais.
ANDREZA MATAIS