“Trata-se de uma vitória importante para a Bahia que é, disparada, o maior produtor de mamona do país e o estado que mais tem se destacado na atração de investimentos voltados para a produção de biodiesel. A realização do próximo congresso na Bahia só reforça o reconhecimento da grande vantagem competitiva que o estado tem dentro da cadeia produtiva do setor”, disse o secretário da Agricultura, Pedro Barbosa.
Para o presidente da EBDA, Joaquim Santana, a Bahia está preparada para sediar o congresso em 2008. “A posição da Bahia como principal produtor de mamona do país, bem como a importância turística de Salvador, contribuíram para trazer o evento para nosso estado”, disse.
Visando à conquista do público, foi montado um estande decorativo e ilustrativo, onde os congressistas e visitantes puderam conferir, através de fôlderes e revistas, a importância da cultura da mamona na economia estadual, além das atrações turísticas da Bahia.
Explanações de especialistas em palestras e o lançamento da publicação Manual do Cultivo da Mamona marcaram a presença da Bahia no 2º congresso. O pesquisador da EBDA Ariosvaldo Novaes Santiago ministrou a palestra com o tema Banco de Germoplasma de Mamona e Estratégia de Pesquisa para o Estado da Bahia, e também o pesquisador e doutor em genética e melhoramento de plantas Benedito Carlos Lemos de Carvalho falou sobre Novas Tecnologias para a Cadeia Produtiva da Mamona.
Potencial
Como maior produtor dessa oleaginosa e potencial de plantio superior a um milhão de hectares, a Bahia é responsável por 85% da mamona produzida no Brasil, com uma área plantada de 166 mil hectares. A cultura da mamona é responsável por mais de 300 mil empregos na Bahia, promovendo a base de sustentação familiar da pequena produção nas regiões produtoras. As maiores concentrações de plantio estão nas regiões de Jacobina, Irecê e Itaberaba, com total predominância na pequena produção familiar.
Para Benedito Carvalho, a ricinocultura toma uma nova dimensão com a implementação do Programa de Biocombustível e passa a ter necessidade do apoio de todos os órgãos das diversas instâncias governamentais “para que o pequeno agricultor possa contar com os incentivos à cultura”, enfatizou.