Verônica Bonfim e Chica de Cidra fazem show beneficente

“Acordes da Vida” é nome do show beneficente que será realizado no auditório Jorge Amado, do Centro de Convenções Luiz Eduardo Magalhães, neste sábado, dia 19, a partir das 20 horas, com as cantoras Verônica Bonfim e Chica de Cidra. O espetáculo, de graves médios e agudos, produzido por Telma Moura, tem no repertório melodias românticas e sedutoras, samba e swing. Reúne também mais duas vozes da noite ilheense, os irmãos Anne e Pedro de Cidra, e conta com a participação especial do percussionista David Júnior “Papel”, músico experiente em acompanhar cantores baianos pelo País e que já se apresentou na Europa, parte da América do Sul e África.
A renda será destinada à conclusão das obras da nova portaria e recepção do Abrigo São Vicente de Paulo de Ilhéus, localizado no bairro da Conquista e dirigido pelo médico geriatra Antonio Carlos Espírito Santo. Frequentemente, a instituição – que abriga cerca de 100 idosos e completa 90 anos em 2006 – é surpreendida com a presença de marginais nas suas instalações.
Para a realização do show, a produção conta com o apoio da TV Santa Cruz, UESC, TAM, M21, Maxímidia, Gabriela FM, Morena FM, O Ateneu, Gávea Out Door, Ilhéus Praia Hotel. O auditório Jorge Amado, com capacidade para 1.500 pessoas, foi cedido gentilmente pela empresa Predial, que administra o Centro de Convenções. Os ingressos podem ser adquiridos ao preço de R$ 12,00, na Casa Brasil, na Backdoor, e na Inforlaser, em Ilhéus.
PERFIS
VERÔNICA BOMFIM, 31, nasceu na cidade de Ubatã e reside atualmente no Rio de Janeiro, onde trabalha e cursa doutorado em Ciência Florestal. É um dos talentos revelados pelo Programa Fama, da Rede Globo. Começou a tocar violão aos 16 anos. Na sua experiência com instrumentos musicais, toca berimbau e pandeiro, que utiliza nas atividades lúdicas do trabalho para uma ONG em comunidades rurais. Mas o seu maior instrumento é a voz – o que ela não acreditava. No momento, Verônica produz com Dôdo Ferreira, e co-produção de Alberto Rosemblit, um CD que pretende lançar ainda este ano, com arranjos de Saul Barbosa, que – segundo a cantora – a cara da Bahia. O trabalho ainda está com título provisório de Verônica Bonfim Iluminada, música que a colocou no Fama. “O projeto mescla diferentes estilos, com releitura de músicas antigas que nunca foram regravadas, músicas já gravadas por outros artistas, com novos arranjos, canções autorais e canções inéditas de cantores já consagrados da música popular brasileira”, informa Verônica. Mas ressalta: “É um projeto independente que precisa de apoio, necessita investimento de empresários, de patrocinadores”.
CHICA DE CIDRA, 53, nasceu na cidade de Conde e chegou para Ilhéus em 1966 com o propósito de estudar no Convento Nossa Senhora da Piedade, cujo sonho de ser freira não aconteceu. A viúva do baterista Antonio Correia Neves, quando pequena, cantava músicas de Ângela Maria para ninar os irmãos mais novos. O pai seresteiro sempre dizia que sua voz era muito feia. Não tinha pretensão de ser cantora, o que aconteceu por acaso. “Odraude Silva foi quem me levou para o cenário da música, e Nenéu Mendonça e o saudoso jornalista Francisco Cardoso me projetaram. Comecei a cantar aos 25 anos, tendo iniciado com samba, e me profissionalizei na Churrascaria Rio Cachoeira, em 1980, quando ganhei meu primeiro cachê. E hoje, tenho minhas crias na música que me enchem de orgulho”, disse Chica de Cidra. E complementa: “Sou muito feliz, não aconteci em nível nacional, mas a cidade e a região me deram colo. Ilhéus e Itabuna me abraçam de forma especial”. Chica venceu oito vezes o Troféu Jupará e recebeu o Prêmio Sharp como cantora revelação da MPB, em 1998, no Rio de Janeiro. De voz singular e rara, seus graves percorrem os caminhos das canções românticas.

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