Dinheiro de plástico

Brasil terá 390 milhões de cartões de crédito e débito em 2006

Os números são gigantescos com referência às compras realizadas através de cartões de crédito, débito, loja e de uso doméstico e regional durante este ano: o valor das vendas chegará perto da marca de R$ 250 bilhões, totalizando cerca de 4,4 bilhões de operações; e os consumidores já gastaram R$ 114 bilhões em compras no primeiro semestre de 2006.
Jair Scalco, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS) salienta que somente o número de pagamentos com cartões fica próximo de 80%. Se considerar apenas as compras feitas pelos brasileiros utilizando cheques e cartões, atualmente o País registra uma proporção de 8 em cada 10 transações a favor do chamado “dinheiro de plástico”. De 2000 para cá o uso dos cheques vem caindo por volta de 7% ao ano no Brasil, enquanto as transações por cartões aumentam ao ritmo de 22% ao ano.

Para Antonio Rios, diretor de Marketing da ABECS, a substituição é inevitável: os portadores de cartão de débito estão utilizando cada vez mais este instrumento para pagamento de compras e não apenas para saques. Com 195 milhões de plásticos em circulação, deverá registrar 1,7 bilhões de transações e movimentar R$ 70,3 bilhões em 2006. Os brasileiros gastaram R$ 22 bilhões a mais em compras com cartões no primeiro semestre.
Fisco burlado
Empresas sonegam mais de R$ 3,5 milhões nas vendas por cartões.

O faturamento realizado com cartões de crédito e débito do primeiro semestre desse ano, que foi informado por muitas empresas baianas, apresenta grandes diferenças quando comparado com o total que deveria ser recolhido como Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS).
No primeiro levantamento promovido pela fiscalização da Secretaria da Fazenda (Sefaz), no período de janeiro a maio de 2006 foram identificados mais de 4.000 contribuintes que declararam um valor de transações inferior ao revelado pelas administradoras de cartões.

Uma média de R$ 20 milhões mensais é a diferença entre o montante declarado pela empresas e o total enviado pelas operadoras é de mais de R$ 100 milhões no período já avaliado, significando uma média de R$ 20 milhões/mês. A lei estadual 9.837/05, em vigor desde janeiro, obrigou as operadoras a disponibilizar informações sobre a venda das empresas com cartões.

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