A pesquisa revela que, no acumulado do ano (janeiro a junho de 2006), a indústria baiana apresentou uma expansão de 5,5%. E no acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento foi de 5,7%, enquanto que no Brasil, a média de crescimento, neste mesmo período foi de 2%.
Vale lembrar que em 2005, 34 empresas industriais entraram em operação na Bahia e outras três foram ampliadas, representando investimentos de R$ 3 bilhões e criação 8.317 novos empregos diretos. “A recuperação do setor produtos químicos que cresceu 3,4% e o de veículos automotores que registrou expansão de 3%, depois de alguns meses em queda, são sinais de perspectivas otimistas na recuperação do setor. A expectativa é de manutenção do ritmo de crescimento”, declarou o coordenador de acompanhamento conjuntural da SEI, Luis Mario Vieira, lembrando que junho teve menos dias úteis e também os jogos da Copa do Mundo.”Tudo isso não impediu que a produção industrial baiana continuasse em expansão”.
Setores
Quatro segmentos da indústria de transformação registraram variação positiva, no confronto junho06/junho05: celulose, papel, produtos de papel (23,6%) e produtos químicos (3,4%). Já os segmentos refino de petróleo e produção de álcool (-2,8%), alimentos e bebidas (-3,2%) e metalurgia básica (-4,4%) registraram recuo na produção. O mesmo aconteceu em relação a indústria extrativa mineral, que apresentou recuo no período (-1,6%) após acréscimo de 1,5% em maio.
Na comparação do acumulado do ano, a produção industrial baiana teve uma variação positiva de 5,5%, enquanto a indústria de transformação apresentou crescimento de 5,7%. Cinco gêneros da indústria de transformação baiana registraram taxas positivas, com destaque para: celulose, papel e produtos de papel (35,0%), refino de petróleo e produção de álcool (9,0%) e metalurgia básica (16,4%). Por outro lado, os impactos negativos vieram de alimentos e bebidas (4,5%), produtos químicos (-0,8%) e veículos automotores (-7,7%).
No acumulado dos últimos 12 meses, apenas o segmento produtos químicos apresentou queda com taxa de 2,3%. Os demais gêneros da indústria baiana de transformação registraram taxas positivas no período, destacando-se: celulose, papel e produtos de papel (36,4%), refino de petróleo e produção de álcool (9,5%), metalurgia básica (14,0%) e alimentos e bebidas (0,8%).
Já na evolução do trimestre, a indústria baiana apresentou, no segundo trimestre de 2006, expansão de 4,4%, taxa inferior à assinalada no primeiro trimestre (6,6%), ambas as comparações contra o mesmo período de 2005. Esta desaceleração no ritmo de crescimento é explicada pelos dois setores de maior peso na indústria da Bahia: produtos químicos, que passou de 1,1% para -2,4%, e refino de petróleo e produção de álcool (de 11,1% para 6,9%).