Patrimônio: eles têm só isso?

A inflação no período de 4 anos chegou à casa dos 38,7%. Mas o valor dos bens dos políticos cresceu acima disso.

De um lado, o jornalista Rui Pimenta (PCO) com apenas R$ 100 mil e do outro, R$ 8,77 milhões para o ex-deputado Luciano Bivar (PSL). Entre eles, o presidente Lula está com R$ 839 mil e Geraldo Alckmin, R$ 691,7 mil. A diferença de bens do mais rico com o mais pobre chega a 87,7 vezes. Se falar em Vice, os números são mais disparatados: Pedro Paulo de Abreu, o Pepe do PCO, é proprietário de um lote, avaliado em R$ 3.200, enquanto José Alencar (PRB), candidato à reeleição e fundador do grupo Coteminas, tem patrimônio acima de R$ 12 milhões, ou seja, 3.750 vezes a mais.
Quatro anos após sua eleição, Lula, que declarou ter bens avaliados em R$ 422,9 mil, ampliou seu patrimônio nominal em 98,4% e é o terceiro candidato mais rico, ganhando um salário mensal de R$ 8.885,48, mais uma aposentadoria de R$ 4.294, totalizando R$ 13.179,48.
Alckmin na mesma época possuia R$ 554,5 mil, declarou bens no valor de R$ 691,7 mil e recebeu como governador de São Paulo, R$ 12.720 mensais. Heloísa Helena (Psol-PSTU-PCB) tem R$ 121 mil, e Cristovam Buarque (PDT), R$ 769.198,70.
A legislação eleitoral não obriga o candidato a divulgar bens dos seus familiares nem exige dele a atualização de valores de imóveis adquiridos no passado. Com isso, a comparação entre a evolução patrimonial dos políticos nem sempre é das mais precisas, já que não há uma uniformidade nos critérios adotados pelos candidatos.

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