Setores calçadista e de móveis terão 2 meses a mais de seguro-desemprego

Os desempregados dos setores calçadista, de fabricação de móveis e de fabricação de tratores terão direito a mais duas parcelas do seguro desemprego. No entanto, o benefício só vale para os demitidos entre 1º de janeiro e 30 de junho deste ano. A medida foi aprovada hoje pelo Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), que irá destinar R$ 72 milhões a 77 mil trabalhadores.
De acordo com Remíglio Todeschini, secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho e presidente do Codefat, o benefício foi dado aos setores mais atingidos pela desvalorização do real frente ao dólar –o que reduziu a competitividade das empresas exportadoras.
“O benefício foi concedido depois da constatação, pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), de que a crise cambial atingiu esses setores nos últimos 12 meses, dificultando a reinserção de trabalhadores”, disse.
O trabalhador demitido tem direito a até cinco parcelas do seguro-desemprego. Com a aprovação de hoje do Codefat, elas poderão chegar a sete em alguns casos.

Para o setor de fabricação de tratores e equipamentos para agricultura, o benefício irá atingir 13.869 trabalhadores, totalizando R$ 14,9 milhões. A média do seguro-desemprego é de R$ 539 por trabalhador. Segundo o ministério, os Estados mais atingidos são o Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo.

Já os 20,2 mil demitidos do setor de fabricação de móveis terão R$ 18,07 milhões para as parcelas complementares do seguro-desemprego, ou parcelas de R$ 451,50 por trabalhador. Os trabalhadores da região Sul foram os mais atingidos.

Já no caso do setor calçadista, que já teve esse benefício em dezembro do ano passado, os desempregados somam 43.103 principalmente nos Estados do Ceará, São Paulo e Rio Grande do Sul. O Codefat irá destinar R$ 39,22 milhões para as duas parcelas adicionais, uma média de R$ 455 por trabalhador.

O Codefat também aprovou hoje uma pré-proposta orçamentária para 2007 que prevê investimentos de R$ 30,5 bilhões. Esse valor precisa ser aprovado pelo Ministério do Planejamento.

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