Já os serviços de longa distância nacional (DDD) ficaram 77,18% mais caros, e as ligações internacionais (DDI), 13,62% mais baratas.
Nos casos de chamadas de longa distância, no entanto, a competição acabou fazendo com que as operadoras oferecessem aos usuários tarifas mais baixas que as autorizadas pelo órgão regulador.
Após uma grande polêmica sobre o reajuste das tarifas da telefonia fixa local em 2003, primeiro ano do governo Lula, quando o índice médio foi de 28,75%, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, não perdeu a oportunidade de anunciar hoje a primeira redução dessas tarifas no período, o que normalmente é feito pela Anatel.
Em 2003, o aumento foi contestado na justiça com o apoio inclusive do ministro da época, o deputado Miro Teixeira, e as tarifas acabaram corrigidas pelo IPCA, que havia ficado cerca de 11 pontos percentuais abaixo do índice oficial da telefonia.
Depois de uma guerra de liminares, a justiça acabou dando ganho de causa às operadoras, e o reajuste foi aplicado de forma parcelada.
O último aumento, que entrou em vigor no início de julho do ano passado, foi de 7,27%, aplicado de forma linear (valendo tento para o pulso quanto para a assinatura básica).
O ministro negou motivação política para a diminuição das tarifas da telefonia fixa, anunciada hoje. Segundo ele, os índices de redução foram calculados com base em uma série de fatores, inclusive na eficiência e produtividade das empresas.
‘Na verdade, nós estamos muito felizes porque a primeira correção das tarifas da telefonia local utilizando o IST vai ser negativa’, disse Costa ao ser questionado se a medida não daria margem para questionamentos políticos por conta do ano eleitoral.
Segundo ele, os números mostram que a economia está saudável, e não há motivos para o aumento das tarifas da telefonia fixa enquanto há uma diminuição de preços em vários setores.
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília