Curso ensina a técnica do “clown” em Ilhéus
Palácio Paranaguá preserva quase um século de história
TMI festeja aniversário no próximo dia 10
Ilhéus discute organização do trânsito no centro histórico
A Fundação Universidade Livre do Mar e da Mata (Maramata) agendou a tradicional Canoagem Rumo ao Mato Virgem para o dia 20 de agosto. Esta será a nona edição da canoagem que tem como objetivo resgatar a memória cultural através de ações de educação ambiental e práticas sustentáveis, com reflexos nos setores de turismo e desenvolvimento econômico. As inscrições serão abertas a partir do dia 17 de julho, na sede da Maramata.
Neste ano algumas ações serão diferenciadas das edições anteriores, como a visita da equipe da Fundação e da Capitania dos Portos aos distritos, onde será feita a apresentação do evento, regulamento, ações de segurança durante o percurso e, também, as inscrições. Ele conta que os técnicos irão abordar a riqueza de fauna e flora existente na região e enfatizar a importância da convivência harmônica do homem com o meio ambiente.
A inscrição é gratuita e para efetuá-la é necessário que o participante tenha idade superior a 18 anos e possua embarcação própria, como canoa ou caiaque. Estima-se que cerca de 550 pessoas de Ilhéus e dos municípios vizinhos participem do evento, fazendo o percurso que vai da Baía do Pontal ao Banco da Vitória, pelo Rio Cachoeira. Devido ao sucesso no ano passado, a Maramata espera atingir, nesta edição, aproximadamente oito mil pessoas do ponto de partida e áreas ribeirinhas até à chegada no Banco da Vitória.
A canoagem, que já integra o calendário turístico de Ilhéus, reconstrói de forma alegórica e estilizada a viagem feita pelo príncipe Maximiliano da Áustria, em 1860, e também a presença do príncipe Maximiliano Wield-Neuwied, da Alemanha, em Ilhéus, no ano de 1815, quando ele veio em busca de estudos sobre as riquezas naturais do município. A saída está marcada para as 13 horas do dia 20 de agosto, com chegada prevista para as 15h30min ao destino, onde está programada festividade com show artístico, almoço, entrega de prêmios e sorteios de brindes.
O presidente da Fundação Maramata, Jerbson Moraes, afirmou que uma das principais metas da canoagem é chamar a atenção das famílias ilheenses, principalmente as que moram em áreas ribeirinhas, para a importância da defesa dos rios Cachoeira e Almada. Além disso, ele considera que o evento também oportuniza o lazer ecológico e o fortalecimento da relação entre o homem e a natureza.
Curso ensina a técnica do “clown” em Ilhéus
A Fundação Cultural de Ilhéus (Fundaci), em parceria com a Fundação Cultural do Estado da Bahia, realizará este mês uma oficina sobre a técnica de expressão conhecida como “clown”. A palavra inglesa, que traduzida para o português quer dizer “palhaço”, também se refere à arte de fazer rir, a partir de situações extremas e absurdas.
O curso vai acontecer em Ilhéus, no Teatro Municipal, entre os dias 17 e 22 de julho. As inscrições encontram-se abertas na sala da diretoria do TMI, no horário comercial, sem cobrança de taxa. Basta que o interessado se apresente munido de qualquer documento de identificação.
A coordenação da oficina salienta que as vagas estão sendo oferecidas, prioritariamente, para atores do município e da região. “Como vai ser um curso concentrado, de apenas uma semana, nós acreditamos que haverá maior rendimento com a participação mais relevante dos artistas, que já possuem alguma técnica de interpretação”, afirma o presidente da Fundaci, Marcos Magno.
O diretor do TMI, Vicente D’Ávila, explica que existe um projeto de se formar um grupo de “clown” em Ilhéus. Ele lembra que a técnica tem sido utilizada com resultados muito positivos, tanto na cultura como em outros setores. “Os chamados Doutores do Riso, por exemplo, usam o clown para atenuar o sofrimento e devolver a alegria de pessoas submetidas a internação hospitalar, o que contribui decisivamente para acelerar a cura”, afirma.
Palácio Paranaguá preserva quase um século de história
Construído no final do século XIX, o Palácio Paranaguá vai fazer 100 anos de construído em 2007. Verdadeira preciosidade do conjunto arquitetônico da cidade de Ilhéus, o palacete sede da administração municipal se constitui em uma das mais importantes peças do patrimônio histórico da cidade, que completou 125 de emancipação e 472 de fundação no dia 28 de junho. Erguido na praça J.J. Seabra, num passado que remonta à época das administrações dos intendentes, o Palácio Paranaguá é uma obra que se impõe pela beleza de suas formas.
O conjunto arquitetônico traz em parte de suas fachadas esculturas que traduzem o poderio e a força de uma sociedade que buscava o caminho da liberdade como expressão maior, para justificar as conturbações de sua convivência social e política. Logo depois de construído num dos pontos mais privilegiado da cidade e no local onde estava situada uma aldeia indígena e, depois, o colégio dos jesuítas, o Palácio Paranaguá serviu como quartel e cadeia pública. As salas do térreo eram ocupadas por juízes da Comarca. As dependências da municipalidade, inclusive o Salão Nobre, decorado com riqueza de detalhes, ficavam no pavimento superior.
O artista italiano Orestes Sarcelli foi o responsável pelos serviços de pintura. Os de iluminação foram executados pelos irmãos Vita, na época da construção da obra que teve o nove de Palácio Paranaguá, uma homenagem a João Lustosa da Cunha Paranaguá, o então comandante da Província da Bahia. Depois disso, sofreu algumas reformas, mas continua exibindo a beleza de sua arquitetura.
Esculturas que nos levam a ter referência do corpo de cão ou outro felino como leão mesclado com cara e asas de águia pronta para voar, dão a dimensão da simbologia representada na sede do Poder Executivo Ilheense. Muitas administrações municipais coordenaram ações políticas das salas onde o coronel Pessoa comandou a intendência da cidade que surgiu a partir da doação da capitania de São Jorge dos Ilhéus a Jorge Figueiredo Corrêa. Pelo Palácio Paranaguá passaram muitos nomes da política ilheense com projeção estadual e nacional. O palacete se confunde com a própria história de Ilhes nos dando a ampliação de sua importância para a cidade.
O sobrado imponente e belo, com traços em alto-relevo contornando suas portas e inúmeras janelas, e tornando sua arquitetura exuberante e suntuosa, encanta os olhos de turistas e ilheenses, mesmo aqueles que costumam conviver com a construção datada de 1907. As marcas dos 100 anos estão determinadas nas diversas características da construção ainda preservada.
Sua balaustrada contorna o prédio que deixa a praça com um certo requinte e charme. A sacada mostra o romantismo de um passado que se faz presente todos os dias na vida dos Ilheenses. Ainda preservado, o Palácio Paranaguá mantém suas linhas originais.
TMI festeja aniversário no próximo dia 10
O chorinho tocado no horário do almoço, todas as segundas-feiras, no largo em frente ao Teatro Municipal de Ilhéus, será todo especial no próximo dia 10, data em que se comemoram os 20 anos da reinauguração daquele espaço da cultura. A música do cavaquinho, bandolim e violão marcará a abertura das celebrações pela data.
A festa de aniversário prossegue à noite, em um sarau com muita música e literatura, além de um coquetel, no foyer do TMI. Está programada a leitura de textos que contam a história do teatro, seus momentos mais importantes e o papel de destaque na valorização e estímulo às manifestações culturais.
O diretor Vicente D’Ávila ressalta a contribuição do TMI para o desenvolvimento da cultura no município, trabalho que, segundo ele, foi ampliado na atual gestão. “A casa hoje está mais aberta para as diversas manifestações artísticas e, inclusive, para o teatro amador”, afirma.
Segundo Vicente, a Fundação Cultural de Ilhéus tem projetos específicos para incentivar grupos amadores, como a oferta de oficinas de capacitação. Outro trabalho que destaca é o incentivo à formação de platéia, “pois queremos não apenas fomentar os grupos de teatro, mas também fazer com que a comunidade tenha o teatro como uma opção de lazer, entretenimento e cultura que faça parte de sua vida”.
Ilhéus discute organização do trânsito no centro histórico
A secretária de Planejamento de Ilhéus, Adriana Aleixo, vai se reunir com representantes do comércio local, na próxima terça-feira (11), na sede da Associação Comercial de Ilhéus (ACI). Tratar da organização do trânsito no centro histórico da cidade e, conseqüentemente, do aumento das vendas no comercio local são os objetivos do encontro. A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), ACI e Sindicato do Comércio (Sindicom) solicitaram a reunião.
A proposta sobre a implantação do sistema rotativo de estacionamento no centro é uma das principais pautas da reunião. Segundo a secretária Adriana Aleixo, o projeto representa a possibilidade de aumentar a arrecadação municipal e contribuir com parte da fatia da receita com obras assistenciais. A geração de postos de trabalho foi citada pela secretária como uma das vantagens da implantação do estacionamento rotativo. Pelo menos 50 pessoas deverão ser contratadas para a fiscalização do serviço.
A segurança no estacionamento dos carros, que passarão a ser disciplinados por pessoas credenciadas, é outra vantagem que o usuário terá com o sistema rotativo. Adriana Aleixo disse que o sistema será amplamente discutido com a comunidade e lideranças do comércio para que se “chegue a um projeto que represente os anseios da sociedade”. De acordo com ela, desta forma “se chegará a um sistema rotativo que democratizará o uso de vagas de estacionamento na área central e que ajudará também no fluxo de veículos”.