empobrecida, causadas pela devastação da lavoura cacaueira propiciado pelo fungo
Crinipellis perniciosa, Vila Nova o questionou sobre seu sentimento de culpa por ser
o responsável pela introdução do fungo que arruinou o poderio econômico da região,
Timóteo revela no primeiro momento, que não sente culpa, porque ele foi o
responsável pelo transporte e que hoje não pode mais se sentir culpado depois de ter
feito o ato. Timóteo confirma ainda que possui provas testemunhais de que os citados
na matéria o conhece, “espero que Geraldo e os outros se confessem e que não levem
esse caso para o campo da contestação política, eles me conhecem e não tenho nenhum
vínculo político como estão alegando”.
Timóteo acrescentou que não sabia das proporções de alastramento do fungo e o
controle da praga seria de responsabilidade da CEPLAC, justificando que a
implantação do fungo na região teria o objetivo de manter a CEPLAC já que este órgão
era uma espécie de cabide de empregos. Vila Nova perguntou quais foram as pessoas
que o chamaram para a empreitada e com quem foi feito o primeiro contato para falar
de vassoura-de-bruxa, o técnico em administração afirma que todos comentavam sobre
esse assunto, e que não recebeu nenhum pagamento para cometer o ato de trazer o
fungo mas que a operação foi financiada segundo Jonas e Geraldo, pela Nacional do PT
que na época o presidente era Luiz Inácio Lula da Silva hoje atual presidente da
república, juntamente com a CUT na pessoa de Jair Menegueli que esteve aqui na
região na campanha de Lula e que possui provas testemunhais em que o mesmo esteve
com ele.
Quando é questionado se outras pessoas participaram desta sabotagem, Franco Timóteo
disse que não, que com ele ninguém mais tinha trabalhado além dos já citados na
matéria, Geraldo Simões, Everaldo Anunciação, Eliezer Correia e Jonas Nascimento,
Timóteo falou ainda que esta era uma operação de alto sigilo dentro do PT,
justamente para não haver vazamento. Revelou ainda que o atual diretor da CEPLAC, Gustavo Moura que na época não tinha nenhuma ligação com o órgão, fez a mesma empreitada ele teria levado a praga para a Costa do Marfim em 1998 em um chapéu de palha para driblar a alfândega, com a intenção de disseminar também o fungo da vassoura nos paises africanos produtores de cacau, como Togo e Gana, quando questionado quem mais sabia dessa sabotagem biológica na Costa do Marfim o administrador disse que várias pessoas da região tinham conhecimento inclusive o empresário Ozéias Gomes da Costa que foi convidado para financiar esta operação internacional, Timóteo disse que Ozéias não teria aceitado, além do empresário o jornalista Juvenal Maynart também sabia da operação e que o mesmo teria visto uma fotografia de Gustavo Moura na África com um jornal cheio de vassoura-de-bruxa e ao fundo o porto de Abidjan provavelmente para servir como prova aos financiadores da operação de que realmente ele teria cumprido a missão que ficou conhecida como Thomas Hartmann e acrescentou ainda que a operação teria sido financiada por outros empresários que não revelou os nomes e a ABC que é a antiga Associação Brasileira dos Cacauicultores.
No último momento Vila Nova questiona novamente o técnico em administração sobre o seu sentimento de culpa porque em diversas partes da entrevista Timóteo faz referência à vassoura-de-bruxa como uma “desgraça”, Timóteo falou que passou a viver a realidade da região quando pode passar mais tempo aqui, a partir do ano passado e que pode ver as conseqüências dos seus atos “quem vai me julgar é a justiça e o cidadão de bem, e eu peço perdão a todos aqueles que afetei e que não tive intenção de causar todo esse desastre, também fui usado e explorado pelo PT e me sinto aliviado por ter revelado tudo isso”.
A entrevista na íntegra você pode conferir no site: www.otabuleiro.com
O Tabuleiro