das florestas, integrando diferentes áreas protegidas. A idéia é fazer com
que a biodiversidade seja conservada a partir da facilitação do fluxo
genético de populações vegetais e animais entre as Unidades de
Conservação, UC’s.
Além da Semarh, o PCEMA inclui ações do Ibama, Ministério Público e do
Comitê da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, que conta com mais de 400
membros e tem importante participação no processo decisório das ações
desenvolvidas em prol da conservação da Mata Atlântica.
Com caráter abrangente, descentralizado e participativo, o PCEMA busca o
planejamento do uso dos recursos naturais e do solo, a partir da consulta,
não só às instituições governamentais, como também à sociedade civil.
“O que propomos é o envolvimento e a sensibilização no mesmo nível das
instituições e pessoas e a criação de parcerias nos diversos níveis:
federal, estadual, municipal, setor privado, sociedade civil organizada e
moradores de áreas de entorno das UC’s (unidades de conservação)”,
sintetiza Milson Batista, coordenador executivo do PCEMA.
Para marcar a finalização da primeira fase, foram concluídos, em abril, os
planos de manejo do Parque Estadual da Serra do Conduru e da Área de
Proteção Ambiental do Pratigi.
A segunda fase do projeto foi acordada em dezembro, a partir da assinatura
de contribuição financeira por parte do KfW. O foco agora estará sobre a
fiscalização e monitoramento do corredor, atividades que serão realizados
pela Semarh, através do Centro de Recursos Ambientais, e pelo Ibama, em
conjunto com outras instituições competentes.
André Ahlert esclareceu que a participação do KfW no projeto se deu
através de acordo fechado em 1992, durante a RIO ? 92, Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
“Quinze anos depois, percebe-se no Brasil a aplicação de modelos de
desenvolvimento sustentável que trazem resultados positivos. A criação de
novas unidades de conservação, as áreas indígenas demarcadas, o processo
de consolidação das políticas públicas, tudo isto com uma atuante
contribuição da comunidade, são resultados concretos”, avalia Ahlert.
Além do Projeto Corredores Ecológicos, o Governo do Estado vem trabalhando
na criação de UC’s que contemplem a Mata Atlântica. Prova disso é que,
das 28 Áreas de Proteção Ambiental, APAs, Estaduais, 19 estão dentro da
faixa de Mata Atlântica remanescente na Bahia. Além disso, a Semarh criou
dois parques estaduais e uma estação ecológica totalizando 22 UC’s visando
a conservação do bioma.