Após quatro depoimentos, membros da Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câmara afirmaram que o número de deputados acusados de envolvimento do esquema sanguessuga pode aumentar.
Até agora, somente 16 estão sendo investigados. “Certeza não da para ter, mas os indícios são grandes. Acho que o número pode aumentar pois a cada momento chegam mais documentos”, diz o deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL).
O deputado Robson Tuma (PFL-SP) afirmou que ainda hoje os membros da comissão farão a análise dos depoimentos e dos novos documentos para, depois, dizer em quantos deputados a lista pode aumentar.

Carimbão informou também que a corregedoria solicitará a quebra de sigilo da Panam – empresa acusada de superfaturar as ambulâncias e repassar a propina aos deputados. Segundo ele, o intuito é checar para onde foram os cheques da empresa. “Se confirmar que a dinheiro da Panam chegou na conta de deputados, aí podemos configurar a quebra de decoro”, garante carimbão.

Os deputados confirmaram ainda que receberam as fitas de conversas gravadas pela PF entre envolvidos no esquema que citam a participação de parlamentares nas irregularidades.

Sobre os depoimentos, deputados disseram apenas que Luiz Antônio Vedoin, filho de Darci Vedoin, um dos donos da Panam, confirmou que era ele o responsável pelas contas da empresa, isentando o seu pai.

Vedoin levou o livro caixa da empresa onde, além dos pagamentos regulares, constava o nome de alguns deputados com valores ao lado.

Vedoin filho disse, no entanto, que não conhecia nenhum deputado e que seu pai era o responsável por fazer os contatos da empresa. Hoje pela manhã, no depoimento de Maria da Penha, funcionária do Ministério da Saúde que denunciou os parlamentares, seu advogado Eduardo Mahon afirmou que a funcionária possuía um backup com o nome de 283 deputados.