Veloso apóia movimento dos cacauicultores

O presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Raymundo Veloso, esteve participando junto com outros vereadores do protesto realizado pelos cacauicultores na tarde desta quinta (11) pelo centro de Ilhéus contra a inscrição do nome dos agricultores na dívida ativa da União. A passeata contou com a presença de grande parte da sociedade organizada e se concentrou em frente ao Banco do Brasil e a Justiça Federal, onde foram realizados atos de protestos.
A principal causa do movimento foi a Medida Provisória editada pelo governo Lula que transforma os débitos agrícolas dos cacauicultores em dívida fiscal, incluindo o nome dos agricultores nos serviços de restrições cadastrais, como Cadin e Serasa. “A dívida é com o Banco do Brasil e não com o fisco”, reclama o presidente do Sindicato Rural de Ilhéus Isidoro Gesteira, que acusou a Ceplac, que é um órgão federal, de induzir os cacauicultores a tomarem decisões equivocadas no plano de combate a vassoura de bruxa. Os produtores já lutam na Justiça para não pagar os débitos contraídos nas duas primeiras etapas do programa de recuperação da lavoura.
Os cacauicultores impetraram na Justiça Federal uma ação civil pública pedindo a inconstitucionalidade da Medida Provisória e a nulidade das certidões da dívida ativa da União emitidas em nome dos agricultores. A passeata dos fazendeiros terminou em frente a Justiça Federal com a queima de um caixão com galhos de cacaueiros, simbolizando “o descaso do governo federal com os produtores de cacau e em repúdio a vassoura de bruxa que assolou a cacauicultura e empobreceu toda a região”.
O presidente da Câmara de Vereadores, Raymundo Veloso, destacou a importância do movimento e se disse solidário com a causa do cacau. “Este é um movimento não só dos cacauicultores, mas de toda a sociedade regional, que teve a sua história construída com o fruto do trabalho das fazendas de cacau, que tanta riqueza já gerou para Ilhéus e para todo o estado da Bahia”, salientou. Veloso destacou ainda que é preciso se buscar uma solução para as dificuldades dos produtores com os bancos governamentais, agravadas pela baixa cotação do dólar e do preço da arroba de cacau, além do endividamento de cerca de R$ 500 milhões. Ele finalizou afirmando que a Câmara de Vereadores estará imbuída para buscar uma solução para a lavoura cacaueira.

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