Para Zimbaldi –membro da Renovação Carismática Católica há 25 anos–, o caráter ficcional do livro de Dan Brown não diminui seus efeitos “perniciosos”.
“O problema é que o autor tenta dizer que descobriu uma verdade. Dan Brown é um inventor de coisas e de fatos, porque a verdade que é conhecida ao longo dos séculos é a da Bíblia Sagrada”, afirma.
A medida cautelar foi recusada e o advogado de Zimbaldi, Affonso Pinheiro, já apresentou apelação. O resultado sai em 48 horas.
Inconstitucionalidade
Zimbaldi e seu advogado alegam que tanto o livro quanto o filme “agridem a liberdade de crença”, o que é inconstitucional. Outros fatores contrários à Constituição, segundo Zimbaldi, são “os atentados a fatos históricos que fazem parte da colonização do Brasil.”
A história do filme se concentra na tese de que Jesus Cristo se casou com Maria Madalena, com quem teve um filho e cuja descendência continuou até a atualidade, protegida por uma ordem secreta conhecida como Priorado de Sião.
Por causa da possibilidade desse casamento, o grupo conservador católico Opus Dei estaria assassinando seus descendentes para proteger tal segredo.
Censura
O deputado nega que esteja tentando censurar o filme. “Não há censura neste caso, mas sim defesa da verdade. O direito de um termina onde começa o de outro”, afirma.
Zimbaldi diz estar cumprindo com seu “papel de deputado, cristão e católico.”. “Só estou fazendo minha parte, assim como a Opus Dei na Inglaterra está brigando judicialmente”.
DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online