Relator pede cassação de Josias Gomes

O relator do processo contra o deputado Josias Gomes (PT-BA), Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), recomendou a cassação do petista por quebra de decoro parlamentar. Thame justifica seu pedido dizendo que o próprio Gomes admitiu ter recebido dinheiro de caixa dois duas vezes.
A expectativa é que a votação seja adiada por um pedido de vista, que deve suspender a sessão.
Contra Gomes pesa o fato de o deputado ter feito pessoalmente dois saques de R$ 50 mil no Banco Rural de Brasília. Em sua defesa, o deputado alegou que usou os recursos para pagar dívidas de sua campanha de 2002. Caso não haja pedido de vistas (prazo de duas sessões do plenário da Câmara para análise sobre o parecer apresentado pelo relator), o parecer de Thame pode ser votado ainda hoje.
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), informou nesta terça-feira que a votação do processo contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), no plenário da casa pode não acontecer amanhã, como estava anteriormente previsto.

Pelo regimento interno da Câmara, Cunha tem até amanhã à tarde para recorrer da decisão do Conselho de Ética, que recomendou a cassação de seu mandato, à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

A expectativa é que João Paulo Cunha seja o oitavo parlamentar a escapar da cassação pelas acusações de envolvimento com o suposto “mensalão”.

Até o momento, o placar das votações dos processos de cassação dos supostos envolvidos no “mensalão” mostra que somente três deputados foram cassados e sete conseguiram manter seus mandatos.

O último a escapar da cassação foi o deputado João Magno (PT-MG). O parecer do Conselho de Ética que pedia a cassação foi rejeitado por 207 votos contrários e 201 favoráveis.

Dos principais protagonistas do suposto escândalo do mensalão, apenas Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE), foram cassados.

ROSE ANE SILVEIRA

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