Segundo os dados da instituição –órgão autônomo do sistema das Nações Unidas–, a plantação de coca aumentou na Colômbia, Bolívia e Peru em 2003, após “três anos de diminuição”.
Os cultivos aumentaram 158 mil hectares nestes três países, o que equivale a 3% em comparação a 2003.
Até mesmo na Colômbia, onde a superfície total das plantações continuou diminuindo –ao passar de 86 mil hectares em 2003 para 80 mil hectares em 2004–, “cerca de 60% dos plantios eram novos”.
No ano passado também aconteceram erradicações do cultivo em 8.437 hectares, valor menor que o dos três anteriores.
“Além disso, continuam existindo cultivos ilegais de droga no Equador e na Venezuela, em áreas próximas à fronteira com a Colômbia, embora de forma limitada e esporádica”, informa a Jife.
A Junta calcula que o volume total do potencial de fabricação da droga em 2004 foi de 687 toneladas, um aumento de 2% com relação ao ano anterior.
Além dos cultivos, também houve um aumento da fabricação da droga, que também chegou a países como Argentina e Uruguai, onde antes não havia esta atividade.
Brasil
Já Brasil, Equador, Venezuela e Suriname são as nações mais utilizadas pelos narcotraficantes como rota para contrabandear cocaína para os EUA e para a Europa.
A região também assiste, em menor escala, à fabricação de heroína, que praticamente só ocorre na Colômbia, com cerca de 4.000 hectares, e no Peru, com 1.400 hectares, e esporadicamente na Venezuela.
Essas superfícies corresponderiam a um potencial de fabricação anual de cinco toneladas na Colômbia e de uma tonelada no Peru.
Segundo a Jife, o consumo de droga se concentra no cannabis (maconha e haxixe) e na cocaína, porém varia muito de país para país.
No Paraguai, por exemplo, apenas 0,7% da população provou cocaína alguma vez, enquanto no Peru cerca de 4% da população com mais de 12 anos já provou a droga, segundo dados da ONU.
O abuso de morfina e da heroína “não é um problema grave na América do Sul”, mas está aumentando na Argentina e em outros países andinos, especialmente entre os jovens, o que causa inquietação para a ONU.
A fabricação de substâncias psicotrópicas também é limitada. Entretanto, algumas delas, como o ecstasy, são comercializadas e consumidas cada vez mais em países como Colômbia, Venezuela, Equador e Peru.
O que causa preocupação na Argentina, no Chile e no Uruguai é o abuso de sedativos, que está no segundo lugar de drogas consumidas após a maconha, e o de estimulantes, que alcança um nível similar ou inclusive mais elevado que o da cocaína.
Efe