ASSOCIAÇÃO COMERCIAL QUER ACABAR COM A POLUIÇÃO SONORA EM ILHÉUS

A poluição química do ar, da água e da terra deixa muitos traços visíveis de contaminação. Mas, a poluição sonora, mesmo em níveis exagerados, produz efeitos imediatos moderados. Seus efeitos mais graves vão se implantando com o tempo, como a surdez, que não tarda a se acompanhar às vezes de desesperadores desequilíbrios psíquicos e de doenças físicas degenerativas.
Preocupada com o alto índice de poluição sonora na cidade a Associação Comercial de Ilhéus, pediu para a Prefeitura não liberar alvarás para o funcionamento de serviços de auto-falantes, bicicletas e carros-de-som no centro da cidade. A reivindicação foi uma conseqüência das reclamações constantes contra o barulho desses instrumentos, feitos por empresários e populares.

O Presidente da Associação Comercial, José Leite de Souza, se reuniu, também, com o secretário Municipal de Indústria Comércio e Tecnologia, Libério Menezes Filho, para quem destacou existência prédios públicos como a Prefeitura e suas Secretarias, Câmara de Vereadores, Delegacias, Escolas, Templos Religiosos, Clinicas e Hospitais. Justificou ainda, o fato da cidade contar com varias emissoras de rádio FMs e AMs, sucursais das principais emissoras de TVs, jornais e agências de publicidade, não comportando mais a proliferação de tais serviços.

Efeitos

Segundo o professor Fernando Pimentel Souza, da Universidade Federal de Minas Gerais, especialista em Neurofisiologia e Membro do Instituto de Pesquisa do Cérebro, UNESCO, “o mais traiçoeiro dos efeitos provocados pela poluição sonora ocorre em níveis moderados de ruído, porque mansamente vão se instalando estresse, distúrbios físicos, mentais e psicológicos, insônia e problemas auditivos”.

Ele explica “muitos sinais passam despercebidos do próprio paciente pela tolerância e aparente adaptação e são de difícil reversão. Muitas pessoas não conseguem identificar o ruído como um dos principais agentes agressores, e, vão ficando cada vez mais desorientados por não saber localizar a causa de tal mal. Por isso nada se faz e vive-se sob o impacto de uma abusiva ruidosa sonorização, de ambientes fechados e abertos”.

De acordo com o professor “se o ruído é excessivo, o corpo ativa o sistema nervoso, que o prepara contra o ataque de um inimigo invisível que invade todo o meio ambiente pelas menores frestas por onde passa o ar ou por toda ligação rígida à fonte ruidosa. O cérebro acelera-se e os músculos consomem.se sem motivo. Sintomas secundários aparecem: aumento de pressão arterial, paralisação do estômago e intestino, má irrigação da pele e até mesmo impotência sexual”.

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