Justiça bloqueia os bens do “Santa Isabel”

A ação foi proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região, para o pagamento das obrigações trabalhistas

A juíza da 2ª Vara do Trabalho de Ilhéus, Dilza Crispina Maciel Santos, julgou a ação civil pública de processo de nº 01194-2005-492-05-00-7ACIP, autorizando o pedido de bloqueio de todos os bens móveis e imóveis e valores pertencentes à Associação Santa Isabel das Senhoras da Caridade de Ilhéus/Hospital e Maternidade Santa Isabel, bem como o bloqueio da movimentação das contas para saque, para que sejam garantidas as execuções trabalhistas dos funcionários da instituição. A ação foi proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região, por conta de uma grave crise financeira e administrativa que envolve o Hospital.

Atraso no salário dos funcionários há cerca de um ano, o não cumprimento das obrigações trabalhistas e o conseqüente fechamento da unidade hospitalar foram alguns dos motivos que fez o Sintesi levar o caso para o Tribunal Regional do Trabalho da 5º Região. Para o coordenador do Sintesi, Raimundo Santana, a indisponibilização dos bens do Santa Isabel já é uma vitória para a classe trabalhadora, isto por saber que o patrimônio está bloqueado e disponibilizado para pagamento das dívidas. Apesar de Raimundo Santana considerar os débitos da instituição como impagáveis, ele diz que os trabalhadores se sentirão satisfeitos se conseguirem reativar o hospital; que está de portas fechadas há vários meses. “Amanhã, faremos uma assembléia com todos os funcionários no auditório do Hospital, para discutir o que será feito de agora em diante para garantir os direitos dos trabalhadores”, informa.

O presidente do Sintesi diz ainda que pretende promover uma reunião com a classe médica para que todos possam trabalhar em conjunto com as ações a serem encaminhadas. Como se não bastassem os problemas, Raimundo Santana destaca ainda que existe uma negociação entre as Senhoras da Caridade e a Prefeitura de Ilhéus, que segundo eles é para resolver os problemas do hospital, “por esse motivo tentamos participar das negociações, mas nosso pedido não foi aceito. Não sabemos do que se trata essa negociação porque se fosse algo benéfico para o hospital e para cidade com certeza estaríamos participando das discussões”, afirma Raimundo Santana.

Matéria do jornal AGORA = 14.02.2006 www.agora-online.com.br

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