Os cientistas dizem que o teste também pode indicar infecções que levam ao nascimento do bebê antes do tempo.
O teste de proteína no líquido amniótico é mais preciso do que exames já existentes.
Os pesquisadores chegaram a esta conclusão depois de retirar amostras do líquido amniótico de 131 grávidas para verificar o desenvolvimento dos pulmões dos bebês.
Outros exames também foram realizados, como a medição do nível de leucócitos e de glicose no sangue.
Se uma infecção estiver presente, o teste de proteína tem resultados diferentes daqueles mostrados com um líquido amniótico saudável.
O cientista que liderou a pesquisa, Catalin Buhimischi, também ressalta que o teste é duas vezes mais rápido que testes realizados em laboratórios.
“Conseguimos agora detectar infecções em um estágio inicial. Com esse resultado, podemos dar um tratamento imediato para a mãe e o bebê e prevenir o parto prematuro.”
A pesquisa recebeu um prêmio de melhor estudo em partos prematuros de uma agência de saúde independente nos Estados Unidos que procura melhoras para a saúde de bebês.
Atualmente, médicos observam sintomas como contrações regulares e dilatação cervical para saber quando o parto deve acontecer.
Mas, no momento em que esses sinais estão aparentes, já pode ser tarde demais para interferir com remédios que podem impedir o trabalho de parto.
James Walker, porta-voz do Royal College of Obstetricians and Gynaecologists, disse que o teste pode ser útil, mas é perigoso, então só deveria ser usado em casos graves.
“O problema com esse teste é que ele depende do líquido amniótico. E para obtê-lo, é necessário inserir uma agulha na mulher grávida – o que consiste em um pequeno risco para o bebê.”
BBC