Já o chefe do Departamento do Meio Circulante do BC, João Sidney de Figueiredo Filho, afirmou que a criação da segunda família de cédulas do real dificultaria o processo de falsificação porque seriam usadas cores mais difíceis de copiar. Além disso, ele disse que as notas teriam tamanhos diferentes, o que ajudaria no reconhecimento por deficientes visuais.
Os senadores decidiram realizar a audiência pública após a divulgação de pesquisa do BC encomendada ao Datafolha que mostrou que 30% dos brasileiros já recebeu pelo menos uma cédula falsa.
Durante a audiência, Barbosa admitiu que, além dos custos com a impressão, a criação de uma nova família de cédulas exigiria investimentos no parque produtivo da Casa da Moeda, o que não acontece desde a década de 80.
“Não há cédula infalsificável, mas sim uma cédula que permaneça livre de falsificação por mais tempo, até que o falsário descubra uma fórmula de falsificá-la. A Casa da Moeda necessita de um aporte de capital para sair da geração dos anos 80 e entrar no século 21 com família moderna, tornando a sociedade mais protegida contra falsificações”, disse Barbosa.
Segundo estudo apresentado pelos técnicos do banco, 97% das falsificações são grosseiras e não contêm sequer a marca d’água existente nas notas oficiais. Além disso, só 53% dos brasileiros têm o costume de verificar a veracidade das notas que recebem.
Folha Online
Com Agência Senado