A artrite reumática está associada à superprodução do tecido sinovial que envolve as juntas.
Em testes de laboratório, os cientistas descobriram que a estatina pode induzir as células que produzem este tecido a “se matar”.
Já se sabe que a estatina pode induzir a morte celular programada – a apoptose – tanto em células normais como em células de tumores.
A equipe japonesa descobriu que uma estatina em particular, a fluvastatina, poderia produzir o mesmo efeito em células sinoviais retiradas de pacientes de artrite reumática.
Mas o remédio não teve efeito nas células de pessoas com um outro tipo de artrite, a osteoartropatia.
As concentrações de estatinas usadas na experiência eram bem mais altas do que as das estatinas normalmente receitadas a pacientes.
Segundo os pesquisadores, é possível que mesmo com concentração mais baixa o remédio tenha efeito semelhante nos pacientes, mas admitiu que são necessárias novas experiências.
O papel das estatinas no tratamento de pacientes de artrite reumática será estudado em maior profundidade em um teste patrocinado pela Campanha pela Pesquisa em Artrite, da Grã-Bretanha, e pela Fundação Britânica do Coração.
Mais de 3,5 mil pacientes com artrite reumática devem participar do estudo, desenhado para descobrir se as estatinas podem reduzir o número de pacientes morrendo de ataques cardíacos e derrames.
Os pacientes de artrite reumática sofrem maior risco de morrer de complicações cardiovasculares em comparação com o resto da população, mas, apesar disso, as estatinas são receitadas para poucos deles.
BBC