NOVAS CARGAS
O vice-governador Eraldo Tinoco destacou que a vocação do Porto de Ilhéus é a exportação da celulose produzida pela Veracel e Bahia Sul, em Eunápolis e Mucuri. A proposta foi incluída no Plano Estadual de Logística de Transporte (Pelt) e o Governo do Estado, juntamente com o Governo Federal, vem fazendo gestões junto às empresas para atrair essas cargas, que podem chegar a 1,5 milhão de toneladas/ano. “Para viabilizar a exportação de celulose, é fundamental a ampliação do calado para 12 metros”, disse Tinoco. Ele afirmou ainda que “ a exportação do cacau industrializado, que hoje é feito por Salvador numa logística que exige a utilização da rodovia BR 101 pode ser feita pelo Porto de Ilhéus, mas os navios containeiros geralmente são de grande porte, exigindo um calado maior”.
“Vamos investir na ampliação do calado para 12 metros e pretendemos estabelecer parcerias com a iniciativa privada”, garantiu o presidente da Codeba, Geraldo Simões. Segundo ele, a conclusão da retroárea “dará um impulso importante à atração de novas cargas, pois além da celulose, temos a possibilidade de exportar granitos, frutas, móveis, minérios e outros produtos, além de ampliar a exportação de soja, que em 2005 atingiu cerca de 1 milhão de toneladas”. Geraldo destacou ainda que o lucro operacional da Codeba em 2004, cerca de 5 milhões, estará sendo investido em obras de modernização do porto ilheense.
INVESTIMENTOS
Para o presidente do Conselho de Administração, Paulo Sérgio Passos, a política do presidente Lula “é fortalecer o sistema portuário baiano e nesse contexto temos que destacar a importância do Porto de Ilhéus para o Sul da Bahia. O incremento na movimentação de cargas implica no estímulo da atividade produtiva, com o aquecimento da economia e geração de empregos”. O investimento previsto para este ano nos portos de Salvador, Aratu e Ilhéus chega a R$ 80 milhões.
O volume de cargas movimentadas nos portos baianos em 2005 atingiu 10 milhões e 100 mil toneladas. Isso significa uma movimentação de 7 bilhões de dólares em mercadorias, sendo US$ 3,6 bilhões por Salvador, US$ 3,1 bilhões por Aratu e US$ 300 milhões por Ilhéus. “Existe uma demanda reprimida que poderá ser suprida com a modernização do sistema portuário baiano e com a consolidação do modelo de gestão que estamos implantando, focado na eficiência, na qualidade dos serviços e na transparência nas relações com os operadores e os diversos segmentos da sociedade organizada”, afirma Geraldo Simões.