Jorge amado sempre escreveu sobre mulheres da vida com muita dignidade e respeito.
Mulheres que “Gestão cidades” e alegram a vida dos homens que fizeram a história da lavoura cacaueira a custo de muito sangue e suor.
A performance focaliza a intimidade dessas mulheres, seus momentos diversos, como foram seus desejos, sonhos, tristezas. As duas performances independentes dirigidas e escritas por Fábio Nascimento são baseadas nos romances Terras dos Sem Fim e Gabriela Cravo e Canela. A primeira “RECORDAÇÕES DE MARA” uma das meninas do Bataclan prepara o quarto explorando todos os seus objetos de época, preparando-o para a grande dama deste bordel dos anos 20 na performance “MEMÓRIAS DE MACHADÃO” que conta parte da vida desta mulher imortalizada na obra de Jorge Amado.
Os esquetes são leves e de curta duração, cerca de 9 minutos, divertidos com referências históricas e literárias contam também com a excelente atuação das atrizes. Todas as apresentações são introduzidas por uma performance do Cel. Horácio da Silveira, um dos mais importantes coronéis da literatura de Jorge, Terras dos Sem fim, que cria laços emocionais com as fotos da cidade de Ilhéus dos anos 10 aos 30, na galeria do ante quarto de Maria Machadão. Na réplica do quarto os visitantes aproveitam para tirar fotos com figurinos de época e com os personagens.
Fábio Nascimento é ator (Drt-Ba) do Grupo de Teatro Popular da UESC, participando de várias montagens teatrais regionais e internacionais como no intercâmbio para a Suécia (Wik – UESC) no final de 2004, dirige o seu grupo independente o MAKTUB PERFORMANCES há quatro anos com trabalhos de dança-teatro.

Para a apresentação na réplica do Quarto de Maria Machadão está sendo cobrada uma taxa de R$ 3,00 (três reais) por pessoa, as apresentações são todos dias, várias vezes ao dia das 9:00 as 21:00 em janeiro e fevereiro de 2006. No verão anterior, um espetáculo similar com os mesmos atores teve em dois meses de temporada 554 apresentações e um público de 3.681 pessoas de toda parte do Brasil e no mundo.
FICHA TÉCNICA
MARIA MACHADÃO: Cris Queiroz / Maria Cândida
MARA: Jô Leal
ROSALINDA: Nara Francine
RISOLETA: Elane Nascimento
TEXTO / DIREÇÃO e CEL. HORÁCIO DA SILVEIRA: Fábio Nascimento
COORDENAÇÃO: Bataclan – Márcio Roberto
PRODUÇÃO: Maktub Performances
APOIO CULTURAL: Squina 170, Click Cosméticos, Copel – Papel e Cia, Ideal foto, Banca Espaço Cultural, Armarinho Guimarães, Mine Preço.
INFORMAÇÕES e AGENDAMENTOS PARA GRUPOS:
Bataclan: 73-3634-7835 ou 8807-7839 (Márcio) Marsil2@zipmail.com.br / 9964-0803
(Fábio) fabyo_kallil@yahoo.com.br

O Bataclan – “Localizado estrategicamente próximo ao porto e do cais da antiga feira de Ilhéus, local de maior movimentação da cidade, teve seu apogeu no período de 1926 a 1938, como ponto de passagem obrigatório de boêmios, coronéis do cacau, jagunços, marinheiros, intelectuais atraídos pelas belas mulheres, muitas delas polacas e pelas apresentações de grupos internacionais como o tango argentino e o Can Can francês. A casa noturna também funcionava como um bordel e era um importante centro de lazer, jogos, negócios e de decisões políticas.
O bordel foi imortalizado como um dos cenários do livro Gabriela, Cravo e Canela e o imóvel, embora do ponto de vista arquitetônico não tivesse um grande valor, a sua principal referência é cultural, uma vez que está diretamente vinculado a obra jorgiamadiana, sendo por isso um dos locais mais visitados por turistas do país e do exterior, querendo saber o que era realidade e ficção” (REVISTA ILHÉUS, 2004, p.10).
Encontra-se referência sobre o Bataclan, também no romance SÃO JORGE DOS ILHÉUS.
O prédio foi totalmente reformado no dia 28 de junho de 2004; hoje espaço para exposições e lançamentos de livro, com cyber-café e a réplica do quarto de Maria Machadão.