A financeira será o braço operacional do BB para alcançar o público em geral, incluindo as pessoas que não são clientes da instituição. “O banco quer, assim, aumentar sua produtividade”, resumiu o vice-presidente de Varejo e Distribuição do banco, Antônio Francisco Lima Neto.
“A diretoria ainda está debruçada sobre esses detalhes”, disse o vice-presidente. Ele antecipou, no entanto, que um estudo inicial prevê o início das operações da financeira ainda no primeiro trimestre em seis capitais: Brasília, Goiânia, Salvador Fortaleza, Belo Horizonte e Vitória. “São praças onde o banco tem liderança. Por isso, conhece melhor o perfil do público, como renda e hábitos de consumo. Assim, tem condições de controlar variáveis que podem afetar o negócio”, disse.
Segundo o dirigente, o mercado de financiamentos de veículos no País é estimado em R$ 50 bilhões, o que despertou o interesse da instituição. Atualmente, o BB oferece esse tipo de crédito apenas para seus correntistas. Outro projeto para este ano, informou Lima Neto, é oferecer financiamentos imobiliários, único segmento de crédito onde a instituição ainda não está presente. “Mantida a tendência de queda nos juros, o setor imobiliário será a próxima onda e ele está no nosso radar”, comentou
Redução de juros
Ontem, o BB anunciou também que, a partir de segunda-feira, diminuirá em média 0,95 ponto porcentual os juros cobrados em quatro linhas de crédito destinadas aos seus 1,3 milhão de clientes micro e pequenos empresários. A queda reflete o processo de redução da taxa básica de juros (Selic) iniciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em setembro passado. Segundo Lima Neto, a redução “é expressiva”, visto que a diminuição da Selic não é a única variável na composição dos juros bancários. “Considerando todos os custos, tanto operacionais, fiscais e de inadimplência, foi uma redução significativa”, afirmou.
As maiores reduções foram feitas nas linhas financiadas com recursos de fundos sociais, como o Pasep e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A modalidade mais procurada é o BB Giro Rápido, cuja taxa de juros passará de 2,80% para 2,72% ao mês. Foram emprestados R$ 9,4 bilhões até dezembro passado pelo BB Giro Rápido, o que representou crescimento de 16% em relação a 2004. Em 2005, o BB emprestou às micro e pequenas empresas um total de R$ 20,2 bilhões, aumento de 17,6% em relação ao ano anterior. A carteira total de empréstimos do banco atingiu, em dezembro, a marca de R$ 100 bilhões.
Agência Estado