* O palácio tá em festa. É fim de ano. O clima natalino invade o mais duro dos corações. Os reis acreditam que cumpriram muito bem suas missões, nesse primeiro ano de reinado. Acreditam, também, em Papai Noel. Essa crença é compartilhada, igualmente, por membros da corte, além de boa parte da sociedade ioense.
Algumas dessas personalidades enviaram cartinhas, com seus respectivos pedidos, ao bom velhinho.
Publicamos aqui, agora, em primeira mão.
Barbie de Assunção
“Papai Noel, eu fui uma menina muito boazinha. O senhor não precisa me dar o presente no Natal. Eu quero, para o próximo ano, uma cadeirinha, já que dei a minha para minha irmã, que deu a sua para uma AMIGONA. É que nós gostamos daquela brincadeira da “dança das cadeiras”. Hi, hi, hi, hi, …
Ah, antes que eu me esqueça, a cadeira que eu quero é uma que tem na capital do estado. Ela é um negócio”.
“Meu bom velhinho, o que nós queremos não é bem presente. Queremos só que ilumine a mente do rei, fazendo com que ele nos deixe, pelo menos, esquentar a cadeira da secretaria. Não desejamos eternizar-nos no cargo, mas, ao menos, três meses”.
Rei Malderico
“Poa, poa, velhinho, eu já tenho tudo nessa vida. Menos paz. Me dê paz e mais uma frigideira. Ainda tem muita fritura, daqui pra frente”.
Jabá Reibeiro, Reymundo Velhoso e outros
“Velhinho nosso de cada Natal, me dê uma ponte: uma ponte ligando a corte do palácio de Ondinha ao palácio Paranadá. Eu penso que vou contar com a ajuda prestimosa de toda a plebe para a construção de tão valiosa ponte”.
Papai Noel, depois de ler as cartas, desejou votos de feliz Natal e próspero ano novo. Ho, ho, ho, ho, …
As personalidades responderam, dizendo que os votos de Papai Noel não interessam, porque são nulos. Eles querem mais é os votos do povão. Ha, ha, ha, ha, …
Estão dizendo por aí …
* Dizem que Papai Noel não tem filho, porque seu saco é de brinquedo. Além do mais, vive acompanhado de veadinhos, que puxam o seu trenó.
Piadinhas, ou não …
* Um grande fazendeiro, chamado Roque, fez uma proposta, um tanto indecorosa, ao padre. Ele doaria três mil reais em dinheiro para a igreja. Em troca, o padre, na missa, falaria o nome dele, já que é político candidato a cargo eletivo. O padre achou um absurdo, mas, como a igreja precisava de uma reforma, depois de muito pensar – cerca de dois minutos -, aceitou.
No dia da missa, com a presença do fazendeiro Roque, o padre iniciou falando sobre Jesus. Mais de uma hora de sermão, e nada do padre encontrar uma brecha para encaixar o jabá, utilizando o nome Roque. Roque, que já havia desembolsado o dinheiro, começou a olhar com cara de poucos amigos. O padre continuou: “Então, meus amigos, minhas amigas, o grande mestre Jesus era filho de Maria e José. José, como vocês sabem, criou seu filho, no ofício de carpinteiro …”
E nada do padre achar uma forma de falar o nome de Roque. Roque, cada vez, com a cara mais feia. O padre prosseguiu, saindo-se com essa: “José, trabalhando duro, dia e noite, como carpinteiro, com o serrote comendo solto, pra lá e pra cá, no roc, roc, roc, roc, …
* O menino pobre mandou uma cartinha para Papai Noel, pedindo cento e cinquenta reais para comprar remédios para sua mãe, que estava doente. Um funcionário do correio abriu o envelope, leu a carta e, sensibilizado, teve a idéia de fazer uma vaquinha entre seus colegas, arrecadar o dinheiro e mandar para o garoto, como se tivesse sido o Papai Noel, que tinha atendido o pedido.
Com a colaboração de todos, não atingiu a quantia pedida de cento e cinquenta reais. Ficou faltando apenas vinte reais. Mas, eles imaginaram que seria mais fácil o menino conseguir esse pequeno valor com outras pessoas. O garoto recebeu, leu a mensagem do “Papai Noel”, pegou o dinheiro e mandou outra carta:
“Obrigado, Papai Noel, por ter atendido o meu pedido. Tô bastante feliz. Só fiquei pê da vida com os filhos da puta do correio, que tiraram vinte reais do dinheiro”.
Momento de Sabido … ria
* Papai Noel precisa de muito saco para atender a tantos pedidos.
A Lu me disse
* Lucianta, a loura quase-poderosa, disse que pediu, ao Papai Noel, a insignificante quantia de cinquenta mil reais para ajudar a comprar gente, idéias e ideais, próximo ano, na sua caminhada rumo ao fortalecimento do poder próprio. Papai Noel entregou-lhe, antecipadamente, um saco contendo o valor pedido, tudo em notas de cinquenta reais; só que falsas.
Lucianta disse que reclamou com o Papai Noel: “O senhor não se envergonha de me dar dinheiro falso?” Segundo ela, Papai Noel falou: “Pra uma loura falsa, dinheiro falso. Ho, ho, ho, ho, …”
Esse Papai Noel não existe.
Obs: O Espaço Maneiro é patrocinado pela “Prafartura de Ios”, uma empresa do grupo “Vaisserrico Rei”.
Nota da Coluna: As bobagens aqui escritas não representam, necessariamente, a opinião desse site. Até porque pode ser que tudo não passe de mera ficção.
Dê mais uns acessos de risos nas edições dos dias 07, 13, 17, 26, 30/09, 08, 17, 20, 27/10, 04, 11, 18, 25/11, 02, 09 e 16/12/05. A próxima é dia 30/12/05 em qualquer horário.
* Marcos Pennha é humorista.