Parte dessa corrida dos noivos ao altar foi motivada pela realização de casamentos coletivos em diversas unidades da federação. Eles são decorrentes de parcerias entre prefeituras, cartórios e igrejas para legalizar as uniões consensuais.
As chances de dizer “sim” ao matrimônio são maiores entre os solteiros. Do total de casamentos realizados no país, 697.406, o equivalente a 86,4%, tinham ambos os cônjuges solteiros.
Se em números absolutos o total de casamentos não pára de crescer desde 2001, em relação ao número de habitantes a tendência é de queda. Ao se relacionar o número de casamentos ao total da população em idade de casar obtém-se a chamada taxa de nupcialidade legal. Sob esta base de comparação, houve queda nos últimos anos. Em 1994, a taxa estava em 7,2 casamentos para cada mil pessoas com 15 ou mais anos de idade. Em 2004, a taxa foi de 6,2 por mil. Em 2002, no entanto, a taxa parou de cair e voltou a subir.
Entre as mulheres, a maior taxa de nupcialidade legal ocorreu no grupo etário de 20 a 24 anos, com 29,9 casamentos por mil. Os homens sobem ao altar mais tarde: a maior taxa de nupcialidade ocorre na faixa de 25 a 29 anos (31,5 casamentos por mil).
De forma geral, homens e mulheres estão casando mais tarde. A idade média de casamento das mulheres passou de 24,2 anos para 27 anos entre 1994 e 2004. Entre os homens, de 28,1 anos para 30,4 anos no mesmo período.
Em relação a 2003, houve um aumento de 88% do número de cônjuges abaixo dos 20 anos, com uma participação de 18,8%. Os idosos com mais de 60 anos foram responsáveis por 3,8%, mais do que o dobro do ano anterior.
JANAINA LAGE