Raimundo Veloso entrega dossiê sobre violência em Ilhéus ao governo do Estado

O presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus, Raimundo Veloso, foi a Salvador na terça-feira (08) para uma audiência com o Secretário de Segurança Pública do Estado, cel. Edson Sá. O vereador foi levar um dossiê sobre a violência em Ilhéus, que vem atingindo índices preocupantes. A reunião contou ainda com a presença do deputado Paulo Cezar, articulador do encontro.
No extenso relatório apresentado por Veloso estão registrados números significativos da criminalidade local. O dossiê traz dados da Polícia Civil de Ilhéus e aponta que a violência esse ano já é maior do que a dos últimos dois anos. O levantamento se refere até o mês de setembro desse ano e o número de homicídios, por exemplo, já é superior que os ocorridos durante todo o ano passado. Já é maior também o número de roubos a casas comerciais e preocupante os dados sobre vários outros crimes.
A segurança é uma das principais preocupações da Câmara de Vereadores Ilhéus, que já realizou uma sessão especial para discutir o assunto. Na audiência em Salvador, Veloso aproveitou para convidar o secretário de segurança do estado para participar de uma mesa redonda em Ilhéus, com entidades representativas da sociedade, com o objetivo de debater e traçar estratégias de combate à violência e de proteção ao cidadão. O secretário, cel. Edson Sá, se comprometeu a vim ao município e elogiou a iniciativa e o empenho da Câmara de Vereadores em mobilizar a comunidade para encontrar soluções.

Itacaré

Na audiência, o deputado Paulo Cezar aproveitou a oportunidade para informar ao secretário sobre a situação das famílias de pequenos agricultores da região de Itacaré, que vem sendo ameaçadas e pressionadas a abandonarem as terras que ocupam para que os espaços sejam ocupados por luxuosos empreendimentos do setor hoteleiro.

A denúncia foi feita pelo advogado Márcio Veloso, também presente na audiência, representante legal dos posseiros de Itacarezinho. Ele relatou que testas de ferro dos empresários hoteleiros estão comprando de forma fraudulenta os direitos hereditários dos posseiros, quase todos analfabetos, que estão assinando documentos sem saber do que se trata.

As famílias estão sendo ameaçadas por capangas armados que agem com truculência na tentativa de forçar os posseiros a abandonarem o local de onde tiram seu sustento, a exemplo da família Pinto, que desde a década de 40 desenvolve a agricultura de subsistência, com plantação de cacau, coqueiros, laranjas e hortaliças. O deputado Paulo Cezar pediu providências ao secretário de segurança pública, que prometeu averiguar o caso e tomar as medidas cabíveis.

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