A CPI investigou que, em 2004, o BB depositou R$ 35 milhões na conta da DNA, agência do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como o operador financeiro do “valerioduto”. O dinheiro foi depositado a título de antecipação de serviços de publicidade, retornando ao próprio banco por meio de aplicação financeira.
O próprio Marcos Valério já declarou que esse empréstimo para a Rogério Tolentino tinha como destino o PT. “Não estou asseverando nenhum juízo de valor em relação ao BMG. Ele foi só um instrumento. Houve intencionalmente um direcionamento de R$ 10 milhões para o PT”, disse Serraglio.
Dos R$ 35 milhões que foram antecipados à DNA, uma parcela de R$ 9,095 milhões não têm comprovação de que foi usado em serviço de publicidade. Serraglio afirma que o principal responsável pelo adiantamento dos recursos à DNA foi o ex-diretor de marketing Henrique Pizolatto.
A oposição considera que essa é a prova de que o PT, na pessoa do ex-tesoureiro Delúbio Soares, atuava em órgãos do governo federal para desviar recursos. “Isso é corrupção, é formação de quadrilha”, afirmou o deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ).
FELIPE RECONDO
Folha Online