A inadimplência de consumidores registra nos nove primeiros meses deste ano uma alta de 14,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com levantamento da Serasa.
A inadimplência da pessoa física também apresenta aumento em relação ao mês de setembro do ano passado. Nesse caso, uma alta de 17,8%.
Os técnicos da Serasa afirmam que a elevação do indicador se deve à expansão do crédito financeiro às pessoas físicas e do expressivo crescimento da aquisição de bens de consumo duráveis, por meio dos financiamentos da rede varejista, o que aumentou o endividamento da população.

Já a inadimplência de consumidores registrou queda de 4,7% em setembro na comparação com agosto do mesmo ano. Em agosto, o indicador de inadimplência tinha registrado alta de 4,7% em relação com julho.

Para a equipe econômica da Serasa, o aumento na massa de salários –soma de todos os salários–, decorrente da elevação da renda média real e da relativa estabilidade nas taxas de desemprego, influenciaram o resultado do indicador nessa base de comparação.

Cheques sem fundos

O indicador apontou que os cheques sem fundos registraram a maior representatividade na inadimplência de consumidores em setembro, com participação de 37,3%.

O segundo maior índice na representatividade da inadimplência de pessoas físicas são as dívidas com cartões de crédito e financeiras, que tiveram participação de 33,2%.

As dívidas com bancos tiveram a terceira maior participação no indicador, 27,8%.

Na comparação com janeiro a setembro de 2004, houve um aumento de 18,4% no valor médio das anotações de cheques sem fundos. Segundo a Serasa, o valor médio das anotações de cheques sem fundos das pessoas físicas até setembro foi R$ 529,86.

Folha Online