Felizmente as perdas não influenciarão ou desviarão o curso do processo contra o ex-ministro-chefe da Casa Civil, a grande maioria eram de arquivos da atividade parlamentar dos últimos 2 anos e 9 meses do deputado mineiro.
“Tinha a minha agenda, orçamento, os projetos que eu relatei, ou seja, toda a minha vida parlamentar, toda a minha relação com os eleitores. Havia apenas um arquivo do processo do José Dirceu, que não foi usado e não mudará em nada o meu relatório”, afirmou Delgado, em seu gabinete, sentado em frente ao “computador em branco”.
O computador de Delgado é a última numa série de idiossincrasias que tornaram o processo contra Dirceu diferente. O relatório já está pronto para ser votado desde terça-feira da semana passada, mas uma série de medidas regimentais legais conseguiu, por diversas vezes, adiar a votação da cassação, agora marcada para a próxima quinta-feira.
Na primeira, o PT conseguiu cancelar os últimos 22 minutos da sessão do Conselho de Ética que Delgado leu seu relatório, depois os petistas conseguiram cancelar duas sessões do plenário da Câmara para não contar oficialmente para o pedido de vista da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP). Com isso, adiou-se em quase uma semana a votação do relatório de Delgado.
Além disso, mesmo sem votar a casssação no Conselho de Ética, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), antecipou-se e marcou a votação em plenário para 9 de novembro.
Tiago Pariz