A Prefeitura de Ilhéus vem fazendo um grande volume de compras – a quase totalidade – em outros municípios, principalmente Itabuna. “Em muitas vezes os valores desses produtos são até maiores que os preços praticados em Ilhéus”.
De acordo com o vereador Marcus Paiva, a lista de compras feitas pelo prefeito Valderico Luiz em outras cidades vai de material de escritório, combustível e equipamentos de informática até medicamentos e alimentos, em municípios como Itabuna, Salvador e Lauro de Freitas.
Para o vereador, essa postura do prefeito de Ilhéus, de preferir o comércio de outras cidades, vem trazendo sérios prejuízos para o município, que já enfrenta uma grave crise.
“Ao preferir o comércio de Ilhéus a Prefeitura faria com que os recursos do município circulem na própria cidade, evitando que as empresas locais fechem, gerando desemprego”.
Para evitar que essa situação continue, o vereador Marcus Paiva estará apresentando um projeto de lei na Câmara Municipal exigindo que a Prefeitura adquira produtos em Ilhéus.
Ele está consultando a assessoria jurídica da Câmara para observar a viabilidade dessa proposição. De acordo com o vereador, comprar no comércio é um dever moral, mas é preciso que a lei também determine isso.
Marcus Paiva informa que essa iniciativa não é um dever somente da Câmara de Vereadores, mas sim de toda a sociedade, principalmente das entidades representativas do comércio.
CDL
Ele diz que a Câmara de Dirigentes Lojistas de Ilhéus (CDL), por exemplo, “fica preocupada apenas com a contribuição da Prefeitura para suas campanhas promocionais, quando deveria ter um papel muito mais atuante”.
“Ela deveria cobrar da Prefeitura que as compras sejam feitas no comércio local, aumentando as vendas e prestigiando as lojas da cidade. Isso sim é que vai aquecer o comércio da cidade”.
O vereador lembra que os comerciantes podem colaborar não só cobrando, mas praticando preços mais baratos que os de outros municípios, para que possam ganhar as eventuais licitações.
Para Marcus Paiva, muitas vezes o prefeito alega que está comprando em outras cidades porque é mais barato, “quando não é verdade, e os comerciantes precisam mostrar que seus preços são muitos menores e os produtos mais competitivos”.
Fonte: A Região