No mesmo grupo do Brasil, estão países como Polônia (35ª), México (36ª) e Chile (34ª).
Já os Estados Unidos permanecem na liderança da lista de países competitivos, seguidos da Suécia, Suíça e Japão.
Desde o início da pesquisa em 97, o Brasil oscilou pouco no ranking. A melhor posição alcançada foi em 98, quando chegou à 38ª posição.
O índice medido pela Fiesp tem uma defasagem de dois anos e os dados se referem a 2003. São utilizadas 83 variáveis, entre elas, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), economia doméstica, gastos com investimentos, infra-estrutura, educação.
Brasil
O estudo mostra que o país apresentou um bom desempenho em exportações e tecnologia, o que, no entanto, não foi suficiente para alterar a posição no ranking de competitividade.
Segundo o estudo da Fiesp, a melhora na competitividade foi comprometida, sobretudo, pela alta carga tributária e pelos gastos públicos.
Segundo a Fiesp, a carga tributária brasileira ficou em 34,90% do PIB em 2003. Enquanto isso, a Argentina registrou uma carga tributária correspondente a 15% do PIB e a o Chile teve 22% do PIB. “Pagamos tributos de países desenvolvidos e temos serviços de Terceiro Mundo”, afirmou o coordenador da pesquisa, José Ricardo Roriz Coelho.
Segundo ele, o Brasil precisaria de investimentos da ordem de 25% do PIB para melhorar algumas posições no ranking. Atualmente, segundo o estudo da Fiesp, eles correspondem a 20% do PIB.
A Fiesp informou que deve liberar em 20 dias uma agenda com propostas de políticas públicas que auxiliem o crescimento da competitividade do país.
CLARICE SPITZ
Folha Online